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Fecho dos mercados: Ameaça de Trump leva crude para máximos de 2014 e põe bolsas a tremer

A generalidade das bolsas mundiais acentuou a tendência de quedas depois de o presidente dos EUA ter dito que o lançamento de mísseis contra a Síria está para breve. Petróleo reagiu em forte alta, com Brent e WTI a dispararem para máximos de mais de três anos.

Bloomberg
11 de Abril de 2018 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,18% para 5.465,71 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,59% para 376,18 pontos

S&P 500 cede 0,04% para 2.655,74 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 3,4 pontos base para 1,692%

Euro aprecia 0,21% para 1.2381 dólares.

Petróleo valoriza 2,08% para 72,52 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias caem com perspectiva de ataque dos EUA à Síria

As bolsas do Velho Continente fecharam em queda generalizada, numa sessão em que transaccionaram quase sempre em terreno negativo e em que acentuaram as perdas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que é iminente uma acção militar americana na Síria em resposta ao ataque com armas químicas do passado sábado e que é atribuído às forças leais ao presidente sírio Bashar al-Assad. 

Depois de duas sessões seguidas a valorizar, o índice de referência europeu Stoxx 600 recuou 0,59% para 376,18 pontos. Também o lisboeta PSI-20 caiu 0,18% para 5.465,71 pontos após dois dias seguidos de ganhos. A Pharol e a EDP foram as cotadas que mais pressionaram, com a eléctrica a resvalar 1,62% para 3,149 euros e a empresa liderada por Palha da Silva a deslizar
 1,67% para 0,2055 euros.

 

Juros aliviam na Europa

As taxas de juro recuaram na generalidade dos países da Zona Euro, designadamente nos periféricos. A taxa de juro associada às obrigações de dívida soberana portuguesa no prazo a 10 anos recua 3,4 pontos base para 1,692%, interrompendo uma série de quatro sessões seguidas em alta.

A taxa das bunds alemãs a 10 anos caiu 1,9 pontos base para 0,496%.

 

Euribor mantêm-se a 3 e sobem a 6, 9 e 12 meses

As taxas Euribor aumentaram esta quarta-feira a seis, nove e 12 meses. A seis meses, que é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, a taxa Euribor subiu hoje 0,001 pontos para -0,270%. A nove meses cresceu 0,001 pontos para -0,219% e a 12 meses subiu os mesmos 0,001 pontos para -0,190%.

No prazo a três meses a taxa Euribor manteve-se em -0,329%.

 

Dólar recua pela quarta sessão para mínimo de duas semanas

A divisa norte-americana está a desvalorizar pelo quarto dia seguido nos mercados cambiais, com o dólar em mínimos de 28 de Março no índice da Bloomberg que mede o desempenho da moeda norte-americana contra um cabaz que inclui as principais moedas mundiais.

 

Em sentido inverso, o euro aprecia face ao dólar pela quarta sessão seguida, seguindo nesta altura a moeda única europeia a subir 0,21% para 1,2381 dólares.

 

Depois de os receios quanto a uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China terem contribuído para a desvalorização do dólar, agora é o medo quanto às consequências de nova intervenção militar directa norte-americana na Síria que está a justificar a queda da moeda americana. Isto porque Moscovo já garantiu que reagirá se Washington lançar mísseis contra a Síria.

 

Já a subida do euro está ainda a ser apoiada pelas declarações de Ewald Nowotny, membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, que ontem afirmou que é chegado o tempo de o BCE começar a endurecer a sua política monetária.

 

Petróleo dispara mais de 2% para máximos de 2014

O preço do petróleo está a valorizar nos mercados internacionais, com o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e utilizado como referência para as importações nacionais, e o West Texas Intermediate (WTI), a somarem acima de 2%.

O Brent avança 2,08% para 72,52 dólares por barril e o WTI sobe 2,32% para 67,03 dólares, estando ambos em máximos de Dezembro de 2014.

 

Esta manhã, o crude negociava em queda até às declarações de Donald Trump - que vieram adensar o receio de reforço da crise geopolítica no Médio Oriente o que, por sua vez, acabou por impulsionar o preço da matéria-prima. A intercepção de um míssil pelas autoridades da Arábia Saudita, lançado a partir do Iémen, também veio reforçar o ambiente de tensão que se vive no Golfo Pérsico.

 

Ainda a contribuir para a valorização do crude está a garantia da Arábia Saudita de que fará o que estiver ao seu alcance para fazer regressar o preço do barril de petróleo aos 80 dólares.

 

Ouro avança para máximo de Janeiro

O metal precioso está a valorizar 1,74% para 1.362,93 dólares por onça, estando assim o ouro em máximos de 25 de Janeiro, para o que contribui a queda do dólar nos mercados cambiais. A desvalorização do dólar tende a acentuar o perfil de activo de refúgio do metal dourado.

 

Já o alumínio está hoje em máximos de 2012 ao apreciar em torno de 3,5% para 2.277,50 dólares por tonelada. Ainda a justificar a subida do metal estão os receios de perturbações da oferta depois de a produtora russa Rusal ter sido alvo de um pacote de sanções aplicado pelos EUA no âmbito das tarifas aduaneiras impostas por Washington sobre as importações de aço e alumínio.

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