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BCE mantém juros da Zona Euro inalterados pela quarta vez consecutiva

Ainda não foi desta que o BCE decidiu começar a cortar os juros, tendo mantido a taxa de depósitos no máximo de sempre de 4%, a aplicável às operações principais de refinanciamento em 4,5% e a de cedência de liquidez em 4,75%.

Reuters
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O Banco Central Europeu (BCE) voltou a decidir manter as três taxas de juro diretoras da Zona Euro inalteradas, após a reunião desta quinta-feira e conforme o que já era esperado pelo mercado, de acordo com o comunicado publicado pela autoridade monetária.

Esta é a quarta pausa consecutiva no ciclo de subidas que dura desde julho de 2022 e no qual foram concretizados 10 aumentos, num total de 450 pontos base, para tentar domar a inflação na região.

A taxa de depósitos mantém-se, assim, no máximo de sempre de 4%, a aplicável às operações principais de refinanciamento em 4,5% e a de cedência de liquidez em 4,75%.

O conselho do BCE não faz nenhuma referência a potenciais cortes de juros diretores este ano, garantindo apenas que "está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%". 

O banco central frisa ainda que as taxas de juro diretoras do BCE estão em níveis que, "se forem mantidos por um período suficientemente longo, darão um contributo substancial para esse fim". As futuras decisões do Conselho do BCE "assegurarão que as taxas diretoras serão fixadas em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário", acrescenta a autoridade monetária.

PEPP terá redução de 7,5 mil milhões de euros por mês

Além de se ter pronunciado sobre o futuro dos juros diretores, o BCE salienta que "a carteira do programa de compra de ativos (APP) está a diminuir a um ritmo comedido e previsível, depois de o Eurosistema ter deixado de reinvestir os pagamentos de capital de títulos vincendos".

No que diz respeito ao PEPP, o programa que foi criado para atenuar os efeitos da pandemia, recordou que vai começar a reduzir a carteira do programa a partir do segundo semestre.

"Durante o primeiro semestre de 2024, o conselho do BCE tenciona continuar a reinvestir, na totalidade, os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos ao abrigo do PEPP", começa por refereir o banco central.

Já no segundo semestre do ano, a instituição liderada por Christine Lagarde "pretende reduzir a carteira do PEPP, em média, em 7,5 mil milhões de euros por mês".

O BCE assegura que "continuará a aplicar flexibilidade no reinvestimento dos reembolsos previstos no âmbito da carteira do PEPP, a fim de contrariar os riscos para o mecanismo de transmissão da política monetária relacionados com a pandemia".

A autoridade monetária referiu ainda que está de olhos postos no potencial impacto dos reembolsos das operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO) na política monetária, pelo que o banco central vai avaliar "regularmente a forma como estas operações e a continuação do reembolso das mesmas estão a contribuir para a orientação" desta mesma política.

(Notícia atualizada às 13:33 horas).

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