Notícia
Incerteza em torno do ritmo de subida dos juros da Fed dá força ao dólar. Petróleo cai
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Praças europeias sobem com ajuda dos EUA e China
As bolsas europeias fecharam a negociação desta segunda-feira em terreno positivo, impulsionadas pelas boas notícias da semana passada provenientes da China e dos EUA.
O STOXX 600 fechou a sessão a ganhar 0,14% para os 432,86 pontos, com os setores da saúde, tecnologia e retalho a liderarem os avanços.
O DAX alemão avançou 0,62% para os 14.313,30 pontos, enquanto o francês CAC-40 subiu 0,22%, o espanhol Ibex cresceu 0,84% e o italiano FTSE Mib saltou 0,58%. Já o britânico FTSE 100 valorizou 0,92%.
A dar ímpeto às praças europeias esteve a desaceleração da inflação nos EUA, na semana passada, bem como o abrandamento das restrições devido à covid na China e ainda a divulgação de um plano para ajudar o setor imobliário chinês, que tem sido muito castigado este ano.
Juros estáveis na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem quase inalterados, com subidas e descidas pouco expressivas, num mercado à procura de direção enquanto se tenta também perceber qual será de facto o posicionamento da Fed na sua política monetária.
Por cá, os juros da dívida portuguesa a 10 anos encerraram a somar 0,1 pontos base para 3,109%.
Por seu lado, as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, aliviaram 1,6 pontos base para 2,138%.
Em Espanha, também no vencimento a 10 anos, os juros fecharam inalterados, nos 3,183%. Já em Itália, as "yields" recuaram 2,9 pontos base para 4,164%.
Euro recua contra o dólar, mas mantém-se acima da paridade
O euro desliza face ao dólar, num dia em que o indicador de força da nota verde é impulsionado pelas declarações "hawkish" de um membro da Reserva Federal norte-americana (Fed).
A moeda única cai 0,18% para 1,0328 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força do "green cash" contra 10 divisas rivais – avança 0,65% para 106,98 pontos.
"Ainda temos um longo caminho a percorrer que não se encerra na próxima reunião ou daqui a dois [encontros]", sublinhou Christopher Waller, membro do "board" da Fed, durante uma conferência do UBS em Sidney.
Assim, "a taxa de referência vai continuar a subir e manter-se alta por algum tempo, até vermos que a inflação se aproxima da nossa meta", acrescentou.
Durante o resto do dia, os investidores vão ainda estar atentos às declarações da vice-presidente do banco central norte-americano, Lael Brainard, e do presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams.
Ouro cede, pressionado pela Fed
O metal amarelo negoceia na linha d'água, mais inclinado para terreno negativo, (-0,02%) para 1.770,88 dólares por onça.
O movimento acontece depois de as declarações "hawkish" de um membro da Reserva Federal norte-americana terem dado força ao dólar, pressionando as matérias-primas, como é o caso do ouro, já que torna o investimento mais oneroso para quem negoceia com outras moedas.
"Ainda temos um longo caminho a percorrer que não se encerra na próxima reunião ou daqui a dois [encontros]", sublinhou Christopher Waller, membro do "board" da Fed, durante uma conferência do UBS em Sidney.
Assim, "a taxa de referência vai continuar a subir e manter-se alta por algum tempo, até vermos que a inflação se aproxima da nossa meta", acrescentou.
Durante o resto do dia, os investidores vão ainda estar atentos às declarações da vice-presidente do banco central norte-americano, Lael Brainard, e do presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams.
Subida do dólar e incerteza em torno da Fed penalizam petróleo
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa, pressionados sobretudo pelos comentários feitos no fim de semana por um responsável da Fed, que lançaram alguma incerteza em relação à evolução da subida das taxas de juro nos EUA.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 1,20% para 94,84 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,67% para 87,47 dólares por barril.
Christopher Waller, membro do conselho de governadores do Sistema da Reserva Federal dos EUA, disse que os responsáveis da Fed estão "ainda a uma longa distância" de terminarem com o movimento de subida dos juros diretores.
Estas declarações reacenderam a incerteza em torno da evolução das taxas de juro do banco central norte-americano e levaram o dólar a valorizar.
A robustez do dólar está também a pressionar o petróleo, que é denominado na nota verde – pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
Este movimento acontece num dia em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduziu ligeiramente a previsão para a procura global, ao mesmo tempo que ajustou modestamente as previsões de oferta – tendo igualmente alertado para um considerável clima de incerteza no mercado petrolífero.
Wall Street mista após comentários da Fed
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta segunda-feira em terreno negativo, numa altura em que os investidores assimilam os recentes comentários do governador da Fed, Christopher Waller. O responsável apontou que a autoridade monetária ainda tem um longo caminho a percorrer antes de dar como terminada as subidas das taxas de juro.
Após o recuo da inflação em outubro, nos Estados Unidos, para os 7,7%, a expetativa de que o ritmo de subidas poderia estar prestes a abrandar acentuou-se, tendo as bolsas sido as grandes beneficiadas.
Entretanto, apenas o Dow Jones inverteu e segue a somar 0,11%, para os 33.794,31 pontos. O S&P 500 cede 0,06%, para 3.990,41 pontos, e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,48%, para os 11.268,60 pontos.
A contribuir para a queda do Nasdaq estão gigantes como a Tesla, a Nvidia, a Inter e a Micron Technology.
Por outro lado, as empresas chinesas cotadas nos EUA caminham para o terceiro dia consecutivo de ganhos, após o presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, terem concordado na necessidade de reduzir as tensões entre as duas maiores economias do mundo. Os dois líderes estão presentes em Bali, na Indonésia, para a cimeira do G20, que arranca esta terça-feira.
Salman Ahmed, estratega na Fidelity Internationl, considera que os mercados estão a guiar-se demasiado por apenas uma leitura. "A inflação nos Estados Unidos abrandou mas não está a aumentar devagar. A Fed vai precisar de mais dados para reavaliar o aumento final das taxas", assinalou em declarações à Bloomberg.
Europa arranca semana pintada de verde
As bolsas europeias arrancaram a negociação desta segunda-feira em terreno positivo, dando assim continuidade aos ganhos da última semana.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - avança 0,18% para os 433.03 pontos, com o setor das teleocomunicações a dar o maior contributo (0,82%). Já o setor da saúde segue a perder, após a Roche Holding ter revelado que o medicamento experimental para Alzheimer em fase inicial não cumpre os critérios da fase três do ensaio clínico.
Nas restantes praças europeias, o alemão Dax ganha 0,25%, o francês CAC-40 sobe 0,28%, o espanhol Ibex cresce 0,27% e o italiano FTSE Mib salta 0,43%. Já o britânico FTSE 100 valoriza 0,51%.
A impulsionar o otimismo nas bolsas está também o plano anunciado pela China para ajudar o setor do imobiliário e o alívio de algumas medidas da política "zero casos" de covid-19.
Os investidores vão estar atentos ao encontro entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, em Bali, um dia antes do arranque da cimeira do G-20. Os dois líderes deverão encontrar-se esta segunda-feira.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem a aliviar, numa altura em que os investidores mostram maior apetite pelo risco.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a Europa - cede 1 ponto base para 2,144%, enquanto os juros da dívida italiana perdem 0,6 ponto base para 4,186%.
Já os juros das obrigações francesas caem 1 ponto base para 2,653% e os da dívida espanhola recuam 0,6 ponto base para 3,177%. Por cá, a "yield" da dívida portuguesa desvaloriza 1,2 pontos base para 3,096%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica cedem 0,2 ponto base para 3,344%.
Euro cede perante dólar
O euro segue a desvalorizar face ao dólar, que viu uma energia renovada após os comentários do governador da Fed. A moeda única europeia perde 0,27% para os 1.0319 dólares, mantendo-se, ainda assim, acima da paridade com a nota verde.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – avança 0,58% para os 106.880 pontos, após duas sessões consecutivas de perdas. A divisa norte-americana foi penalizada após a divulgação dos dados da inflação de outubro nos Estados Unidos, que recuou para os 7,7%, com os investidores a acreditarem que o valor abaixo do previsto levaria a Fed a abrandar o ritmo das subidas das taxas de juro.
No entanto, os comentários do governador Christoper Waller parecem ter colocado um ligeiro travão a esse entusiasmo e colocado o dólar de novo em rota de ascenção.
Ouro desvaloriza após semana com maior ganho semanal desde 2020
O ouro segue a desvalorizar, numa altura em que o dólar avançou, após Christopher Waller, governador da Reserva Federal dos Estados Unidos, ter alertado que a autoridade monetária não está perto de parar os aumentos das taxas de juro.
O metal amarelo desce 0,52% para 1.761,97 dólares por onça, ao passo que a platina cede 1,07% para 1.022,04 dólares e o paládio recua 0,70% para 2.035,04 dólares.
O aumento das taxas de juro ao longo deste ano impulsionou o dólar e pesou no metal amarelo, uma vez que, além de ser cotado na nota verde - tornando a compra mais cara para divisas estrangeiras -, não remunera juros.
Apesar de a inflação ter recuado em outubro nos Estados Unidos, o que levou o ouro a fechar o maior ganho semanal desde março de 2020 na passada semana, os comentários mais duros do governador da Fed deram força ao dólar, penalizando assim o metal precioso.
Petróleo desvaloriza. Preços do gás natural avançam
O petróleo segue a desvalorizar após dois dias consecutivos de ganhos, pressionado por um dólar mais forte que torna a compra desta matéria-prima mais cara para outras moedas.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – desce 0,26% para 88,73 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias - cede 0,17% para os 95,83 dólares por barril.
A valorização do dólar ofuscou os efeitos da perspetiva de uma recuperação da procura na China, após o país ter anunciado um plano para resgatar o setor imobiliário, que está mergulhado numa crise.
Já os preços do gás natural seguem a aumentar, numa altura em que está previsto que as temperaturas desçam, após um período em que estiveram mais altas do que o habitual para esta altura do ano.
Os futuros do gás negociado em Amesterdão, o TTF, referência para o mercado europeu, avançam 3,7% para os 101.500 euros por megawatt-hora.
Europa mira no verde. Ásia maioritariamente no vermelho
A Europa aponta para um arranque de sessão no verde, com os futuros do Euro Stoxx 50 a subirem 0,4%. Já na Ásia, vermelho foi a cor predominante.
Pela China, o tecnológico Hang Seng somou 1,8% enquanto Xangai desceu 0,11%. Pelo Japão, o Nikkei caiu 1,06% e o Topix cedeu 1,05%. Pela Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,34%.
As bolsas asiáticas fecharam maioritariamente no vermelho, apesar de no início da sessão estarem a negociar em alta, impulsionadas pelo plano das autoridades chinesas para resgatar o setor imobiliário. O travão ao otimismo nas bolsas acontece no dia em que Christopher Waller, governador da Reserva Federal dos EUA, alertou que os investidores não devem ficar muito entusiasmados com apenas um dado da inflação.
As bolsas viram uma energia renovada a nível global após a divulgação dos dados da inflação em outubro, nos Estados Unidos. O aumento dos preços recuou para os 7,7%, dando força à expetativa de que a Fed deverá reduzir o ritmo do aumento das taxas de juro.