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Fecho dos mercados: Bolsas sobem e euro em máximos de três semanas em vésperas de eleições

As bolsas europeias encerraram no verde e a moeda única atingiu máximos de final de Março, a três dias das eleições presidenciais em França. O ouro está a perder brilho e o petróleo segue entre altos e baixos.

Reuters
20 de Abril de 2017 às 17:11
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,55% para 4.906,62 pontos

Stoxx600 subiu 0,22% para 378,06 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos caíram 3,4 pontos base para 3,778%

Euro sobe 0,42% para 1,0756 dólares

Brent ganha 0,15% para 53,01 dólares por barril


Bolsas sobem com impulso da construção e sector automóvel

As bolsas europeias negociaram maioritariamente em alta na sessão desta quinta-feira, 20 de Abril, apoiadas pelos resultados trimestrais das empresas, a poucos dias das eleições em França. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganhou 0,22% para 378,06 pontos, impulsionado sobretudo pelas empresas do sector automóvel e construção.

 

Lisboa contrariou a tendência das principais praças europeias, com o PSI-20 a descer 0,55% para 4.906,62 pontos. O principal índice nacional foi penalizado por pesos pesados como o BCP, a Jerónimo Martins e a EDP, e também pela Pharol.

 

O banco liderado por Nuno Amado caiu 1,01% para 18,7 cêntimos, a EDP desceu 1,23% para 3,047 euros e a Jerónimo Martins recuou 1,12% para 16,30 euros. Já a antiga PT SGPS afundou 8,85% para 30,9 cêntimos depois de um tribunal da Holanda ter determinado a falência dos veículos da Oi em território holandês.

Juros em queda antes da DBRS

Os juros da dívida portuguesa a dez anos desceram 3,4 pontos base para 3,778%, na véspera de a DBRS se pronunciar sobre o rating do país. A agência canadiana é a única das quatro grandes agências que avalia Portugal acima do nível de lixo, uma classificação essencial para manter a dívida nacional elegível para o programa de compras do BCE.

 

Em Espanha, a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos subiu 2,3 pontos para 1,7%, enquanto na Alemanha avançou 4,1 pontos para 0,244%. Em França, pelo contrário, desceram 2,5 pontos para 0,928%.

 

Euribor mantêm-se a 3 meses, sobem a 6 e 9 e caem a 12 meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três meses, subiram a seis e nove meses e desceram para um novo nível mínimo no prazo de 12 meses em relação a quarta-feira.

 

A Euribor a três meses manteve-se hoje em -0,332%, actual mínimo de sempre, registado pela primeira vez em 10 de Abril. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, subiu hoje para -0,249%, mais 0,002 pontos do que na sessão anterior.

 

No prazo de nove meses, a Euribor também subiu, ao ser fixada em -0,183%. No prazo de 12 meses, a taxa, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 05 de Fevereiro de 2015, recuou hoje para -0,124%, novo mínimo de sempre e menos 0,001 pontos do que na quarta-feira.

 

Euro sobe para máximos de três semanas

O euro está a negociar em alta face à divisa norte-americana impulsionado pelas recentes sondagens que dão vantagem a Emmanuel Macron, a três dias da primeira volta das eleições presidenciais em França.

 

Numa sondagem realizada pela Harris Interactive, divulgada esta quinta-feira, o centrista Macron surge com 25% dos votos na primeira volta das presidenciais. Marine Le Pen recolhe, de acordo com este inquérito, 22% dos votos. François Fillon e Jean-Luc Mélenchon ficam empatados, com cada um a recolher 19% das intenções de voto.

Numa segunda volta disputada entre Macron e Le Pen, o centrista leva a melhor, vencendo a eleição com 66% dos votos, de acordo com esta sondagem. Se a segunda volta, que vai realizar-se a 7 de Maio, colocar frente-a-frente Macron e Fillon, o centrista vence, com 68% dos votos. 

 

A moeda única europeia sobe 0,42% para 1,0756 dólares, depois de ter chegado a valorizar 0,63% para 1,0778 dólares, o valor mais elevado desde 29 de Março.

 

Petróleo indefinido após entendimento para estender cortes

O petróleo segue indefinido nos mercados internacionais, depois do entendimento alcançado entre os países do Conselho de Cooperação do Golfo para estender os cortes na produção além de Junho.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 0,12% para 50,38 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, sobe 0,15% para 53,01 dólares.

 

Segundo afirmou hoje o ministro do Petróleo de Omã, Mohammed Al Rumhy, numa entrevista em Abu Dhabi, os países do Conselho de Cooperação do Golfo concordaram em prolongar os cortes para além do prazo inicialmente previsto (seis meses), uma informação que já foi confirmada pelo seu homólogo da Arábia Saudita. O Conselho de Cooperação do Golfo é formado pelos membros da OPEP Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Emirados Árabes Unidos, e pelo Bahrein e Omã. Todos eles se juntaram ao acordo do cartel para reduzir a oferta.

 

"Há um acordo inicial que poderemos ser obrigados a estender para chegar ao nosso objectivo", afirmou o ministro saudita da Energia Khalid Al-Falih, citado pela Bloomberg.

 

Ouro perde brilho pela segunda sessão

O ouro, que tem servido de activo de refúgio nas últimas sessões, num contexto de crescentes tensões geopolíticas, está a corrigir dos ganhos recentes que o levaram a negociar próximo dos 1.300 dólares por onça.

 

Em queda pela segunda sessão consecutiva, o metal amarelo desce 0,13% para 1.278,55 dólares, enquanto a prata cai 1,24% para 17,9211 dólares.

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