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Fecho dos mercados: Eleições na Holanda travam bolsas. Petróleo afunda

As eleições na Holanda e a reunião de política monetária nos EUA estiveram a pressionar a negociação. Já o petróleo acumula quedas expressivas, negociando em mínimos de 30 de Novembro.

14 de Março de 2017 às 17:24
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,84% para 4.580,53 pontos

Stoxx 600 caiu 0,31% para 373,46 pontos

S&P 500 cede 0,50% para 2.361,63 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos desceram 4,9 pontos base para 3,966%

Euro desce 0,13% para 1,0640 dólares

Petróleo cai 1,56% para 50,55 dólares, em Londres

Risco político pesa nas bolsas europeias

Depois de um arranque de semana positivo, as bolsas europeias regressaram às descidas. O índice europeu Stoxx 600 cedeu 0,31%, num momento em que a incerteza em relação aos resultados das eleições holandesas está a pressionar a negociação na Europa. Os holandeses vão esta quarta-feira, 15 de Março, às urnas para escolher o próximo Executivo do país. Após ter estado à frente das sondagens, Geert Wilders, do Partido Popular para a Liberdade e Democracia, que tem uma agenda anti-europeia, perdeu terreno nas últimas semanas para o partido do actual primeiro-ministro, Mark Rutte. 

Em dia de eleições legislativas na Holanda, os investidores estão também atentos à reunião de política monetária da Reserva Federal dos EUA. Mais do que a decisão sobre os juros, interessa perceber quantas vezes a instituição prevê mexer na sua taxa de referência em 2017.

Em Lisboa, o dia foi novamente de quedas. As descidas do BCP, da Galp e da Nos determinaram a queda de 0,84% do PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado caiu 1,87% para 15,74 cêntimos. Já a Galp desvalorizou 1,42% para 13,515 euros, numa sessão marcada por quedas expressivas nas cotações do petróleo. A Nos foi outra das acções que determinou o sentimento negativo. A operadora liderada por Miguel Almeida baixou 2,78% para 4,927 euros.

Juros regressam abaixo de 4%

Os juros da República Portuguesa estiveram novamente a recuar, com a taxa implícita da dívida a dez anos a baixar a barreira de 4%. A "yield" a dez anos caiu 4,9 pontos base para 3,966%, num dia em que os juros estiveram a corrigir um pouco por toda a Europa. Esta descida surge na semana em que a S&P se pode pronunciar sobre a dívida portuguesa e depois do ministro das Finanças, Mário Centeno, ter pedido atenção às agências de "rating" em relação à situação actual do país. O "spread" face à dívida alemã também caiu, para 351,98 pontos.

Euribor estáveis em mínimos

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis e 12 meses e subiram a nove meses em relação a segunda-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se em -0,330%, actual mínimo de sempre. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de Novembro de 2015, foi hoje fixada de novo em -0,241%, inalterada face a segunda-feira e contra o actual mínimo de -0,244%, segundo os dados da agência Lusa. A 12 meses, a Euribor voltou a ser fixada em -0,108%. 

Dólar em alta de olho na Fed

A Reserva Federal dos EUA iniciou esta terça-feira a reunião de dois dias onde deverá decidir a primeira subida de juros no país, em 2017. Com o mercado a antecipar uma subida quase certa da taxa dos fundos federais em 0,25 pontos percentuais, para um intervalo entre 0,75% e 1%, a moeda norte-americana esteve a valorizar face às principais divisas mundiais. O índice do dólar, que mede a força da nota verde face a uma cabaz de dez divisas, avança 0,2%, com os investidores à espera para perceber quantas mexidas a instituição prevê fazer nos juros ao longo do ano. Actualmente o mercado prevê três aumentos dos juros no acumulado do ano.

Petróleo marca sétima sessão negativa

Os preços do petróleo seguem a desvalorizar nos mercados internacionais, com a matéria-prima a perder valor pela sétima sessão consecutiva, penalizada pela notícia de que a Arábia Saudita voltou a aumentar a sua produção. Em Londres, o barril de Brent recua 1,56% para 50,55 dólares, enquanto em Nova Iorque o crude desce 2,09% para 47,39 dólares. Em ambos os casos, são os valores mais baixos desde 30 de Novembro, o dia em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) fecharam o acordo para cortar a sua produção diária para um máximo de 32,5 milhões de barris por dia.

Ouro em compasso de espera

Os preços do ouro seguem pouco alterados, com os investidores em compasso de espera para a reunião da Fed. O metal precioso cede menos de 0,1% para 1.202,50 dólares por onça, na véspera de Janet Yellen deixar novas indicações sobre a política monetária nos EUA, em 2017. Ainda que taxas de juro mais elevadas reduzam o interesse no ouro, o elevado nível de incerteza político suporta o apetite por activos de refúgio.

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