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Banca não desvia Powell: Fed volta a subir taxa de juro em 25 pontos base
A taxa dos fundos federais passou para um intervalo entre 4,75% e 5%, em linha com as expectativas do mercado.
Para o futuro, o banco central antecipa "que pode ser apropriado a consolidação" em termos de subida das taxas de juro, "para alcançar uma política monetária que seja suficiente restritiva para fazer regressar a inflação a 2% a longo prazo".
Como já o fez em outras ocasiões, o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) voltou a sublinhar que ao definir a dimensão dos próximos aumentos da taxa de juro diretora, a Fed terá em conta o efeito "cumulativo" da sua política monetária restritiva, assim como os desfasamentos entre esta política e a atividade económica e financeira.
No comunicado, o banco central liderado por Jerome Powell (na foto) faz ainda saber que vai continuar a reduzir a dívida detida em carteira.
"O Comité está solidamente comprometido em fazer regressar a inflação à meta dos 2%", remata o comunicado.
Fed garante: Banca norte-americana "é resiliente e sólida"
No que toca ao colapso do Silicon Valley Bank e a agitação em torno de outros bancos regionais norte-americanos, a Fed deixa uma nota de tranquilidade.
"O sistema bancário dos EUA é resiliente e sólido", sublinha a Fed alertando que, ainda assim, "é provável que os mais recentes desenvolvimentos gerem condições mais restritas ao crédito das empresas e famílias" e "pesem na atividade económica, na contratação e na inflação".
Ainda assim, "a dimensão destes efeitos à incerta", salvaguarda o banco central, acrescentando que "o Comité se mantém muito atento aos riscos da inflação".
"Dot plot" mantém pico dos juros diretores intacto
Além das decisões relativas à política monetária levada a cabo pela Fed, o banco central divulgou as projeções económicas da instituição, também conhecidas como "dot plot".
A projeção continua a apontar para que o pico da taxa dos fundos federais seja alcançado este ano, ao tocar em 5,1%, devendo cair para 4,3% no próximo ano e 3,1% em 2025.
Por sua vez, as previsões sobre a inflação – medida pelo indicador de despesas do consumidor (na sigla inglesa PCE) - são revistas em alta para este ano de 3,1% para 3,3%. Já em 2024 os membros da Fed apontam para 2,5% e 2,1% em 2025, mantendo as projeções anteriores.
No que toca ao crescimento do PIB este ano, o banco central está mais pessimista, apontando para um crescimento de 0,4%, abaixo dos 0,5% projetados após a reunião de política monetária de dezembro.
Já em 2024 deve subir 1,2% (abaixo dos 1,6% previstos anteriormente) e 1,9% em 2025 (acima dos 1,8% apontados em dezembro).
(Notícia atualizada às 18:35).