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Fecho dos mercados: Bolsas com maior ciclo de quedas desde julho. Juros em máximos de quatro meses

As bolsas europeias caíram pelo quinto dia consecutivo. Já os juros da dívida nacional subiram para máximos de quatro meses, ao mesmo tempo que o petróleo está a valorizar para níveis de setembro. As negociações comerciais continuam a centrar atenções.

Reuters
21 de Novembro de 2019 às 17:16
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,9% para 5.172,77 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,4% para 402,22 pontos

S&P500 recua 0,23% para 3.101,37 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,4 pontos base para 0,415%

Euro recua 0,06% para 1,1066 dólares

Petróleo em Londres aprecia 1,68% para 63,45 dólares o barril

 

Bolsas europeias escorregam com incerteza sobre acordo comercial

As bolsas europeias fecharam em queda pela quinta sessão consecutiva. A penalizar continua a incerteza sobre o acordo comercial entre os EUA e a China, um tema que tem marcado a agenda e que tem sofrido vários avanços e recuos.

 

Esta semana foi marcada pelo aparente aumento de tensão entre Washington e Pequim, depois de o Senado americano ter aprovado uma legislação de apoio aos manifestantes de Hong Kong. Este passo elevou os receios sobre a quebra das negociações entre os dois países.

 

Ainda assim, esta quinta-feira foi noticiado que Liu He, vice-primeiro-ministro da China e o responsável pelas negociações comerciais, convidou o representante do Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, para que estivessem presentes numa nova ronda negocial. O convite foi feito por telefone na semana passada, e propunha que a nova ronda negocial se realizasse antes do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos (próxima quinta-feira, 28 de novembro), mas Washington não se comprometeu com qualquer data.

 

O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, recuou 0,4%, completando cinco dias consecutivos de quedas, o que corresponde ao maior ciclo de descidas deste índice desde julho.

 

Na bolsa nacional, o dia foi igualmente de quedas, com o PSI-20 a ceder 0,9% e a liderar as perdas entre os índices europeus, num dia em que os CTT deslizaram 4,5%.

 

Juros em máximos de julho

As taxas de juro implícitas na dívida nacional subiram na generalidade dos prazos. A "yield" associada à dívida portuguesa a 10 anos sobe 3,4 pontos base para 0,415%, o que corresponde ao valor mais elevado desde julho.

 

A subida dos juros não está a ser exclusiva de Portugal, verificando-se aumentos na generalidade dos países. A taxa implícita na dívida alemã avança 2 pontos para -0,330%.

 

Dólar estável com perspetiva de manutenção de juros

A Reserva Federal (Fed) só deverá voltar a descer os juros nos EUA em setembro de 2020, de acordo com os futuros dos fundos da Fed, que costumam antecipar as decisões de política monetária. Esta previsão está em linha com a mensagem deixada pelo presidente da Fed, Jerome Powell, que disse que considerou que a política monetária é apropriadas às condições atuais, afastando assim o cenário de novos cortes.

 

Esta previsão, conjugada com a incerteza sobre o acordo comercial, está a deixar o dólar "em pausa" contra as principais divisas mundiais.

 

Reservas dos EUA voltam a impulsionar petróleo

Os preços do petróleo seguem em alta, mantendo a tendência registada na última sessão, a refletirem a evolução das reservas de matéria-prima dos EUA. Os inventários de crude dos EUA aumentaram em 1,38 milhões de barris na semana passada, quando as estimativas apontavam para acréscimos na ordem dos 1,5 milhões, segundo a Bloomberg.

 

O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 1,68% para 63,45 dólares, atingindo máximos de 24 de setembro.

 

Volatilidade do ouro em mínimos de 2018

Os investimentos em ouro estão a abrandar, numa altura em que os investidores procuram maior visibilidade sobre o futuro das relações entre os EUA e a China. O ouro beneficiou este ano da instabilidade, com os investidores a refugiarem-se neste ativo considerado mais seguro. Mas a "corrida" tem vindo a diminuir. A volatilidade nos preços do ouro está em mínimos de 2018, de acordo com a Bloomberg.

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