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Europa termina sessão mista de olhos postos na Fed
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados esta quarta-feira.
Europa termina sessão mista, com iminente decisão da Fed
Os principais índices europeus terminaram o dia mistos, com os investidores a pesarem uma inesperada aceleração da inflação no Reino Unido e uma iminente decisão de política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana esta quarta-feira.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, avançou 0,15% para 447,16 pontos, com os setores dos bens para casa, alimentar e retalho a darem os maiores contributos.
Todos os olhos estão postos no discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que deverá pronunciar-se após ser conhecida a decisão de política monetária por parte da Fed, com os investidores à procura de sinais sobre a recente turbulência no mercado financeiro e o impacto nas decisões do banco central.
"O 'mood' no mercado é de esperança que os bancos centrais e as autoridades tenham feito o suficiente para restaurar a confiança", afirmou o analista Roger Lee do Investec Bank à Bloomberg.
"O 'rally' desta semana tem sido uma tentativa em direção" a restaurar a confiança do mercado, completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,14%, o francês CAC-40 valorizou 0,26% e o britânico FTSE 100 subiu 0,41%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,76%.
Do lado das quedas, o italiano FTSEMIB recuou 0,12% e o espanhol IBEX 35 cedeu 0,44%.
Juros terminam dia a agravar-se na Zona Euro
Os juros terminaram o dia a agravar na Zona Euro, num dia marcado por discursos de vários membros do Banco Central Europeu, entre eles o economista-chefe do BCE, Philip Lane, que reiterou que deverão existir mais subidas dos juros diretores.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, subiram 3,8 pontos base para 2,321%, enquanto os juros da dívida italiana somaram 5,4 pontos base para 4,162%.
Os juros da dívida pública portuguesa agravaram-se 4,1 pontos base para 3,164%, os juros da dívida francesa cresceram 2,9 pontos base para 2,838% e os juros da dívida espanhola aumentaram 3,7 pontos base para 3,359%.
Fora da região, os juros da dívida britânica subiram 8,2 pontos base para 3,443%, num dia em que foi divulgado um crescimento inesperado da inflação em fevereiro no Reino Unido.
Dólar em mínimos de um mês com Fed à porta
O dólar está a negociar perto do valor mais baixo no mês, com os "traders" focados na decisão de política monetária da Fed ainda esta quarta-feira.
O dólar recua 0,15% para 0,9268 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – recua 0,11% para 103,138 pontos.
Os investidores vão estar principalmente atentos às palavras de Jerome Powell caso o presidente da Fed fale sobre a crise do sistema bancário global e quão cauteloso o banco norte-americano precisa de ser.
Petróleo negoceia em alta com investidores atentos à Fed
Os preços do petróleo seguem a negociar em alta em mais um dia consecutivo de ganhos à boleia de um alívio das preocupações quanto a uma crise bancária.
O West Texas Intermediate (WTI) - negociado em Nova Iorque - soma 0,9% para os 70,30 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - sobe 0,94% para 74,03 dólares por barril.
As exportações de crude e produtos refinados subiram para 12 milhões barris por dia, indicou esta quarta-feira a Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia). É um sinal da crescente procura que tem impulsionado o aumento dos preços.
Ainda assim, os investidores vão estar atentos ao discurso de Jerome Powell, no encerramento da reunião de dois dias da Reserva Federal (Fed) norte-americana, dedicada à política monetária. A expectativa da grande maioria dos economistas inquiridos pela Reuters é de que o banco central suba os juros diretores em mais 25 pontos base.
A turbulência na banca nos Estados Unidos e na Europa levou o petróleo a mínimos de 15 meses na semana passada, quando o apetite pelo risco diminuiu.
Ouro valoriza com subida provável dos juros em 25 pontos base pela Fed
O ouro está a valorizar horas antes de ser conhecida a decisão de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, com o mercado a perspetivar em 85% um incremento de 50 pontos base.
O metal amarelo sobe 0,39% para 1.947,73 dólares por onça.
"A interpretação do mercado a este é ponto é que uma taxa de juro final mais elevada se vai traduzir em cortes [das taxas de juro] mais cedo e esse é o foco aqui... é provável que os preços do ouro subam, à medida que a probabilidade de a Fed cortar as taxas de juro aumenta", afirmou o analista Daniel Ghali, da TD Securities à Bloomberg.
Wall Street abre com queda ligeira. Investidores aguardam palavras de Powell
Os principais índices norte-americanos começaram a negociar esta quarta-feira em ligeira baixa, numa altura em que os investidores aguardam a conclusão de uma reunião de política monetária por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana onde é esperada uma subida em 25 pontos base.
O industrial Dow Jones cede uns ligeiros 0,02% para 32.553,28 pontos. Por sua vez, o Standard & Poor's 500 (S&P 500) desvaloriza 0,11% para 3.998,48 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,13% para 11.844,36 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, o First Republic Bank desce 5,52% para 14,9 dólares, com as autoridades norte-americanas a ponderarem formas de dar mais confiança ao sistema financeiro, incluindo a resolução das questões com o First Republic.
"Tem-se tornado muito mais concerto o que o mercado espera - que é uma subida de 25 pontos base - por isso é mais sobre o 'guidance' do que a atual decisão neste ponto", afirmou Hani Redha, analista da Pinebridge Investments.
"Os últimos dias têm sido bastante positivos, por isso eu não ficaria surpreendido se vissem alguma consolidação, entre agora e esta tarde, com os investidores a tirarem algumas cartas da mesa e a esperarem por direção", concluiu.
Euribor sobe a 3 meses para novo máximo e supera 3% pela primeira vez desde 2008
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira, no prazo mais curto para um novo máximo e pela primeira acima de 3% desde dezembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,468%, mais 0,146 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também subiu hoje, para 3,214%, mais 0,143 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 09 de março.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 3,002%, mais 0,094 pontos e um novo máximo desde dezembro de 2008.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre mista com investidores de olho na Fed
As bolsas europeias abriram mistas, num dia em que todos os olhos estão sobre a decisão da Fed. A autoridade monetária norte-americana anuncia esta quarta-feira as conclusões de mais um encontro de política monetária, sendo esperada uma subida das taxas de juro em 25 pontos base.
Contudo, esta reunião é vista com especial importância, uma vez que se segue a um período de grande turbulência no sistema bancário. Os investidores esperam obter pistas sobre quanto mais tempo durará o ciclo de subidas.
O Stoxx 600, referência para a Europa, soma 0,09% para os 446,87 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o da banca - que nos últimas semanas este sob forte pressão - é o que mais sobe: 0,97%.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax soma 0,16%, o espanhol Ibex cresce 0,18%, o AEX, em Amesterdão valoriza 0,17%. Já o britânico FTSE 100 cede 0,15%, o italiano FTSE Mib desvaloriza 0,02% e o francês CAC-40 diminuiu 0,03%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros seguem a agravar-se na Zona Euro, num dia em que a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, discursa em Frankfurt, e que é esperada uma nova subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O agravamento dos juros indicam uma menor aposta dos investidores nas obrigações, o que sugere um maior apetite pelo risco.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobem 4,6 pontos base para 2,329%, enquanto os juros da dívida italiana somam 4,3 pontos base para 4,151%.
Os juros da dívida pública portuguesa agravam-se 4,9 pontos base para 3,172%, os juros da dívida francesa crescem 4,9 pontos base para 2,858% e os juros da dívida espanhola aumentam 4,4 pontos base para 3,366%.
Fora da região, os juros da dívida britânica sobem 11,3 pontos base para 3,473%, num dia em que foi divulgado que a inflação cresceu para 10,4% em fevereiro no Reino Unido e um dia antes de o Banco de Inglaterra anunciar novas decisões em termos de política monetária.
Euro valoriza face ao dólar
O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,11% para 1,0780 dólares.
A moeda única beneficia de um dólar mais fraco, pressionado pela expectativa de que a Fed poderá ser menos dura no momento de subir as taxas de juro devido à turbulência vivida no setor bancário nas última semanas. A autoridade monetária anuncia hoje as conclusões da reunião do Comité de Operações em Mercado Aberto (FMOC).
"Uma menor aposta numa subida por parte da Fed está a pesar no [desempenho] do dólar. É uma questão de estabilidade do sistema bancário e inflação, e isso tornou mais difícil à autoridade monetária subir as taxas", considera Tsutomu Soma, da Money Inc.
Ouro valoriza após dois dias de perdas
O ouro segue a valorizar, num dia em que a Reserva Federal norte-americana anuncia quais os novos passos em termos de política monetária. O metal precioso retorna assim aos ganhos, após dois dias de perdas provocadas por um regresso aos ativos de risco à medida que as preocupações com o setor bancário aliviaram.
O metal amarelo soma 0,18% para 1.943,54 dólares por onça, a platina valoriza 0,81% para 982,67 dólares, a prata cresce 0,29% para 22,45 dólares, enquanto o paládio perde 0,85% para 1.394,35 dólares.
O ouro beneficiou do colapso de três bancos norte-americanos - Silicon Valley Bank, Silvergate e o Signature Bank - e da turbulência em torno do Credit Suisse - entretanto adquirido pelo UBS -, tendo nas últimas semanas brilhado com a sua qualidade de ativo-refúgio. Chegou mesmo a negociar acima dos 2.000 dólares por onça.
Com o amenizar das preocupações, os investidores voltaram aos ativos de maior risco, como as ações, e as atenções estão agora sobre a Fed. Taxas de juro mais elevadas tendem a ser negativas para o ouro, uma vez que este não remunera juros.
Petróleo negoceia misto. Gás perde
Os preços do petróleo seguem a negociar mistos, após dois dias consecutivos de ganhos à boleia de um alívio das preocupações quanto a um crise na banca, tanto nos Estados Unidos, como na Europa.
Depois da turbulência, a aquisição do Credit Suisse e o resgate do First Republic , associados aos esforços dos bancos centrais, trouxeram alguma acalmia aos mercados.
O West Texas Intermediate (WTI) - negociado em Nova Iorque - soma 2,50% para os 69,33 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - cede 0,82% para 74,70 dólares por barril.
A crise na banca levou o petróleo a mínimos de 15 meses na passada semana, mas um grupo de analistas mantêm-se otimistas quanto às previsões para este ano, sobretudo devido ao alívio das restrições para combater a pandemia na China.
No mercado do gás, os preços seguem a cair, com a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) a ceder 2% para 41,55 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para o verde. Ásia fecha em terreno positivo
As bolsas europeias apontam para um arranque de sessão em terreno positivo, num dia em que todas as atenções estão sobre a Reserva Federal (Fed) norte-americana. A autoridade monetária anuncia esta quarta-feira as conclusões da reunião de política monetária, com os investidores a perspetivarem uma subida das taxas de juro em 25 pontos base.
Os investidores vão também estar atentos às declarações de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, de Philip Lane, economista-chefe do BCE, e de Fabio Panetta, membro da Comissão Executiva do BCE, que hoje discursam em Frankfurt.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%.
Na Ásia, a sessão fechou no verde, com o setor financeiro a ver algum alívio, numa altura em que a preocupações quanto a uma crise global na banca suavizam e que as atenções se viram para a Fed.
Pela China, Xangai somou 0,32% e, em Hong Kong, o tecnológico Hang Seng ganhou 1,73%. No Japão, o Nikkei valorizou 1,93% e o Topix cresceu 1,74%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,20%.
"A decisão da Fed terá de endereçar as atuais preocupações com a estabilidade financeira enquanto transmite que mantém o posicionamento face à inflação", afirmam os analistas da Saxo Capital Markets, em declarações à Bloomberg.