Notícia
Europa em sessão morna com foco no BCE. Ouro bate recorde
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Dólar em baixa. Investidores estão "relutantes" à espera de Powell, BCE e emprego nos EUA
O dólar está a negociar em ligeira baixa contra o euro e face às principais divisas rivais, com os investidores a preparem-se para um conjunto de eventos, que inclui a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, a presença de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, no Congresso e os números do emprego nos EUA.
O dólar cede 0,07% para 0,9207 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - recua 0,16% nos 103,665 pontos.
"Há alguma relutância da maior parte dos participantes do mercado de negociar com convicção antes do testemunho de Powell amanhã, o BCE na quinta-feira e o número de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, o que está provavelmente a exacerbar a calma neste início de semana", afirmou à Reuters Michael Brown, analista da Pepperstone.
Europa em sessão morna com foco no BCE
Os principais índices europeus terminaram a sessão sem tendência definida, com os investidores avaliarem dados económicos dos Estados Unidos, bem como perspetivas de crescimento na China.
O crescimento no setor dos serviços nos EUA abrandou em fevereiro e na China o primeiro-ministro Li Qiang estabeleceu um objetivo de crescimento económico para 2024 de cerca de 5%, semelhante ao do ano passado. No entanto, os analistas ouvidos pela Reuters consideram que esse valor será mais difícil de alcançar este ano.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recuou 0,23% para 496,27 pontos, com o setor da tecnologia (-1,62%) e mineiro (-0,88%) a registar as maiores perdas. Em sentido contrário, o setor das "utilities" (água, luz e gás) foi o que mais valorizou (1,93%).
O "benchmark" europeu atingiu um novo recorde recentemente, mas esta semana tem estado a negociar em baixa com os investidores mais cautelosos relativamente ao "timing" de cortes das taxas de juro pelos bancos centrais.
"Há riscos de retirada de mais-valias, o que poderia acentuar a queda mais recente", disse Chris Montagu, analista do Citigroup, em declarações à Bloomberg.
Os investidores centram-se agora na reunião de política monetária do Banco Central Europeu que se realiza na quinta-feira à procura de pistas sobre a data exata em que poderão acontecer os primeiros cortes dos juros de referência.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,1% e o francês CAC-40 recuou 0,3%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,63%.
Do lado dos ganhos, o italiano FTSEMIB somou 0,71%, o britânico FTSE 100 avançou 0,08% e o espanhol IBEX 35 ganhou 0,47%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores em obrigações.
A maior aposta em dívida dos países do Velho Continente acontece no arranque de uma semana que será marcada por um encontro de política monetária do Banco Central Europeu na quinta-feira. O apetite por estes ativos é impulsionado também por uma crescente convição de que o início das descidas das taxas diretoras quer nos EUA quer na Zona Euro ocorra mais tarde do que o esperado.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 7,2 pontos base para 3,001% e os da dívida espanhola caíram 7,9 pontos para 3,176%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, aliviou 6,8 pontos base para 2,321%.
Os juros da dívida italiana desceram 9,5 pontos base para 3,703% e os da dívida francesa registaram um decréscimo de 7,3 pontos para 2,786%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica aliviou 10,5 pontos base para 4,007%.
Petróleo cede com ambiciosa meta de crescimento da China
As cotações do "ouro negro" seguem a perder terreno nos princpais mercados internacionais, no dia em que o anúncio das metas da China para o seu crescimento económico não trouxeram grande otimismo quanto a uma retoma económica imediata – pelo que os receios de uma desaceleração de procura pela matéria-prima continuam a pesar no sentimento dos investidores.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 0,37% para 78,45 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,45% para 82,43 dólares.
A China, que é o maior importador mundial de petróleo, estabeleceu uma meta de 5% para o crescimento económico em 2024 – um objetivo que não será facilmente atingido, segundo os economistas citados pela Reuters –, e uma meta de 3% do PIB para o défice orçamental.
Ouro em alta após atingir recorde histórico
O ouro segue a valorizar, depois de atingir esta terça-feira um máximo histórico acima dos 2.141,79 dólares por onça, impulsionado por riscos geopolíticos e pelas especulações de um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA em junho.
O metal precioso recupera 0,91% para os 2.133,76 dólares por onça, após ter subido mais de 100 dólares nas últimas cinco sessões.
O risco de uma correção no mercado de ações, alimentado pelos fracos dados industriais dos EUA divulgados na passada sexta-feira, fizeram com que alguns investidores trocassem as ações pelo ouro, explicou Ole Hansen, do Saxo Bank A/S, à Bloomberg.
A ajudar na escalada de preços está a crescente onda de apostas num corte dos juros até junho pela Fed, já que o metal dourado não remunera em juros.
O ouro também brilhou com o Ano Novo Lunar, à medida que os consumidores chineses procuravam o metal como um ativo-refúgio contra a turbulência no mercado de ações e no setor imobiliário do país. O mesmo cenário acontece com os conflitos no Mar Vermelho e as eleições presidenciais norte-americanas.
Os investidores esperam agora novas declarações de Jerome Powell, presidente da Fed, na quarta e quinta-feira, duas semanas antes de os decisores de política monetária divulgarem novas trajetórias.
Wall Street deixa recordes para trás e segue no vermelho
Os principais índices em Wall Street abriram em ligeira queda esta terça-feira, depois de ontem o S&P 500 ter alcançado máximos históricos ao longo da sessão nos 5.149,67 pontos.
Os investidores têm evitado posições fechadas, numa semana em que são conhecidos vários indicadores económicos e o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, vai testemunhar na Câmara dos Representantes, na quarta-feira, e no Senado, na quinta-feira.
O S&P 500, referência para a região, recua 0,48% para 5.106,52 pontos, o industrial Dow Jones recua 0,35% para 38.852,27 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,85% para 16.070,13 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Apple recua 2,24%, depois de um relatório ter mostrado que as vendas do iPhone na China diminuíram 24% nas primeiras seis semanas do ano, numa altura em que a fabricante norte-americana enfrenta cada vez mais competição da rival local Huawei.
Já a Tesla perde 2,83%, após a "gigafactory" da marca ter sido obrigada a interromper a produção devido a um fogo posto.
A Nvidia, pelo contrário, avança 0,31% para 854,7 dólares, depois de ontem ter terminado a sessão nos 852,37 dólares - o valor mais elevado de fecho de sempre. A fabricante de "chips" alcançou também na segunda-feira máximos históricos nos 876,95 dólares.
Ainda com ganhos, a Target pula 12,37%, após ter anunciado contas do quarto trimestre positivas e ter revelado "guidance" para 2024 que aponta para vendas acima do esperado.
Os investidores avaliam também os comentários do governador da Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que afirmou que a Reserva Federal não está pressionada a reduzir as taxas de juro dada a "propseridade" da economia e do mercado laboral.
Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e 12 meses face a segunda-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,926%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,921%) e da taxa a 12 meses (3,751%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, subiu hoje para 3,751%, mais 0,019 pontos do que na segunda-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também avançou hoje, para 3,921%, mais 0,006 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 3,926%, menos 0,006 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor em fevereiro voltou a cair a três meses, mas subiu nos dois prazos mais longos.
A média da Euribor em fevereiro desceu 0,002 pontos para 3,923% a três meses (contra 3,925% em janeiro), mas subiu 0,009 pontos para 3,901% a seis meses (contra 3,892%) e 0,062 pontos para 3,671% a 12 meses (contra 3,609%).
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na quinta-feira.
Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa pintada de vermelho com investidores à espera de reunião do BCE
As bolsas europeias abriram no vermelho, num dia em que os investidores mostraram maior cautela antes da reunião do Banco Central Europeu (BCE) e das declarações de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
O Stoxx 600, referência para a região, desliza 0,31% para 495,87 pontos, com o setor automóvel a comandar as perdas (-1,16%). Em sentido contrário, o setor das "utilities" (água, luz e gás) é o que mais valoriza, embora com ganhos menos expressivos (0,25%).
Entre as principais movimentações, a Spirent Communications, empresa britânica de telecomunicações, disparou 50,51% após as notícias de que a norte-americana Viavi Solutions vai comprar a operadora por 1,18 mil milhões de euros.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 perde 0,29%, o espanhol Ibex 35 cede 0,01%, o francês CAC-40 desliza 0,2%, o britânico FTSE 100 cai 0,32% e o AEX, em Amesterdão, desvaloriza 0,37%. Já o italiano FTSE Mib negoceia na linha d'água, estando a perder 0,01%.
As bolsas europeias estão a recuar esta semana - depois de ontem o Stoxx 600 ter tocado em máximos históricos - com o sentimento de cautela a dominar o mercado antes da reunião do BCE.
Os investidores esperam que a reunião do banco central permita obter pistas sobre o curso da política monetária na região, sendo que apenas 17% vê a hipótese de uma descida de 25 pontos base em abril. A maior parte estima que o primeiro corte será no verão, entre junho e julho.
Juros aliviam na Zona Euro antes de encontro do BCE
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta terça-feira, numa altura em que os investidores se mostram mais cautelosos enquanto aguardam por mais uma decisão sobre a política monetária na região.
O Banco Central Europeu (BCE) volta a reunir-se na quinta-feira, sendo esperado que, apesar de manter os juros inalterados, sinalize abertura e maior confiança quanto a uma descida nos próximos meses.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos desce 1,1 pontos base para 3,062% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, cede 1,8 pontos para 2,841%.
A rendibilidade da dívida italiana recua 1,7 pontos para 3,78%, a da dívida francesa cede 1,8 pontos para 2,841% e a da dívida espanhola alivia 1,6 pontos para 3,239%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas, também a dez anos, recuam 2,3 pontos base para 4,090%.
Ouro perto de máximos de três meses com dólar mais fraco
O ouro está a valorizar, estando a beneficiar de um dólar ligeiramente mais fraco, antes do discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, na quarta-feira.
O metal precioso sobe 0,25% para 2.119,77 dólares por onça, estando a negociar perto de máximos de três meses.
Sendo cotado na nota verde, o ouro torna-se mais atrativo para quem negoceia com outras moedas quando o dólar desliza.
O foco dos investidores está nas declarações de Powell, a propósito da publicação do Livro Bege da Fed, que é divulgado duas semanas antes de os responsáveis do banco central tomarem novas decisões quanto à política monetária.
No mercado de câmbio, o euro negoceia na linha d'água face à divisa norte-americana, estando a cair 0,05% para 1,0851 dólares. Isto numa semana em que os investidores aguardam por novas decisões por parte do Banco Central Europeu (BCE), que tem encontro marcado na quinta-feira.
Face a outras divisas, o dólar perde 0,05% perante o iene e ganha 0,1% frente ao franco suíço.
Petróleo perde com robutez da economia em foco
Os preços do petróleo estão a descer, penalizados por sinais de menor robustez económica, sobretudo na China, maior importador de crude no mundo. Estas preocupações sobrepuseram-se à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) de prolongar os cortes na produção.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cede 0,57% para 78,29 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cai 0,43% para 82,44 dólares por barril.
Apesar de a China ter traçado metas e anunciado novas medidas para impulsionar a economia, o foco dos investidores está na divulgação de dados económicos nos Estados Unidos e nas declarações de diferentes membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
São hoje divulgados os números finais dos índices de gestores de compras, sendo esperado que o PMI Composite (avançado pela S&P Global) se tenha fixado em 51,4 pontos em fevereiro, o que representa uma queda face aos 52 registados no mês anterior. A marca dos 50 pontos serve de referência, separando a expansão da contração.
Além destes dados, o foco estará também no discurso de Michael Barr, vice-presidente do banco central para a supervisão, e na divulgação dos dados, pela American Petroleum Institute, sobre os "stocks" de crude nos EUA na semana passada.
Europa aponta para quedas. China escapa a perdas em dia vermelho na Ásia
As bolsas europeias apontam para um início de sessão em terreno negativo, numa altura em que os investidores mostram maior cautela antes de uma nova reunião do Banco Central Europeu (BCE). Os decisores de política monetária reúnem-se na quinta-feira, sendo esperado que mantenham os juros inalterados, mas que mostrem maior abertura a um alívio da política monetária nos próximos meses.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,3%.
Esta terça-feira, são divulgados os números finais dos índices de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) para fevereiro da Zona Euro, o que irá influenciar o sentimento.
Na Ásia, a negociação foi dominada sobretudo por perdas, tendo os índices chineses escapado às quedas.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, valorizou 0,41% e Shanghai Composite somou 0,28%, num dia em que os investidores digeriram uma série de anúncios no congresso chinês, que começou ontem. Pequim traçou como meta oficial para este ano um crescimento de 5% e uma inflação de 3%. Além destas metas, avançou com novas medidas para apoiar a economia.
No Japão, o Topix ganhou 0,5% e o Nikkei perdeu 0,03%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,93%.