Notícia
Petróleo cai e arrasta tendência às bolsas europeias
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Juros da dívida da Zona Euro aliviam com maior aposta em obrigações
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão desta terça-feira a aliviar, o que mostra uma maior aposta dos investidores na segurança das obrigações, num dia em que as bolsas europeias negociaram no vermelho.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, cedeu 9,4 pontos base para 2,336% e os juros da dívida portuguesa recuaram 11 pontos base para 3,017%.
Os juros da dívida pública italiana com a mesma maturidade deslizaram 13,3 pontos base para 4,141%, os juros da dívida espanhola aliviaram 10,6 pontos base para 3,382% e os juros da dívida francesa cederam 9,8 pontos base para 2,901%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica aliviaram 8,8 pontos base para 4,239%.
Petrolíferas abalam bolsas europeias
Os principais índices europeus terminaram o dia em terreno negativo, com a queda das cotadas do petróleo a pesar.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recuou 0,92% para 456,63 pontos, com o setor do petróleo entre os que mais penalizou, num dia em que os preços desta matéria-prima afundam mais de 4%.
Além disso, a Nestlé e a Unilever também pressionaram, ao caírem mais de 3% depois de terem anunciado a substituição dos seus diretores financeiros, à medida que a inflação pressiona o setor.
Também a questão do aumento do tecto da dívida nos EUA pesou no sentimento dos investidores. O acordo de princípio entre o presidente dos EUA Joe Biden e o presidente da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, entra numa reta final crucial, com menos de uma semana para obter a aprovação do Congresso antes do prazo previsto de incumprimento do país a 5 de junho.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,27%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,29%, o italiano FTSEMIB recuou 0,16% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,14%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,97%.
Petróleo cai mais de 4% com tecto da dívida nos EUA e reunião da OPEP+ na mira
Os preços do "ouro negro" seguem a afundar nos principais mercados internacionais, devido à incerteza quanto à aprovação, no Congresso norte-americano, do aumento do tecto da dívida dos EUA – depois do acordo de princípio alcançado no fim de semana entre o presidente Joe Biden e o speaker da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
Os investidores estão também na expectativa quanto à decisão dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) na reunião agendada para 4 de junho – havendo quem aponte para um novo corte da oferta.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 4,28% para 69,56 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 4,36% para 73,71 dólares/barril.
"Os participantes de mercado continuam a escrutinar a adesão da Rússia ao seu compromisso de corte da oferta de crude, mas nós preferimos focar-nos nos dados sobre os inventários", sublinha Giovanni Staunovo, analista de mercados do UBS, numa nota de "research" a que o Negócios teve acesso.
Em fevereiro, recorda a análise do estratega do banco suíço, o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak comprometeu-se a cortar a sua produção em 500 mil barris por dia a partir de março. Esse compromisso foi depois estendido até junho e depois até ao final do ano, "mas, como a Rússia já não publica dados sobre petróleo, os participantes voltaram-se para outro indicador para avaliarem o corte de produção: as exportações de crude via petroleiros", refere.
Segundo esses dados, "as exportações de crude russo via marítima mantiveram-se elevadas nos últimos meses, levando alguns participantes de mercado a crer que isto resulta do facto de a Rússia não estar de facto a cortar a produção na medida em que se comprometeu", aponta Staunovo.
O UBS prefere estar mais atento às reservas norte-americanas de crude – que na semana passada caíram fortemente. "Com vários membros da OPEP+ a retirarem voluntariamente barris do mercado, num contexto de aumento da procura, estimamos que os stocks continuem a diminuir, sustentando assim os preços", diz o mesmo analista.
Com dólar em queda, ouro sobe de mínimos de dois meses
O ouro está a valorizar, depois de ter tocado mínimos de dois meses, ajudado por uma queda do dólar.
O ouro sobe 0,79% para 1.958,56 dólares por onça, após ter tocado mínimos de março de 2017.
"O dólar está a inverter a direção, apoiando o ouro -que já estava atrativo, depois de ter encontrado uma zona de apoio nos 1.933 dólares por onça", afirmou Ole Hansen, estratega do Saxo Bank, à Bloomberg.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda contra dez divisas rivais - desce 0,23% para 103,964 pontos, recuando assim de máximos de dois meses, com as negociações em torno do aumento do tecto da dívida norte-americana a manterem os investidores afastados do risco.
Wall Street em alta com possível acordo sobre o tecto da dívida. Nvidia sobe mais de 6%
Após um dia de feriado nos Estados Unidos (Memorial Day) e que levou ao encerramento das bolsas no país, Wall Street abriu esta terça-feira a negociar maioritariamente em alta, com a possibilidade de um acordo em torno do tecto da dívida norte-americana possa ser concretizado nos próximos dias.
O S&P 500, índice de referência, sobe 0,51% para 4.226,8 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 1,27% para 13.140,06 pontos. Já o industrial Dow Jones recua 0,29% para 32.996,47 pontos.
Esta terça-feira o Comité Parlamentar da Câmara dos Representantes reúnem-se para discutir o projeto de lei para a suspensão do "debt ceiling". Até agora, um conjunto de congressistas republicanos já afirmou que se iria opor à medida, um sinal de que o acordo bipartidária poderá ter um caminho difícil no Congresso.
"O mercado está cautelosamente a incorporar no preço que já há acordo", comentou Thomas Hayes, analista da great Hill Capital, à Bloomberg.
Entre os principais movimentos de mercado, a Nvidia subiu mais de 6% na abertura, após ter revelado que estava a construir o supercomputador de inteligência artificial mais poderoso em Israel. A fabricante de "chips" mais valiosa do mundo está a caminho de atingir uma valorização de mercado de um bilião de dólares pela primeira vez.
"Se esta tendência de inteligência artificial é real, a procura imediata vai estar em 'chips' e poder de computação e a Nvidia é o exemplo disso mesmo atualmente", completou Hayes.
Euribor cai a três, seis e 12 meses, depois de máximos na segunda-feira
As taxas Euribor desceram hoje a três, a seis e a 12 meses, depois de terem subido para novos máximos desde novembro de 2008 na segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 3,965%, menos 0,017 pontos, depois de ter subido em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do "stock" de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também recuou hoje, ao ser fixada em 3,770%, menos 0,011 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado na segunda-feira.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, desceu hoje, ao ser fixada em 3,474%, menos 0,009 pontos, depois de ter subido na segunda-feira até 3,483%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa mista com investidores a ponderarem próximos passos
As bolsas europeias abriram em terreno negativo, tendo entretanto passado a negociar mistas, numa altura em que os investidores tentar perceber se há sinais de que o acordo sobre o tecto da dívida dos Estados Unidos será aprovado no Congresso. Isto ao mesmo tempo que pesam se os bancos centrais vão manter a posição mais agressiva na política monetária.
O Stoxx 600, referência para a região, soma 0,05% para 461,12 pontos, com praticamente todos os setores a registarem ganhos moderados. O do imobiliário e o das utilities (água, luz e gás) são os que mais sobem, 0,96% e 0,72%, respetivamente.
Entre as principais movimentações, a Nestlé cai 1,50% para 110,38 francos suíços por ação, após ter anunciado que o CFO da empresa, Francois-Xavier Roger, deixou o cargo, e que este será assumido por Anna Manz - até agora CFO e membro do conselho de administração da London Stock Exchange. Os analistas da Jefferies disseram, em declarações à Bloomberg, que estão "desiludidos" com a "surpresa".
Nas principais praças europeias, o alemão Dax soma 0,27%, o francês CAC-40 recua 0,46%, o italiano FTSE Mib valoriza 0,20%, o britânico FTSE 100 recua 0,04% e o Aex, em Amesterdão, cede 0,05%. Já em Espanha, o Ibex 35 valoriza 0,51%, um dia após terem sido convocadas eleições antecipadas no país.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, o que mostra uma maior aposta dos investidores nas obrigações. Isto num dia em que as principais bolsas europeias negoceiam maioritariamente no vermelho.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, cedem 4,6 pontos base para 2,383% e os juros da dívida italiana recuam 4,2 pontos base para 4,232%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade deslizam 3,5 pontos base para 3,092%, os juros da dívida espanhola aliviam 4,3 pontos base para 3,445% e os juros da dívida francesa cedem 4,3 pontos base para 2,956%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica recuam 5,1 pontos base para 4,275%.
Euro desvaloriza face ao dólar
O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a ceder 0,23% para 1,0683 dólares.
A moeda norte-americana valorizou à medida que a administração Biden e os líderes republicanos do Congresso deram início a campanhas para garantir apoio ao acordo sobre o tecto da dívida dos EUA.
Já o renminbi caiu para o valor mais baixo desde novembro esta manhã, estando a desvalorizar face ao dólar e face ao euro.
Ouro desvaloriza pressionado por dólar mais forte
O ouro segue a desvalorizar, pressionado por um dólar mais forte à medida que aumenta o otimismo de que o acordo de princípio sobre o tecto da dívida do país alcançado, durante o fim de semana, entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o porta-voz da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, será aprovado no Congresso.
Biden e McCarthy têm tentado reunir apoio dos seus respetivos partidos, tendo já o apoio de alguns alguns membros importantes, o que ajudou a elevar as apostas de que a maior economia do mundo conseguirá evitar entrar em incumprimento. E essa perspetiva está a diminuir o apetite por ativos-refúgio, como é o caso do ouro. Além disso, um dólar mais forte também torna as matérias-primas cotadas nesta moeda menos atrativas.
O metal amarelo a pronto, negociado em Londres, perde 0,33% para 1.936,85 dólares por onça, enquanto o paládio soma 1,19% para 1.434,95 dólares, a platina valoriza 0,03% para 1.028,91 dólares e a prata cede 0,81% para 23 dólares.
Petróleo desvaloriza com dólar mais forte. Preços do gás cedem
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar, numa altura em que um dólar mais forte está a tornar as matérias-primas cotadas na moeda norte-americana menos atrativa. Uma maior aversão ao risco na Ásia também se sobrepôs aos progressos no acordo sobre o tecto da dívida dos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, perde 0,34% para 72,42 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,57% para 76,63 dólares por barril.
O crude desvalorizou cerca de 11% desde o início do ano, pressionado por uma procura menos robusta do que o esperado por parte da China - maior importador mundial de petróleo. Após anos de restrições devido à covid-19, as previsões iniciais apontavam para uma retoma mais robusta.
Os investidores estão agora de olhos postos na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), que decorre a 3 e 4 de junho, de forma a perceber se haverá mais cortes em vista. Isto depois de em maio a organização ter anunciado uma redução da produção em mais de um milhão de barris por dia.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, recua 1,41% para 24,22 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para o verde. Ásia fecha mista
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, num dia em que são conhecidos novos dados económicos. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,1%.
O Eurostat divulga esta terça-feira como se situou a confiança dos consumidores na Zona Euro. Além dos dados económicos que vão sendo divulgados, os investidores estão também atentos aos desenvolvimentos sobre o limite do tecto da dívida dos Estados Unidos. Depois de, durante o fim de semana, o presidente norte-americano, Joe Biden, e o "speaker" da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, terem chegado a um acordo de princípio, o foco recai agora sobre se este será ou não aprovado no Congresso.
Já na Ásia, a sessão fechou mista, com os índices chineses a serem novamente os mais penalizados. Uma recuperação económica mais lenta do que o esperado, uma moeda mais fragilizada e crescentes tensões com os Estados Unidos estão a manter os investidores globais afastados dos mercados chineses.
Na China, Xangai desvalorizou 0,32% e, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,17%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,95%, enquanto no Japão o Topix cedeu 0,06% e o Nikkei ganhou 0,30%.