Notícia
Praças europeias perdem mais de 1% e têm pior dia desde final de março
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Praças europeias perdem mais de 1% e têm pior dia desde final de março
Os principais índices europeus terminaram a sessão desta terça-feira a desvalorizar, após a divulgação de vários dados económicos na Europa e nos Estados Unidos que deverão dar mais ferramentas aos bancos centrais para as decisões de política monetária marcadas para esta semana.
O índice de referência da região, Stoxx 600, perdeu 1,24% para 461,08 pontos - o pior dia desde 24 de março, com o setor do petróleo e gás a registar a maior queda ao desvalorizar mais de 4,5%. Ainda entre as perdas esteve o setor imobiliário e mineiro que recuou mais de 2%.
Entre os principais movimentos de mercado, a petrolífera BP caiu mais de 4%, após ter anunciado uma desaceleração no programa de recompra de ações, o que se sobrepôs a resultados melhores do que o esperado no primeiro trimestre do ano.
Já o HSBC subiu 3,26%, após ter revelado resultados melhores do que o esperado e ter anunciado um programa de recompra de ações no valor de dois mil milhões de euros.
A influenciar a decisão de política monetária do BCE esta quinta-feira vai estar uma estimativa rápida da inflação, divulgada esta terça-feira, que mostrou que a inflação subjacente desceu pela primeira vez em dez meses, dando assim alguma margem ao banco central para desacelerar no rápido aperto da política monetária.
Ao mesmo tempo, o BCE revelou ainda esta terça-feira que os bancos da região "apertaram substancialmente" os critérios de concessão de crédito a empresas no primeiro trimestre do ano.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 1,23%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,45%, o italiano FTSEMIB recuou 1,65%, o britânico FTSE 100 perdeu 1,24% e o espanhol IBEX 35 caiu 1,72%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,87%.
Juros da Zona Euro aliviam com abrandamento da inflação subjacente
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram o dia a aliviar, após ter sido divulgada uma leitura rápida da inflação em abril, cujo valor subjacente abrandou de 7,5% para 7,3%. O foco vira-se agora para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu esta quinta-feira, com os mercados de futuros a apontarem para um aumento em 25 pontos base.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuou 5,4 pontos base para 2,254% e os juros da dívida italiana terminaram o dia inalterados nos 4,165%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade desceram 4,1 pontos base para 3,076%, os juros da dívida espanhola decresceram 3,2 pontos base para 3,319% e os juros da dívida francesa recuaram 5,5 pontos base para 2,936%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica aliviou 4,9 pontos base para 3,663%.
Pressões económicas levam petróleo a mínimos de março
O petróleo está a negociar em forte baixa e em mínimos de finais de março, numa altura em que está a ser penalizado por fracos dados económicos provenientes da China, bem como expectativas de decisões de política monetária esta semana, tanto do Banco Central Europeu, como da Reserva Federal norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, perde 4,02% para 72,62 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, desvaloriza 3,77% para 76,32 dólares por barril.
"A maioria dos indicadores mostra que esta pode não ser uma tendência de curto-prazo" afirma Iris Pang, economia-chefe do ING à Reuters, acrescentando que um abrandamento do mercado de exportações, menores importações em março e uma diminuição dos salários podem colocar pressão sobre esta matéria-prima.
A incerteza sobre o estado da economia global poderá também colocar renovada pressão nos preços, principalmente numa semana de ação "imprevisível por parte dos bancos centrais", com a retórica adotada a gerar dúvidas nas perspetivas "futuras para o petróleo", indicou ainda a analista Tamas Varga, da PMV, à Reuters.
Dólar interrompe ganhos, com sinais de abrandamento da economia nos EUA
O dólar está a desvalorizar esta terça-feira, interrompendo assim os ganhos ao longo desta terça-feira, após ter sido divulgado o número de vagas de emprego nos Estados Unidos, que diminuiu em março e a produção industrial do mesmo mês, que foi abaixo do esperado pelo mercado.
Estes dados devem contribuir para uma decisão de política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana, cuja reunião terminará esta quarta-feira e onde se espera um incremento de 25 pontos base.
O dólar recua 0,19% para 0,91 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cede 0,13% para 102,018 pontos.
"A grande questão é se a Fed sinaliza que a política monetária é suficientemente restritiva, ou providencia pistas suficientes para o mercado pensar que não serão necessárias mais subida das taxas de juro", afirmou o analista Ed Moya, da OANDA, à Reuters.
Ouro valoriza mais de 1% como foco na economia dos EUA
O ouro está a valorizar esta terça-feira, numa altura em que a negociação está a ser marcada por renovados receios de uma crise na banca após a venda do First Republic Bank ao JPMorgan, bem como as negociações sobre o "debt ceiling" (limite do endividamento) nos Estados Unidos.
O metal precioso, que é visto como ativo refúgio em situações de incerteza económica, sobe 1% para 2.002,46 dólares por onça.
Os investidores estão ainda a avaliar o caminho de política monetária que poderá ser seguido pela Reserva Federal norte-americana, cuja reunião termina amanhã e onde é largamente esperada uma subida dos juros diretores em 25 pontos base.
Wall Street abre no vermelho com Fed no centro das atenções
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, numa altura em que os investidores se preparam para mais uma reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
O S&P 500, referência para a região, cede 0,04% para 4.167,87 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,11% para 12.212,60 pontos e o industrial Dow Jones perde 0,20% para 33.981,99 pontos.
O resgate do First Republic Bank pelo JPMorgan acalmou por agora a turbulência em torno do setor bancário nos Estados Unidos, mas os investidores temem que os empréstimos serão mais limitados, levando ao abrandamento de uma economia já pressionada por consecutivas subidas das taxas de juro.
Dados da Zona Euro reforçaram estes receios, com o BCE a reportar hoje que os bancos da região "apertaram substancialmente" os critérios de concessão de crédito a empresas no primeiro trimestre do ano.
As atenções dos investidores estão agora sobre a Fed, que deu início a uma reunião de política monetária de dois dias esta terça-feira. A expectativa é de que seja anunciada uma nova subida dos juros de 25 pontos base e que seja sinalizada a intenção de pausar os aumentos. O foco está também sobre os legisladores em Washington, após a secretária do Tesouro, Janet Yellen, ter dito que os Estados Unidos podem entrar em incumprimento da dívida nacional a partir de 1 de junho.
A época de resultados segue também a todo o gás, com mais de 35 das 500 empresas que compõem o S&P 500 a apresentarem hoje contas. Na Europa, foi a vez da BP e do HSBC.
O banco HSBC registou um lucro de 11.745 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, mais 212% face ao mesmo período de exercício financeiro anterior. Já a petrolífera obteve um lucro de 7.475 milhões de euros, valor que compara com prejuízos de 18.541 milhões de euros no mesmo período do ano anterior.
Taxas Euribor sobem a três meses e caem a seis e 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, ao ser fixada em 3,822%, menos 0,058 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também recuou hoje, para 3,622%, menos 0,023 pontos e contra um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,648% registado em 26 de abril.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, para 3,274%, mais 0,009 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,288%, verificado em 14 de abril.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre no vermelho com Fed e BCE na mira dos investidores
As bolsas europeias abriram em terreno negativo, num dia em que os investidores se preparam para mais uma dose de resultados trimestrais e decisões dos bancos centrais nos próximos dois dias.
O Stoxx 600, referência para a reigão, recua 0,33% para 465,37 pontos, com os setores do petróleo & gás e das telecomunicações a serem os que mais cedem (-1,68% e -1,33%, respetivamente).
Entre as principais movimentações, a BP cai 5,13% após apresentar as contas dos primeiros três meses do ano. A petrolífera reportou uma queda nos lucros - apesar de menor do que o esperado pelos analistas - e divulgou que o ritmo de recompra de ações abrandou. Já o HSBC sobe 5,79% após anunciar um programa de recompra de ações no valor de dois mil milhões de dólares.
Entre as principais praças europeias, o alemão Dax perde 0,44%, o francês CAC-40 recua 0,38%, o espanhol Ibex 35 desvaloriza 0,82%, o italiano FTSE Mib desce 0,03% e o britânico FTSE 100 cede 0,02%. Em Amesterdão, o Aex recua 0,21%.
As bolsas fecharam abril em bom terreno, após terem sido penalizadas em março por receios quanto à resiliência do sistema bancário.
Juros agravam-se na Zona Euro em dia de inflação
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, num dia em que é conhecido como se situou a inflação na região em abril. No mês anterior, a variação dos preços no bloco da moeda única situou-se em 6,9%, muito acima da meta de 2% traçada pelo BCE.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobem 4,2 pontos base para 2,349% e os juros da dívida italiana agravam-se 6,3 pontos base para 4,228%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade sobem 4,4 pontos base para 3,161%, os juros da dívida espanhola aumentam 4,8 pontos base para 3,399% e os juros da dívida francesa somam 5,5 pontos base para 2,936%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica crescem 4 pontos base para 3,752%.
Euro desvaloriza ligeiramente face ao dólar
O euro segue a negociar na linha d'água face à divisa norte-americana, num dia em que os investidores aguardam pelas decisões da Fed e do BCE sobre o curso da política monetária.
Ambos os bancos centrais decidem sobre os juros esta semana: a Fed na quarta-feira e o BCE na quinta-feira.
A moeda única europeia cede 0,02% para 1.982,10 dólares.
Os investidores acreditam que a Fed vai subir as taxas de juro em 25 pontos base, o que está a impulsionar ligeiramente o dólar, contudo, o foco do mercado recai agora sobre até quando a autoridade monetária vai aumentar antes de travar ou até descer os juros.
Ouro na linha d'água com investidores a avaliarem resgate do First Republic Bank
O ouro segue a negociar na linha d'água, numa altura em que os investidores avaliam o resgate do First Republic Bank pelo JP Morgan. Isto, um dia antes de a Reserva Federal (Fed) norte-americana anunciar quais os próximos passos em termos de política monetária.
O JP Morgan concordou em adquirir a instituição bancária após o seu colapso no mês passado, sendo que a intervenção será feita com divisão de custos, uma vez que o fundo de garantia de depósitos assume um custo de 13 mil milhões de dólares. O resgate atenuou algumas das preocupações sobre o sistema bancário, mas mantêm-se as preocupações quanto a mais adversidades económicas, o que pode dar força ao metal precioso, que é visto como um ativo-refúgio.
O ouro cede 0,04% para 1.981,77 dólares por onça, a platina perde 0,14% para 1.054,33 dólares, o paládio recua 0,11% para 1.457,54 dólares e a prata cede 0,73% para 24,81 dólares.
Os investidores acreditam que a Fed vai subir as taxas de juro em 25 pontos base esta quarta-feira e sinalizar que este será o último aumento durante os próximos tempos. Mas tal pode não acontecer, alerta Ed Moya, analista sénior do Oanda.
"[A Fed] pode evitar dar sinais de que está pronta para pausar as taxas de juro após mais uma subida. Pode escolher manter-se vigilante e isso é algo que o mercado não está preparado para incorporar", diz, numa nota a que a Bloomberg teve acesso.
Petróleo desvaloriza pressionado por preocupações quanto à economia da China
O petróleo segue a desvalorizar, pressionado por preocupações quanto às previsões económicas na China e cautela no mercado financeiro. A recuperação económica na China - maior importador de crude no mundo - mantém-se inconsistente, com dados recentes a mostrarem uma contração do índice de gestores de compras em abril.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, cede 0,13% para 75,56 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 0,13% para 79,21 dólares por barril.
O ouro negro perdeu mais de 5% este ano, apesar das medidas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) para reduzir a oferta a partir deste mês. A pressionar a matéria-prima estão previsões económicas menos animadoras, com os bancos centrais, incluindo a Fed, a manterem as subidas das taxas de juro.
Os investidores esperam que a Fed anuncie uma nova subida das taxas de juro esta semana. A expectativa do mercado é que haja uma nova subida de 25 pontos base, sendo que o foco recai agora sobre até onde é que a autoridade monetária irá continuar os aumentos antes de parar ou até começar a descer.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, desvaloriza 0,8% para os 38,5 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para o verde e Ásia fecha mista em semana de Fed
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, numa altura em que os investidores aguardam para saber quais os próximos passos em termos de política monetária. A Reserva Federal (Fed) norte-americana reúne-se esta quarta-feira e o Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%.
Na Ásia, a sessão fechou mista, com os investidores a avaliarem novos dados económicos na China e a mostrarem alguma cautela antes da reunião de política monetária nos Estados Unidos.
O índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) da China recuou para 49,2 em abril, o que contribuiu para as preocupações de que a economia do país poderá ter dificuldades em manter o crescimento atual, mas, ao mesmo tempo, outros dados mostraram que os gastos em viagens, compras e casino mantém-se robustos.
Os mercados chineses vão permanecer fechados terça-feira e quarta-feira, voltando a negociar apenas na quinta-feira.
Na China, Xangai subiu 1,14% e em Hong Kong, o Hang Seng somou 0,26%. No Japão, o Topix recuou 0,12% enquanto o Nikkei cresceu 0,12%. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,81%.