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Fecho dos mercados: Bolsas aliviam, mas não evitam queda semanal. Brent com melhor semana desde Abril

As bolsas europeias recuperaram nesta sexta-feira, mas essa subida não foi suficiente para cobrir as fortes perdas da semana. Já o petróleo conseguiu inverter, acumulando valorizações superiores a 4%.

07 de Dezembro de 2018 às 17:23
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,4% para 4.836,73 pontos
Stoxx 600 avançou 0,64% para 345,50 pontos
S&P 500 desvaloriza 1,47% para 2.656,28 pontos
Yield 10 anos de Portugal recua 1,5 pontos base para 1,798%
Euro sobe 0,15% para 1,1391 dólares
Brent, em Londres, soma 4,95% para 63,03 dólares por barril

Bolsas europeias aliviam, mas não evitam queda semanal
Esta sexta-feira, 7 de Dezembro, foi de alívio nos mercados europeus, depois de a sessão anterior ter sido negativa face às incertezas sobre a guerra comercial e a forte queda do petróleo. Na sessão de hoje, a subida do petróleo foi um dos catalisadores da recuperação das bolsas europeias, já que o sector energético europeu foi o que mais avançou. 

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,64% para 345,50 pontos, depois de ontem ter atingido mínimos de 2016 ao registar a pior sessão desde o Brexit. Apesar da ligeira recuperação, o principal índice europeu não conseguiu evitar a queda semanal: perdeu 3,36% no acumular dos cinco dias, registando a pior queda semanal em mais de um mês. 

Em Lisboa, o PSI-20 foi pelo mesmo caminho ao valorizar 0,4% para 4.836,73 pontos ancorado nas subidas da Galp - num dia em que o petróleo sobe mais de 4% - da Jerónimo Martins e da EDP. No entanto, a praça lisboeta não conseguiu evitar uma queda semanal de 1,58%.

Juros da dívida descem na Europa
O regresso ligeiro do apetite por risco ao mercado da dívida esta sexta-feira está a beneficiar os juros dos países europeus mais periféricos. A mais beneficiada é a Itália, depois de uma forte subida na sessão anterior. Os juros a 10 anos da dívida italiana estão a aliviar 7,5 pontos base para os 3,127%. Já os juros a 10 anos da dívida portuguesa deslizam 1,5 pontos base para os 1,798%.

Euribor sobe a 12 meses
A taxa Euribor a 12 meses subiu 0,003 pontos para os -0,137%, atingindo um máximo de seis meses. A Euribor nos restantes prazos manteve-se inalterada: a taxa a três meses nos -0,315%, a taxa a seis meses nos -0,246% e a taxa a nove meses nos -0,194%. As taxas Euribor, apesar de negativas, têm subido progressivamente, negociando em máximos de seis meses.

Libra perde terreno com votação do Brexit à porta
A libra está a cair nesta sessão, caminhando para a quarta semana consecutivas de desvalorizações. Isto acontece numa altura decisiva para o processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Na próxima terça-feira, dia 11 de Dezembro, vai ser votado o acordo do Brexit firmado entre o Governo de Theresa May e as instituições europeias. A libra cede 0,44% contra o euro.

Já o euro sobe 0,15% para 1,1391 dólares. Do outro lado do Atlântico, o mais recente relatório sobre a criação de emprego não foi ao encontro das expectativas dos investidores, o que está a pressionar o dólar. A divisa está a perder terreno na expectativa de que a Fed possa ajustar o ritmo de subidas da taxa de juro caso a economia mostre mais sinais de abrandamento. O índice da Bloomberg para o dólar regista um deslize de 0,08%, acumulando uma desvalorização semanal de 0,33%. 

Petróleo sobe mais de 4% com corte da OPEP
Depois de semanas consecutivas de quedas, o corte acordado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deu um impulso à cotação do barril a nível internacional. O cartel decidiu esta sexta-feira, 7 de Dezembro, reduzir a produção em 1,2 milhões de barris por dia, compromisso que conta com o apoio da Rússia. De acordo com a Bloomberg, o corte é maior do que o previsto, sendo que o acordo deverá ser revisto em Abril do próximo ano.

O WTI, negociado em Nova Iorque, está a caminho de registar a maior valorização desde 2016 ao subir 4,56% para os 53,83 dólares. No acumulado semanal, o WTI soma 5,75%, registando a melhor semana desde Junho deste ano. 

Já o barril em Londres está a cotar acima dos 60 dólares, barreira que tinha ultrapassado (em sentido descendente) depois das grandes perdas registadas em Novembro. O Brent - que serve de referência para as importações portuguesas - sobe 4,95% para os 63,03 dólares, acumulando uma valorização semanal de 7,34%, a maior desde Abril deste ano. 

Ouro regista a melhor semana desde Março
O metal precioso está a colher os benefícios da aversão ao risco dos investidores. Com as bolsas em queda, esta semana foi particularmente positiva para o ouro que acumula uma valorização semanal de 2,08% - a maior desde Março deste ano. Esta é também a primeira semana positiva em um mês.

O ouro está a beneficiar também do deslize do dólar, que é visto como um activo de refúgio, tal como o metal precioso. O ouro sobe 0,65% para os 1.245,81 dólares por onça. 

O paládio, que superou a cotação do ouro pela primeira vez em 16 anos, desvaloriza 0,2% nesta sessão.
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