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Fecho dos mercados: Bolsas recuam com investidores à espera da Fed. Juros regressam às quedas

A sessão foi de fracas oscilações, com os investidores de olhos postos nas novidades que a Fed vai revelar esta quarta-feira. As bolsas e o euro caíram, enquanto os juros das obrigações regressaram às quedas.

Reuters

Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,4% para os 5.153,75 pontos

Stoxx 600 desvalorizou 0,51% para os 387,91 pontos

S&P500 desce 0,12% para 2.972,28 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos cedem 1,9 pontos base para 0,465%

Euro recua 0,05% para 1,1208 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,27% para 64,28 dólares por barril

 

Bolsas à espera de novidades da Fed e BCE

A sessão foi marcada por uma tendência negativa nos mercados europeus, à semelhança do que se verifica, por esta altura, nas bolsas norte-americanas. O Stoxx 600, índice que reúne as principais cotadas europeias, desvalorizou 0,51% para os 387,91 pontos e acumula já a terceira sessão consecutiva de perdas, a ser penalizado, sobretudo, pelo setor das matérias-primas e pelo automóvel. Isto numa altura em que os investidores aguardam por novidades vindas da Reserva Federal norte-americana e do Banco Central Europeu (BCE). A alemã BASF (3,32% para 60,51 euros) destacou-se pela negativa após ter cortado previsões de resultados.

 

A expectativa continua a ser de que haja uma diminuição dos juros ainda este mês, mas esta será menos acentuada do que aquilo que chegou a ser antecipado. Isto porque a evolução positiva dos salários nos Estados Unidos, bem como a evolução positiva da criação de emprego, deverão bastar para que o banco central não avance já com um corte significativo.

 

A Fed vai publicar as atas da última reunião de política monetária esta quarta-feira, enquanto o BCE publicará os mais recentes relatos na quinta-feira.

 

Por cá, o PSI-20 acompanhou a tendência dos pares europeus e também fechou a cair pela terceira sessão consecutiva, com uma desvalorização de 0,4% para os 5.153,75 pontos. O principal índice acionista nacional foi penalizado, sobretudo, pelo setor do papel.

 

Dólar em alta à espera de Powell. Libra em mínimos

O dólar volta hoje a ganhar força no mercado cambial, com os investidores a aguardarem com bastante expectativa o discurso de quarta-feira de Jerome Powell no Congresso dos Estados Unidos. O mercado tem corrigido nas últimas sessões as expectativas sobre a dimensão do corte de juros por parte do banco central norte-americano, pelo que as palavras que o presidente da Fed proferir no Congresso poderão ajudar a clarificar o curso da política monetária na maior economia do mundo.

 

O índice do dólar sobe 0,1% para máximos de três semanas e o euro está a recuar 0,05% para 1,1208 dólares. O destaque na sessão de hoje no mercado cambial vai para a libra, que afundou para mínimos de abril de 2017 face ao dólar (desvaloriza 0,4% para 1,2468 dólares), num momento em que a economia britânica caminha para um trimestre de contração económica. 

A economia britânica deverá ter fechado o segundo trimestre com uma redução do PIB, o que, a confirmar-se, será a primeira vez desde 2012. É essa a perspetiva dos economistas consultados pela Bloomberg, que antecipam uma contração de 0,1% entre abril e junho.

 

Juros voltam a descer após três sessões em alta

Os juros da dívida soberana de vários países europeus estiveram hoje em baixa, anulando parte do agravamento sofrido nas três sessões anteriores, quando estiveram a corrigir de mínimos.

A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos desceu 1,9 pontos base para 0,465%, em linha com o comportamento das taxas da dívida espanhola (-1,7 pontos base para 0,416%) e italiana (-5,1 pontos base para 1,73%). O mínimo histórico nas obrigações soberanas portuguesas foi fixado na semana passada, abaixo de 0,3%. As obrigações italianas beneficiaram da forte procura (17 mil milhões de euros) na emissão de dívida a 50 anos que Itália está a realizar esta terça-feira.

 

Nas bunds alemãs a 10 anos a yield agravou-se 1 ponto base para -0,35%, refletindo ainda a correção de expectativas no que diz respeito à descida de juros por parte da Reserva Federal.

 

Petróleo em alta 

O petróleo está em alta ligeira, com as tensões no Médio Oriente e os cortes de produção da OPEP a sobreporem-se às notícias negativas sobre o crescimento económico global e às negociações comerciais entre os EUA e a China.

 

O Brent em Londres valoriza 0,27% para 64,28 dólares por barril e o WTI em Nova Iorque sobe 0,29% para 57,83 dólares.

 

Ouro desce pela quarta sessão

O metal precioso continua a afastar-se dos máximos de seis anos que atingiu recentemente acima dos 1.400 dólares por onça, estando a ser penalizado pela força do dólar e pela convicção menos firme de que a Fed vai baixar os juros. O ouro está a descer 0,08% para 1.394,44 dólares por onça.

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