Notícia
Fecho dos mercados: Bolsas europeias e petróleo com fortes quedas na semana
A crise nos mercados emergentes e a expectativa de escalada na guerra comercial pressionou muitas activos na semana, com destaque para as bolsas europeias e para o petróleo. Ainda assim a sessão de hoje foi de menor tensão.
Os mercados em números
PSI-20 desvalorizou 0,55% para os 5.232,99 pontos,
Stoxx 600 sobe 0,08% para os 373,77 pontos
S&P500 sobe 0,13% para 2.881,67 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2 pontos base para 1,90%
Euro desvaloriza 0,39% para 1,1578 dólares
Petróleo em Londres perde recua 0,09% para 76,43 dólares
Europa regista maior queda semanal desde Março
Esta foi uma semana negativa para os mercados europeus. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,08% para os 373,77 pontos esta sexta-feira, dia 7 de Setembro, mas isso não impediu que no saldo semanal a queda fosse pequena: -2,22%, a maior desvalorização semanal desde Março deste ano. Este tropeção levou o Stoxx 600 a negociar em mínimos do início de Maio, em grande parte devido às quedas no sector das matérias-primas, da banca e da energia.
As quedas foram transversais a quase todas as praças europeias. A bolsa de Madrid, o IBEX, desvalorizou 2,42% no saldo semanal e a bolsa de Londres, o Footsie, caiu 2%. Em Lisboa, a bolsa nacional está a desvalorizar há nove sessões consecutivas. O PSI-20 já "perdeu" 3,5 mil milhões de euros, principalmente devido às quedas da Galp Energia, da Mota-Engil e da Jerónimo Martins.
Euro recua com revisão em baixa do PIB
O dólar voltou a valorizar na sessão desta sexta-feira, com o índice da moeda norte-americana (que mede a relação contra um cabaz de divisas) a ganhar 0,1% no dia em que o Departamento do Trabalho anunciou que os Estados Unidos criaram mais postos de trabalho em Agosto do que esperavam os economistas, o que dá força à Reserva Federal para continuar a subir os juros.
O euro está a descer 0,39% para 1,1578 dólares, no dia em que o Eurostat reviu em baixa a variação homóloga do PIB da Zona Euro para 2,1%, reavivando os receios de abrandamento na economia dos países que partilham a moeda única.
Juros sobem na Alemanha e Portugal
Apesar dos investidores continuarem a fugir dos activos de maior risco, as obrigações alemãs corrigiram dos ganhos das últimas sessões em que serviram de activo de refúgio. A "yield" das bunds a 10 anos subiu 3 pontos base para 0,387%, sendo que nas obrigações portuguesas o agravamento dos juros foi semelhante. A "yield" da OT a 10 anos agravou-se 2 pontos base para 1,90%, no dia em que o IGCP anunciou o regresso aos leilões de dívida.
Taxas Euribor mantêm-se em todos os principais prazos
As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis, nove e a 12 meses. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal no crédito à habitação, manteve-se pela quarta sessão consecutiva nos -0,269%. A Euribor a três meses continuou hoje a ser fixada, pela trigésima sessão consecutiva, em -0,319%
Petróleo com maior queda semanal desde Julho
As cotações do petróleo estão a desvalorizar pela terceira sessão consecutiva, com a matéria-prima a ser pressionada sobretudo pelo agudizar da crise dos emergentes, que faz aumentar os receios sobre uma redução da procura.
O WTI em Nova Iorque desce 0,44% para 67,47 dólares e o Brent em Londres recua 0,09% para 76,43 dólares. No acumulado da semana a cotação da matéria-prima desce mais de 3%, o que corresponde ao pior desempenho desde finais de Julho.
Ouro corrige de duas sessões em alta
O metal precioso está a ser penalizado pelo clima de menor turbulência que se vive hoje nos mercados. O ouro está a recuar 0,36% para 1.195,61 dólares a onça, depois de ter valorizado nas últimas duas sessões devido ao estatuto de activo de refúgio.