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Fecho dos mercados: Bolsas sobem à espera dos resultados do segundo trimestre. Petróleo avança mais de 1%
O dia foi marcado por oscilações pouco acentuadas entre as bolsas europeias. O petróleo volta a subir mais de 1%, devido ao fecho de um importante porto de exportação de matérias-primas no Iraque devido a protestos de trabalhadores.
Os mercados em números
PSI-20 caiu 0,26% para 5.619,49 pontos
Stoxx 600 subiu 0,17% para 385,03 pontos
S&P 500 valoriza 0,11% para 2.801,48 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,3 pontos base para 1,734%
Euro recua 0,06% para 1,1665 dólares
Petróleo sobe 1,28% para 71,23 dólares por barril, em Londres
Bolsas sobem no final da semana
As bolsas europeias fecharam com ganhos, a recuperarem das quedas recentes e a beneficiarem do arranque da época de resultados do segundo trimestre do ano. Esta sexta-feira foi a vez de dois grandes bancos americanos, com os resultados do JPMorgan a serem positivos, enquanto o Citigroup apresentou contas que não convenceram.
O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou a subir 0,17%, num dia em que a esmagadora maioria das bolsas encerrou com ganhos. O PSI-20 contrariou esta tendência, ao perder 0,26%, num dia em que a EDP foi determinante, ao perder mais de 1%.
Juros caem em período de acalmia
A ausência de notícias que pressionem ou impulsionem o mercado de obrigações tem levado a oscilações ligeiras nos juros europeus. A taxa implícita na dívida portuguesa a 10 anos desce 1,3 pontos base para 1,734%, enquanto a taxa alemã, com a mesma maturidade, recua 1,7 pontos para 0,340%.
Euribor mantém-se a 3 e 12 meses, sobem a 6 e caem a 9
A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se em -0,321%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, subiu 0,003 pontos para -0,269%.
A nove meses, a Euribor desceu 0,002 pontos para -0,218%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, manteve-se hoje em -0,179%.
Dólar em máximos de duas semanas
O dólar segue a negociar em ligeira alta face ao euro, mas contra o iene a valorização já é mais expressiva. A nota verde chegou hoje a subir para um máximo de duas semanas face a um cabaz das principais moedas, depois dos dados que mostram um excedente comercial recorde com a China – o que poderá intensificar as tensões entre Washington e Pequim, levando mais investidores a refugiarem-se no dólar. A moeda única europeia segue então a ceder 0,06% para 1,1665 dólares, depois de ter chegado a perder 0,51%.
Petróleo sustentado com fecho de porto iraquiano
Os preços do petróleo inverteram das quedas da manhã e seguem agora a valorizar, sustentados pelo fecho de um importante porto de exportação de matérias-primas no Iraque devido a protestos de trabalhadores.
As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a somar 1,28% para 71,23 dólares por barril. Já o contrato de Agosto do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue a ganhar 1,57% para 75,62 dólares.
Soja em mínimos de quase uma década
A soja é o produto agrícola mais penalizado na sessão de hoje, com os preços a caírem para níveis de há 10 anos devido à perspectiva de um aumento dos stocks norte-americanos desta oleaginosa – e isto numa altura em que a China impôs tarifas à importação deste produto na retaliação contra as medidas proteccionistas dos EUA.
O contrato de Novembro da soja segue a ceder 1,6% para 8,35 dólares por alqueire no mercado de Chicago, o valor mais baixo desde Dezembro de 2008.