Notícia
Stoxx 600 tem maior série de ganhos desde agosto. Petróleo regressa às subidas
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
BCE anima bolsas europeias e Stoxx 600 tem maior série de ganhos desde agosto
As bolsas europeias fecharam em alta, com o Stoxx 600 a somar pela quinta sessão consecutiva, naquela que é a maior série de ganhos do índice de referência do Velho Continente desde meados de agosto.
O Stoxx 600 fechou a valorizar 0,31%, para 456,04 pontos, com a sua retoma total desde os mínimos de 29 de setembro a ascender a 19%. Assim que a recuperação atinja os 20%, o índice entra em "bull market".
O sentimento dos investidores recebeu hoje um impulso, depois de a Bloomberg News referir – citando fontes que pediram anonimato – que os decisores do Banco Central Europeu estão a começar a ponderar uma desaceleração no ritmo de subida dos seus juros diretores.
A contribuir para o bom momento esteve também o otimismo do chanceler alemão, Olaf Scholz, que está convicto de que a Alemanha evitará a recessão este ano.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,35%, o francês CAC-40 valorizou 0,48%, o italiano FTSEMIB avançou 0,31%, e o espanhol IBEX 35 pulou 0,15%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,061%.
Em contraciclo esteve o britânico FTSE 100, que recuou 0,12%.
Euro recua ligeiramente face ao dólar
O euro desliza 0,10% para 1,0819 dólares, no mesmo dia em que a Bloomberg dá conta que o Banco Central Europeu (BCE) pode começar a abrandar o ritmo das subidas das taxas de juros diretoras nas próximas reuniões.
Segundo fontes conhecedoras do assunto, citadas pela agência de informação norte-americana, o BCE está a ponderar um aumento dos juros diretores em 50 pontos base na reunião de fevereiro, para abrandar para uma subida de 25 pontos base em março.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - negoceia na linha d' água, mais inclinado para terreno positivo (0,07%) para 102,279 pontos.
Juros aliviam na Europa
Apesar de as bolsas estarem a recuperar, os investidores continuam a apostar também em ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros, cenário que hoje se verifica de novo na Zona Euro.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a ceder 11,6 pontos base para 2,953%, ao passo que em Espanha, na mesma maturidade, recuam 11,1 pontos base para 3,045%.
Também as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguem a mesma tendência, a aliviar 9,4 pontos base para 2,073%.
Petróleo regressa aos ganhos com crescimento da China acima do esperado
Os preços do petróleo seguem em terreno positivo, depois de ontem terem interrompido uma série de sete sessões em alta.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,91% para 80,59 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 1,98% para 86,13 dólares.
A impulsionar a tendência está o crescimento acima do esperado na China, no quarto trimestre, o que intensifica a expectativa de uma maior procura por crude daquele que é o maior importador mundial desta matéria-prima.
Wall Street arranca semana no vermelho com lucros do Goldman a caírem 69%
Wall Street e Times Square voltaram a abrir as portas, depois de terem estado encerradas esta segunda-feira devido ao feriado que recorda a figura de Martin Luther King.
O industrial Dow Jones cai 0,41% para 34.147,07 pontos, enquanto o S&P 500 negoceia na linha d' água mais inclinado para terreno negativo (-0,02%) para 3.998,60 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,10% para 11.068,12 pontos.
O regresso da negociação foi tingido de vermelho, com os pesos pesados da banca norte-americana a contabilizarem tombos nos resultados, refletindo o atual contexto macroeconómico, marcado pela inflação e pelas políticas monetárias restritivas dos bancos centrais.
Entre os principais movimentos de mercado o Goldman Sachs cai 3,77%, após reportar uma queda homóloga de 69% dos lucros no último trimestre do ano passado, fruto da fraqueza do segmentos dedicados ao investimento e à gestão de património.
A unidade de investimento do Goldman arrecadou 1,87 mil milhões em comissões no quarto trimestre, um recuo de 48% face ao mesmo período de 2021.
Durante este período, as despesas operacionais subiram 11% para 8,1 mil milhões de dólares. De forma a começar a cortar na despesa, o banco liderado por David Solomon já começou a reduzir até 3.200 postos de trabalho.
Além disso, o gigante de Wall Street anunciou a constituição de provisões de quase mil milhões de dólares para fazer frente a possíveis situações de crédito malparado.
Também com a pressão dos resultados do segmento da banca de investimento, os lucros do Morgan Stanley caíram para 2,2 mil milhões de dólares, ou 1,26 dólares por ação no quarto trimestre e nem a receita recorde da unidade de gestão de património conseguiu salvar o banco desta queda.
Ainda assim os resultados superaram as expectativas dos analistas da Refinitiv que apontavam para 1,19 dólares por ação, o que levou os títulos do banco a subirem 4,77% no arranque da sessão desta terça-feira.
Além disso, as receitas arrecadadas com a gestão de património, que inclui a plataforma de negociação ETrade, subiram 6%, para mais de 6,6 mil milhões de dólares face ao último trimestre de 2021.
Já a unidade de investimentos viu as receitas tombarem 17% para 1,5 mil milhões de dólares. Ainda assim, o tombo deste segmento do banco não foi tão mau como esperado, já que os analistas citados pelo Financial Times apontavam para que a receita deste segmento do banco caísse para 1,3 mil milhões de dólares.
Destaque ainda para a Pfizer, que derrapa 3,53%, após o Wells Frago ter antecipado uma queda nos resultados no quarto trimestre.
Por fim, as ações da United Airlines que deslizam 1,36%, antes da companhia apresentar resultados da depois da sessão desta terça-feira.
Ouro na linha de água à espera da Fed e de dados económicos
O ouro segue a negociar na linha d’ água (-0,05%) para 1.915 dólares, dias depois de ter renovado máximos de oito meses e numa altura em que o mercado aguarda a divulgação de dados macroeconómicos e as declarações de membros votantes do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) da Reserva Federal norte-americana (Fed).
Esta terça-feira, os investidores vão estar atentos ao discurso do presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams.
Além disso, esta semana são divulgados os números das vendas a retalho a par do índice de preços no produtor, o que pode fornecer pistas aos investidores sobre se a trajetória descendente da inflação é para continuar.
Nos últimos dois meses, o metal amarelo tem vindo a subir, tendo ultrapassado a fasquia dos 1.900 dólares a onça, perante a expectativa do abrandamento do ritmo da subida das taxas de juro por parte da Fed.
Paládio, prata e platina negoceiam no vermelho.
Taxas Euribor sobem a três e seis meses para novos máximos desde janeiro de 2009
As taxas Euribor subiram hoje a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde janeiro de 2009, em relação a segunda-feira.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,878%, mais 0,035 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,321% em novembro para 2,560% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 2,335%, mais 0,001 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
No prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 3,339%, mais 0,007 pontos, contra 3,370% em 11 de janeiro, um máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,828% em novembro para 3,018% em dezembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa desce de máximos de nove meses e pinta-se de vermelho
As principais praças europeias estão a negociar mistas esta terça-feira, depois de quatro dias de ganhos consecutivos, tendo terminado a sessão de ontem em máximos de nove meses. O estado da economia chinesa, que registou o segundo crescimento mais lento desde 1970, está a pesar na negociação.
O índice de referência da Europa ocidental, Stoxx 600, recua 0,2% para 453,7 pontos. A registar as maiores quedas está o setor automóvel, o retalho e as "utilities" (água, luz, gás), embora com uma queda abaixo de 1%.
Apesar das duas primeiras semanas de negociação do ano estarem a ser positivas, com a Europa a ultrapassar as praças norte-americanas, o Bank of America explica, numa nota vista pela Bloomberg, que os investidores ainda estão cautelosos sobre as perspetivas para as ações europeias no resto do ano.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recua 0,23%, o francês CAC-40 desliza 0,11%, o italiano FTSEMIB perde 0,23%, o britânico FTSE 100 desvaloriza 0,12% e o espanhol IBEX 35 cai 0,15%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,42%.
Juros agravam-se com comentários de economista-chefe do BCE
Os juros das dívidas soberanas estão a agravar-se na Zona Euro, com comentários do economista-chefe do BCE, Philip Lane, que reiterou a necessidade de as taxas de juro ascenderem a território restritivo, com o objetivo de retornar a inflação aos 2% desejados.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 2,4 pontos base para os 2,192%, enquanto os juros da dívida pública italiana na mesma maturidade sobem 4,5 pontos base para os 4,044%.
Já os juros da dívida francesa crescem 2,3 pontos base para os 2,657%, a "yield" da dívida espanhola agrava-se 2,7 pontos base para os 3,183% e os juros da dívida portuguesa sobem igualmente 2,7 pontos base para os 3,097%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos agravam-se em 2,6 pontos base para os 3,406%.
Dólar valoriza face às principais divisas. Iene toca em máximos de sete meses
O dólar está a valorizar face às principais divisas, ao passo que o iene negoceia perto de máximos de sete meses, com os investidores na expectativa de uma potencial mudança de política monetária por parte do Banco do Japão.
Ainda assim, depois da moeda japonesa ter registado ganhos durante a sessão asiática, o dólar vai valorizando 0,18% para 128,56 ienes. Já o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais - sobe 0,05% para 102,257 pontos, depois de ter voltado a tocar em mínimos de sete meses.
Não houve grande reação do mercado cambial aos dados económicos chineses. "É um pouco como olhar para trás num mercado que já decidiu que a reabertura vai sustentar a recuperação", comentou a estratega do Banco de Singapura, Moh Siong Sim.
Na Europa, o euro valoriza 0,1% para 1,0833 dólares.
Ouro em baixa mas perto de máximos de oito meses
O ouro segue a negociar em terreno negativo e abaixo de máximos de oito meses, à medida que o foco se vira para dados económicos nos Estados Unidos, com os investidores à procura de compreender o caminho a seguir pela Reserva Federal norte-americana.
Esta quarta-feira são conhecidas as vendas a retalho e o índice de preços no produtor.
O metal precioso tem estado num "rally" desde o início do ano tendo já ultrapassado a fasquia dos 1.900 dólares por onça. O ouro recua 0,23% para 1.911,64 dólares por onça.
Petróleo misto e gás a valorizar com procura por parte da China a ditar a negociação
O petróleo está a valorizar, com os investidores à espera de um retomar da procura por parte da China, o maior importador de crude do mundo, depois de estatísticas terem revelado que a economia teve uma melhor performance que o esperado no último trimestre do ano.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,96% para 79,09 dólares por barril, estando a negociar o contrato de fevereiro. Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,02% para 84,44 dólares, negociando o contrato de março.
Numa nota, analistas do Goldman Sachs reiteraram que os preços do crude devem subir, argumentando que a Europa deve conseguir evitar uma recessão, continuando assim a consumir, ao mesmo tempo que a procura aumenta na China e o fornecimento proveniente da Rússia diminui.
"Dados melhores que o esperado da China devem dar apoio aos preços já que o foco está na procura" por parte deste país, afirmou o analista Ravindra Rao, da Kotak Securities à Bloomberg.
No mercado do gás, os futuros estão a valorizar numa altura em que a recuperação económica da China e o aumento do consumo na região poderá desviar o fornecimento de gás para a Ásia.
"A procura por parte da China vai definitivamente recuperar, mas há dúvidas de que possa atingir os níveis de 2021", apontou o analista Rob Butler da Baker Botts, à Bloomberg.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – sobe 2,8% para 57 euros por megawatt-hora.
Europa deve abrir no vermelho. Ásia mista
As principais praças europeias estão a apontar para uma abertura em terreno negativo, com os investidores a analisarem dados económicos da China que mostram que a economia do país cresceu ao segundo ritmo mais lento desde os anos 1970.
Ainda assim, dados relativamente ao quarto trimestre e a dezembro apontam para uma recuperação económica que poderá ganhar força em 2023.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,2%.
Na Ásia, as praças da região registaram o segundo dia no vermelho, com os "traders" a avaliarem não só o estado da economia chinesa, bem como a prepararem-se para a reunião de política monetária do Banco do Japão esta quarta-feira.
Os índices chineses foram os mais penalizados com Xangai a perder 0,2% e o Hang Seng, em Hong Kong, a descer 1,1%, ao passo que os japoneses registaram ganhos, depois de dois dias de perdas. O Topix avançou 0,8% e o Nikkei subiu 1,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,7%.