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Fecho dos mercados: Bolsas europeias sobem. Dólar com maior ciclo de ganhos em três anos

As bolsas europeias subiram, com destaque para a banca italiana. Mas a estrela dos mercados foi o dólar que caminha para oito sessões consecutivas de ganhos.

Bloomberg
11 de Fevereiro de 2019 às 17:37
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Mercados em números
PSI-20 sobe 0,05% para os 5.093,82 pontos
Stoxx600 soma 0,85% para os 361,12 pontos
S&P 500 valoriza 0,11% para os 2.710,74 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,3 pontos base para 1,654%
Euro recua 0,37% para 1,1281 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 1,3% para 61,29 dólares o barril 

Bolsas europeias voltam aos ganhos
As bolsas europeias valorizaram esta segunda-feira, 11 de fevereiro, depois de terem registado um saldo semanal negativo. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,85% para os 361,12 pontos. Todos os setores valorizaram com destaque para o setor bancário que foi impulsionado pela recuperação da banca italiana: o BPM subiu 7% e o UBI 3%. 

A maior parte das praças europeias fechou em alta, como foi o caso do PSI-20 que somou 0,05% para os 5.093,82 pontos, impulsionado pela Galp Energia cujas ações subiram 1,5% em dia de novidade nos dividendos

O ligeiro otimismo dos mercados deve-se à disputa comercial. Esta segunda-feira começa a última ronda de negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. Na quinta-feira e na sexta-feira as discussões sobem de nível com a presença do secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, e do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He.

A pressão aumenta para ambos os lados numa altura em que as tréguas firmadas se aproximam do fim (1 de março). "Estas conversações sobre o comércio estão a ser vistas como positivas", antecipa o economista-chefe da Raymond James, Scott Brown, à Reuters. 

A impedir maiores ganhos estão as preocupações dos investidores europeus com o Reino Unido. Por um lado, continua em aberto a forma como o país vai sair da União Europeia a seis semanas da "saída oficial". Por outro lado, os dados revelados hoje mostram que a economia britânica cresceu em 2018 ao ritmo mais baixo dos últimos seis anos. 

Juros italianos aliviam após semana negativa
Os juros italianos a dez anos aliviam seis pontos base para os 2,898%, depois de terem subido durante quatro sessões consecutivas na semana passada. 

Já os juros alemães no mesmo prazo sobem 3,2 pontos base para os 0,119%, depois de terem atingido mínimos de outubro de 2016 na semana passada. Os juros portugueses também agravam, mas menos: +0,3 pontos base para os 1,654%, depois de na semana passada terem atingido mínimos de março de 2015. 

Dólar com maior ciclo de ganhos em três anos
A divisa norte-americana segue em alta pela oitava sessão consecutiva, beneficiando do seu estatuto de ativo de refúgio. O dólar sobe numa altura em que continua em aberto o desfecho das negociações comerciais entre os EUA e a China. As conversações seguem para os momentos finais dado que as tréguas firmadas entre os dois países terminam no final deste mês. 

A força do dólar tem-se mantido apesar da Reserva Federal ter dado sinais de cautela na subida dos juros. O índice da Bloomberg para o dólar está a valorizar 0,48%, acumulando oito sessões de subidas. Este é o maior ciclo de valorizações desde janeiro de 2016.

Por outro lado, durante esta sessão, o euro já atingiu mínimos de 14 de dezembro. A divisa europeia perde 0,37% para os 1,1281 dólares, acumulando seis sessões consecutivas de quedas. 

A libra também negoceia em baixa ao ceder 0,66% para os 1,2762 dólares após os maus dados económicos do Reino Unido.

Petróleo continua em queda
O petróleo registou na semana passada o pior desempenho semanal do ano com as cotações a desvalorizarem perto de 5%. A queda da procura por causa da desaceleração económica e o aumento dos stocks nos EUA continuam a ser fatores de pressão para a cotação do barril. Além disso, a valorização do dólar penaliza a procura pelo barril dado que este é cotado na divisa norte-americana. 

Nesta sessão o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,9% para os 51,71 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, desliza 1,3% para os 61,29 dólares. 

Ouro afasta-se de máximos de maio de 2018 
O "metal precioso" está a ceder face ao avanço ininterrupto do dólar. O ouro perde 0,34% para os 1.309,77 dólares, afastando-se dos máximos de maio de 2018 que atingiu nas últimas sessões. A concretizar-se, esta é a sexta queda da cotação do ouro nas últimas sete sessões.
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