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Fecho dos mercados: Bolsas, euro e ouro sobem na última sessão do ano. Petróleo cai

As praças europeias terminaram a última sessão do ano a valorizar, ainda que o índice europeu não tenha conseguido anular as quedas acumuladas durante o ano. O euro e o ouro também valorizam, enquanto o petróleo segue a corrigir.

No dia 9 de Fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
30 de Dezembro de 2016 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,23% para 4.679,20 pontos

Stoxx 600 subiu 0,32% para 361,42 pontos

S&P 500 cede 0,09% para 2.247,28 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avançou 0,1 pontos base para 3,764%

Euro sobe 0,63% para 1,0556 dólares

Petróleo desce 0,47% para 56,58 dólares por barril, em Londres

Bolsas com sinal verde

As bolsas europeias terminaram a última sessão do ano a valorizar, em mais um dia marcado pela fraca liquidez. O europeu Stoxx 600 avançou 0,32%, uma subida que foi, no entanto, insuficiente para anular as quedas acumuladas ao longo do ano. O índice fecha assim o ano com uma descida de 1,20%, naquela que é a primeira queda anual desde 2011, um ano marcado pela crise da dívida pública na Europa. Entre os vários índices, a bolsa britânica brilhou. Disparou 14,4% em 2016, com as empresas listadas no Footsie a beneficiarem com os mínimos da libra. Já as bolsas alemã e francesa ganham 6,87% e 4,86%, respectivamente.

O índice nacional acompanhou os ganhos dos congéneres europeus esta sexta-feira, ao avançar 0,23%. O BCP e a Jerónimo Martins foram as cotadas que mais impulsionaram o PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado valorizou 2% para 1,071 euros, a recuperar dos mínimos históricos atingidos na sessão de ontem. Depois de duas sessões de fortes quedas, os títulos do BCP atingiram esta quinta-feira o valor mais baixo de sempre, em 1,02 euros. ainda assim, o índice nacional fecha 2016 com uma queda de cerca de 12%, o pior desempenho do mercado accionista europeu.

Prémio de risco baixa

Os juros da dívida pública portuguesa subiram, mas apenas muito ligeiramente. A taxa de referência a dez anos avançou 0,1 pontos base para 3,764%, isto numa sessão em que os juros alemães subiram 3,3 pontos base, diminuindo assim o diferencial face à dívida nacional para 355,85 pontos. 2016 foi um mau ano para a dívida de Portugal, com as "yields" a dispararem, perante a perspectiva de que o Banco Central Europeu irá atingir, nos primeiros meses de 2017, os limites para comprar dívida portuguesa.

Euribor em mínimos

As taxas Euribor vão fechar 2016 em mínimos históricos históricos em todos os prazos, reforçando uma tendência que se vem acentuando há vários meses. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se hoje nos -0,319%, um mínimo de sempre pelo terceiro dia consecutivo e que já tinha sido registado a 28 deste mês. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de Novembro de 2015, manteve-se pelo terceiro dia em -0,221%, também um mínimo de sempre registado pela primeira vez em 22 de Novembro.

Euro recupera na última sessão do ano, mas fecha no vermelho

A moeda única europeia esteve a recuperar na última sessão do ano. O euro sobe 0,63% para 1,0556 dólares, numa sessão marcada por um disparo-surpresa na sessão asiática, um movimento que os analistas atribuem à baixa liquidez. Apesar desta subida, o euro prepara-se para fechar o ano com um balanço negativo. A divisa desce 2,78% desde o início do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Janeiro de 2003, num momento em que aumenta a discrepância entre a política monetária europeia e americana. E são cada vez mais os economistas que antecipam que o euro atinja a paridade face ao dólar.

Petróleo a caminho de primeiro ganho anual desde 2009

Os preços do petróleo seguem a desvalorizar pelo segundo dia nos mercados internacionais, depois de ter sido divulgada esta semana uma subida das reservas de crude nos EUA. O Brent, negociado em Londres, desce 0,47% para 56,58 dólares por barril, enquanto o WTI, em Nova Iorque, baixa 0,41% para 53,55 dólares. Depois de um arranque de ano muito negativo, marcado pelas desvalorizações acentuadas do petróleo, a matéria-prima acelerou e acumula uma escalada de cerca de 52% no mercado londrino e de 44,7% em Nova Iorque.

A sustentar o optimismo em torno do petróleo, que vai fechar 2016 com a primeira subida anual em quatro anos, está a expectativa de que o corte de produção que vai ser implementado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e por outros exportadores no próximo mês ajude a reequilibrar a oferta e a procura no mercado petrolífero.

Ouro vive melhor ano desde 2011

O metal precioso segue a avançar ligeiramente, preparando-se para fechar o ano, tal como começou: a subir. O ouro sobe 0,2% para 1.160,80 dólares por onça, elevando para 9,4% a valorização acumulada no ano. Trata-se do primeiro balanço anual positivo desde 2012, num ano que pode dividir-se em dois. O clima de instabilidade que atingiu os mercados financeiros no início de Janeiro, com foco na China, acelerou uma forte procura pelo metal precioso, como um activo de refúgio. Porém, grande parte dos ganhos acumulados na primeira parte do ano acabaram por desvanecer-se nos últimos meses, à medida que aumentavam as expectativas em torno de uma subida de juros nos EUA – que se confirmou este mês – e com a vitória de Trump a aumentar as previsões para a inflação.

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