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Fecho dos mercados: Guerra comercial continua a pesar nas bolsas e a levar ouro a máximos e juros a mínimos

A China recuou na desvalorização cambial, o que aliviou as preocupações dos investidores. Mas não as dissipou completamente, uma vez que o fecho do dia acabou por ser de quedas generalizadas na Europa, de valorização do ouro, para máximos de 2013, e renovação de mínimos dos juros.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,37% para 4.833,38 pontos

Stoxx 600 perde 0,47% para 367,71 pontos

S&P500 avança 0,35% para 2.854,79 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,4 pontos base para 0,251%

Euro recua 0,07% para 1,1194 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,02% para 59,80 dólares o barril

 

Bolsas europeias recuam com receio a dominar investidores

As principais praças europeias voltaram a transacionar em terreno negativo, com o índice de referência europeu Stoxx600 a perder 0,47% para 367,71 pontos, especialmente penalizado pelo setor das matérias-primas, em particular do setor petrolífero.

Tal como o índice europeu, também o lisboeta PSI-20 caiu pelo terceiro dia consecutivo ao registar uma queda de 0,37% para 4.833,38 pontos. Mas enquanto o índice que agrega as 600 maiores cotadas do velho continente recuou para mínimos de 3 de junho, o PSI-20 renovou mínimos de 4 de janeiro.

Apesar de alguma acalmia ter reduzido a turbulência ontem vivida nos mercados mundiais, a verdade é que o medo dos investidores quanto a uma nova escalada na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China voltou a condicionar a negociação bolsista.

As autoridades chinesas decidiram colocar títulos de dívida emitidos em yuans de forma a conter a desvalorização da divisa chinesa, isto depois de ontem o banco central chinês ter reduzido o nível mínimo do câmbio face ao dólar para o mais baixo valor em mais de 10 anos.

Esta ação visou contrabalançar o pessimismo ontem gerado nas bolsas e evitar uma excessiva desvalorização do yuan, o que apesar de reforçar a competitividades das exportações chinesas colocaria em causa a capacidade do país para importar a preços comportáveis.

Juros renovam mínimos

Os investidores continuam desconfiados e prova disso é o desempenho das bolsas – que apesar de terem chegado a subir, caíram – e dos juros, que estão a servir de refúgio num período de elevada incerteza.

 

Neste contexto, a taxa de juro associada à dívida portuguesa a 10 anos está a descer 2,4 pontos base para 0,251%, renovando mínimos históricos, numa altura em que os investidores estão a preferir proteger-se dos ativos mais arriscados, como as ações.

 

Os juros de Portugal não são os únicos a observar este comportamento. A "yield" associada à dívida alemã a 10 anos está a cair 2,1 pontos para -0,54%. Já os juros espanhóis cedem 1,8 pontos para 0,222%.

 

Yuan recupera após tombo

Depois da queda avultada na última sessão, o yuan recuperou esta terça-feira, a refletir as medidas do Banco Popular da China, que decidiu aumentar o câmbio a moeda chinesa para 6,9683 yuans por dólar, face aos 6,9 yuans determinados ontem, o que contribuiu para acalmar os mercados em relação a uma guerra cambial. Está a subir 0,58% para 7,0573 yuans por dólar.  

 

Além disso, o banco central chinês também anunciou que vai emitir 30 mil milhões de yuans em títulos de dívida a 14 de agosto, o que tende a valorizar a moeda. E negou a acusação dos Estados Unidos de que esteja a manipular a moeda. 

 

Petróleo estável após recuo da China

Os preços do petróleo, que registaram quedas acentuadas, seguem pouco alterados esta terça-feira, numa altura em que os investidores continuam expectantes sobre o desenrolar da guerra entre os EUA e a China. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 0,02% para 59,80 dólares, já o West Texas Intermediate (WTI) cede 0,15% para 54,61 dólares.

 

Ouro cada vez mais perto dos 1.500 dólares

Se as bolsas estão em depressão, o ouro está em ascensão. O metal precioso está a subir 0,65% para 1.473,30 dólares por onça, atingindo um novo máximo de maio de 2013 e aproximando-se da barreira dos 1.500 dólares.

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