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Fecho dos mercados: Bolsas em queda, petróleo com maior ciclo de ganhos do ano
As principais bolsas europeias voltaram a terminar a sessão em queda. Um desempenho que foi contrariado pela praça de Lisboa. Já os preços do petróleo subiram pela sétima sessão.
Os mercados em números
PSI-20 somou 0,22% para 5.152,96 pontos
Stoxx 600 desceu 0,34% para 379,37 pontos
S&P 500 ganha 0,28% para 2.426,55 pontos
Juros da dívida a dez anos cedem 0,8 pontos base para 3,027%
Euro recua 0,28% para 1,1409 dólares
Brent valoriza 0,76% para os 47,78 dólares por barril
Bolsas europeias caem pela quarta sessão
As principais bolsas europeias voltaram a terminar a sessão em queda. Isto depois de na quinta-feira terem completado o maior ciclo de perdas em quase oito meses. A penalizar as acções têm estado as declarações de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), de que os factores que estão a pressionar a inflação na Zona Euro são "temporários", o que levou os investidores a antecipar que poderia estar a abrir a porta a uma retirada dos estímulos. Esta sexta-feira, o Stoxx600, índice de referência na Europa, cedeu 0,34% para os 379,37 pontos, penalizado pelo sector financeiro.
Já a praça portuguesa contrariou esta tendência e somou 0,22% para os 5.152,96 pontos, com 10 cotadas em alta, sete em queda e duas inalteradas. A animar a bolsa nacional estiveram alguns dos títulos com mais peso no índice. O BCP ganhou 1,07% para os 0,2357 euros, enquanto a Jerónimo Martins apreciou 0,21% para os 17,09 euros. Já a Galp Energia valorizou 0,38% para os 13,255 euros, impulsionada pela subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
Juros com desempenhos distintos
As declarações de Mario Draghi em Sintra, esta semana, aceleraram a subida das taxas de juro da dívida soberana nacional, perante a perspectiva da retirada de estímulos por parte do BCE. Esta sexta-feira, as "yields" registaram desempenhos distintos nos diferentes prazos. Desceram nos prazos mais curtos e subiram nos prazos mais longos. Na maturidade de referência, a 10 anos, a taxa de juro subiu até praticamente ao fecho da sessão mas acabou por descer 0,8 pontos-base para os 3,027%.
Euribor com desempenhos distintos
As taxas Euribor registaram desempenhos diferentes nos vários prazos. Enquanto as taxas a três e a 12 meses se mantiveram estáveis, a taxa a seis meses caiu e a taxa a nove meses subiu. A Euribor a três meses, que está em valores negativos desde Abril de 2015, manteve-se inalterada nos -0,331%. Já a taxa a seis meses, que serve de indexante em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, desceu para -0,271%, mantendo-se ligeiramente acima do mínimo histórico de -0,273%. A nove meses, a Euribor subiu para -0,197%. No prazo a 12 meses, a taxa manteve-se nos -0,156%.
Euro corrige ganhos das últimas sessões
A moeda única segue a desvalorizar face ao dólar, a corrigir dos ganhos acumulados nas últimas três sessões. Nos últimos três dias, o euro beneficiou das declarações de Mario Draghi e atingiu um máximo de mais de um ano. O presidente Mario Draghi afirmou que os factores que estão a pressionar a inflação na Zona Euro são "temporários", o que aumentou a especulação de que a autoridade monetária iria avançar para a retirada dos estímulos em breve. O euro cede 0,28% para os 1,1409 dólares. Ainda assim, a moeda única europeia está prestes a registar o melhor trimestre desde 2010.
Petróleo regista maior ciclo de ganhos do ano
Os preços do petróleo estão a valorizar pela sétima sessão consecutiva, o que representa o ciclo de ganhos mais longo dos últimos seis meses. A impulsionar este desempenho positivo têm estado os dados que apontam para uma queda na produção de crude e nos inventários de gasolina nos Estados Unidos. Dados que acalmaram a preocupação dos investidores em relação ao desequilíbrio entre a oferta e a procura, Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) avança 1,31% para os 45,53 dólares por barril, enquanto em Londres, o Brent ganha 0,76% para os 47,78 dólares por barril.
Minério de ferro entra em "mercado touro"
O minério de ferro está a valorizar 0,3% para 64,95 dólares por tonelada métrica, isto depois de ter avançado quase 4% esta quinta-feira. Com este desempenho, o metal eleva para 20% a subida acumulada desde o mínimo atingido no início de Junho. Isso significa que entrou em "mercado touro". Este desempenho deve-se sobretudo aos dados que apontam para um aumento das compras efectuadas pelas fábricas chinesas de modo a reequilibrar os seus inventários.