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Fecho dos mercados: Banca puxa pelas bolsas e juros continuam a subir

O foco dos mercados está na provável subida de juros por parte da Fed na próxima semana. E existem receios de que também o BCE esteja a discutir tomar medidas menos expansionistas, apesar das indicações dadas por Draghi após a reunião desta semana.

Reuters
10 de Março de 2017 às 17:20
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,31% para 4.626,27 pontos

Stoxx 600 somou 0,09% para 373,23 pontos

S&P 500 ganha 0,21% para 2.369,86 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos sobem 2,8 pontos base para 4,056%

Euro avança 0,83% para 1,0655 dólares

Petróleo desce 0,69% para 51,83 dólares por barril, em Londres

Bancos e petrolíferas aguentam bolsas europeias

As bolsas europeias voltaram a registar um ganho ligeiro, beneficiadas pelos ganhos das petrolíferas e dos bancos. O Stoxx 600 teve uma subida ligeira de 0,09%, com os índices dos sectores das petrolíferas e dos bancos a valorizarem 1,10% e 0,77%, respectivamente. Apesar de o petróleo continuar a perder valor, as cotadas do sector recuperaram do tombo desta quinta-feira. Já os bancos continuam a beneficiar das expectativas de juros mais elevados, num dia em que a Bloomberg noticiou que o BCE terá discutido o tema da subida das taxas de juro na reunião desta semana.

Os ganhos daqueles sectores ajudaram a compensar as descidas de alguns sectores mais sensíveis à subida das taxas de juro, como o imobiliário e as "utilities". Os respectivos índices perderam mais de 1% esta sexta-feira. Nos EUA, o S&P 500 avança 0,21% para 2.369,86 pontos. EM Lisboa, o PSI-20 não resistiu às descidas de 3,11% dos CTT, de 1,39% da EDP Renováveis e de 0,49% da EDP. O índice da bolsa nacional perdeu 0,31%.

Juros acima de 4%. Sobem há cinco dias

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos voltou a subir, registando o quinto dia de agravamentos. A "yield" aumentou 2,8 pontos base para 4,056%, numa altura em que os investidores se prepararam para uma subida das taxas de juro por parte da Fed e analisam as pistas deixadas por Mario Draghi esta quinta-feira sobre a evolução da política monetária na Zona Euro. Além disso, a Bloomberg noticiou que a discussão sobre a subida de juros chegou ao Conselho do BCE.

A subida da taxa portuguesa foi inferior à das "yields" de Espanha e Itália. Subiram cerca de cinco pontos base para 1,889% e 2,367%, respectivamente. Também a taxa alemã subiu quase seis pontos base para 0,485%, o que ajudou o prémio de risco da dívida portuguesa a baixar para 357 pontos base.

Euribor estáveis a três e a seis meses. Sobem a 12 meses

As Euribor tiveram comportamentos distintos esta sexta-feira, na sessão seguinte à reunião do BCE em que o banco central manteve as taxas de referência. As taxas a três e a seis meses ficaram inalteradas em -0,329% e -0,241%, segundo dados da agência Lusa. Já a Euribor a 12 meses subiu 0,2 pontos base para -0,109%.

Dólar interrompe ciclo de subidas

O índice que mede a força do dólar face a dez das principais divisas mundiais fez uma pausa no ciclo de ganhos. Perde 0,40% para 1.246,14 pontos, após quatro sessões consecutivas a valorizar. Apesar de os dados da criação de emprego divulgados esta sexta-feira terem sido considerados sólidos, ficaram aquém das estimativas mais optimistas, o que travou os ganhos da nota verde. Nas últimas sessões, o dólar estava a ser beneficiado pela expectativa, que se mantém, de que a Reserva Federal dos EUA suba os juros na próxima semana.

Petróleo continua a ressentir-se da quebra das reservas

Os preços do petróleo continuam em queda. O valor do barril de Brent desce 0,69% para 51,83 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, cai também 0,69% para 48,94 dólares. Foi o terceiro dia de descidas após os dados das reservas nos EUA, divulgados na quarta-feira, terem mostrado uma subida muito superior ao estimado dos inventários de petróleo. Os números foram interpretados pelo mercado como um sinal de que os cortes da OPEP estão a ser ofuscados pela subida da produção de petróleo de xisto nos EUA e levaram os preços para o valor mais baixo desde que a organização anunciou o acordo de cortes de produção, no final de Novembro.

Ouro com pior sequência desde Outubro

O preço do ouro desce pela quinta sessão consecutiva, a pior sequência desde Outubro. Perde 0,16% esta sexta-feira para 1.199,32 dólares, passando abaixo da barreira dos 1.200 dólares. No acumulado da semana, o metal amarelo desvaloriza 2,87%. A penalizar o ouro estão as expectativas de que a Reserva Federal dos EUA suba as taxas de juro na próxima quarta-feira. No total da semana, o ouro desvaloriza 2,87%.

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