Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fecho dos mercados: Bolsas com melhor mês do ano, juros da dívida com sexta descida mensal, petróleo ganha

As bolsas europeias tiveram em Setembro o melhor mês de 2017, apoiadas pelo alívio na tendência de ganhos do euro e pela recuperação das petrolíferas. O PSI-20 conseguiu bater o índice europeu e os juros da dívida desceram pelo sexto mês consecutivo, ajudados pela decisão da S&P.

  • 1
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,63% para 5.409,58 pontos

Stoxx 600 avançou 0,47% para 388,16 pontos

S&P 500 valoriza 0,25% para 2.516,36 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 3,1 pontos base para 2,388%

Euro recupera 0,24% para 1,1814 dólares

Brent sobe 0,14% para 57,49 dólares

Bolsas europeias com o melhor mês do ano

O Stoxx 600 subiu 0,36% na última sessão de Setembro. E registou o maior ganho mensal do ano, com uma valorização de 3,71%, e interrompeu uma sequência de três meses em queda. Os destaques desta recuperação foram principalmente as cotadas do sector automóvel e as petrolíferas.

O índice das construtoras automóveis subiu 10,81% em Setembro, beneficiando com o travão nas subidas da moeda única. Já as petrolíferas aproveitaram a recuperação dos preços do ouro negro para valorizar 8,86%. Nenhum dos 19 índices sectoriais do Stoxx 600 desce este mês. O pior desempenho foi das "utilities", que valorizaram apenas 0,53%. Já o S&P 500 prepara-se para encerrar Setembro com uma subida mensal de 1,80%, tendo renovado máximos históricos. É a sexta subida mensal consecutiva.

O PSI-20 voltou a bater o desempenho do Stoxx 600. Há cinco meses que tem melhor prestação que o índice europeu. A bolsa nacional acumulou ganhos de 4,90% em Setembro, o mês em que a S&P retirou o "rating" soberano de "lixo". A Mota-Engil, uma das cotadas identificadas pelo BPI como das que mais podiam beneficiar com a decisão da S&P, liderou os ganhos. Subiu mais de 30% em Setembro.

Juros em queda pelo sexto mês

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos desceu 3,1 pontos base esta sexta-feira para 2,388%, perto de mínimos de final de 2015. No total do mês de Setembro, marcado pela decisão da S&P de retirar o "rating" de "lixo", a "yield" baixou 44,4 pontos base. Foi o sexto mês de descidas e iguala a sequência de quedas mensais de entre Agosto de 2012 e Janeiro de 2013, na sequência do discurso de Mario Draghi de que iria fazer o que fosse necessário para preservar a Zona Euro.

Já as taxas italiana e espanhola tiveram subidas em Setembro. A "yield" a dez anos de Espanha subiu 4,1 pontos base para 1,604% este mês. A taxa italiana agravou-se em 6,6 pontos base para 2,111%. As obrigações alemãs tiveram ainda pior desempenho. A taxa germânica subiu 10,2 pontos base em Setembro para 0,464%. Este aumento, a par da descida dos juros portugueses, permitiu que o prémio de risco da dívida nacional descesse de 247 paras 192 pontos base, o nível mais baixo desde o início de 2016.

Euribor sem alterações

As taxas Euribor ficaram inalteradas nos principais prazos. A taxa a três meses voltou a ser fixada em -0,329%. O indexante a seis meses manteve-se em -0,273%. E a Euribor a 12 meses continuou em -0,172%, segundo dados da agência Lusa.

Euro interrompe sequência de ganhos mensais

A moeda única recupera 0,24% para 1,1814 dólares. Mas apesar desta subida, prepara-se para encerrar Setembro com uma queda de 0,81% face à divisa americana, interrompendo um ciclo de seis subidas mensais. A travagem dos ganhos do euro ocorre depois de os responsáveis do BCE terem expressado algumas preocupações sobre as subidas da moeda única.

Este alívio dos ganhos do euro acontece no mês em que a Reserva Federal dos EUA anunciou que iria começar, a partir de Outubro, a reduzir o balanço. E o banco central manteve a indicação de mais uma subida das taxas de juro em 2017. Já o BCE adiou a decisão de retirada dos estímulos, que o mercado espera que chegue em Outubro. Apesar da descida mensal, o euro ainda acumula uma valorização de 3,34% nos últimos três meses. É a terceira subida trimestral, a melhor sequência desde o início de 2014.

Petróleo ganha quase 10% em Setembro

Os preços do petróleo negoceiam mistos esta sexta-feira. O Brent valoriza 0,14% para 57,49 dólares, enquanto o West Texas Intermediate desce 0,21% para 51,45 dólares. Apesar do desempenho moderado na última sessão de Setembro, o Brent prepara-se para terminar o mês com uma valorização de 9,76% e chegou a tocar em máximos de 2015 no início desta semana.

Os preços recuperaram nas últimas semanas devido ao elevado grau de cumprimento dos cortes acordados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo. E houve responsáveis destes países a notar que se estava mais perto do reequilíbrio do mercado. Além destes factores, a ameaça do bloqueio de um oleoduto que transporta o petróleo do Curdistão iraquiano para um porto da Turquia também puxou pelos preços. No terceiro trimestre, o Brent ganha 19,72%.

Ouro com primeira queda mensal do ano

A subida do dólar e o caminho da Reserva Federal dos EUA tirou brilho ao ouro. O metal amarelo desce 2,82% em Setembro, a primeira descida mensal de 2017. Na última sessão do mês perde 0,25% para 1.284,13 dólares. Apesar desta quebra, no terceiro trimestre acumula um ganho de 3,42%.

Ver comentários
Saber mais Stoxx 600 S&P 500 PSI-20 Mota-Engil Taxas de juro mercado de dívida Portugal Espanha Itália Alemanha S&P Rating Euribor Euro Dólar Cambial BCE Reserva Federal dos EUA Petróleo Brent WTI Matérias-primas Ouro
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio