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Dia misto na Europa em semana recheada de dados. Ouro brilha
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Dia misto na Europa em semana recheada de dados
As bolsas europeias encerraram mistas, com os investidores a mostrarem alguma contenção antes da divulgação de dados económicos. O mercado aguarda a divulgação do índice de despesas de consumo (PCE) nos EUA, na quinta-feira, e da leitura da inflação de janeiro na Zona Euro, no dia seguinte.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,18% para 496,33 pontos, tendo durante a negociação aproximado-se dos máximos históricos (497.74 pontos).
Os setores dos recursos naturais e da tecnologia foram os que mais ganharam, com subidas de 1,65% e 1,01%, respetivamente. Já o setor dos media foi o que mais perdeu (-1,18%).
Entre as principais movimentações, a Novo Nordisk desvalorizou 1,21% para 833,9 coroas dinamarquesas, um dia após a rival Viking Therapeutics ter anunciado resultados positivos num medicamento para perda de peso, enquanto a On The Beach Group subiu 13,44% para 1,604 libras, depois de ter anunciado um acordo a longo prazo com a Ryanair.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,76%, o francês CAC-40 somou 0,23%, o italiano FTSE Mib ganhou 0,46% e o AEX, em Amesterdão, valorizou 0,01%. Já o espanhol Ibex35 perdeu 0,24% e o britânico FTSE 100 recuou 0,02%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, o que sinaliza um menor apetite dos investidores por obrigações. O dia arrancou com estes a evitarem grandes apostas antes de conhecerem uma série de dados económicos, tanto na região, como nos Estados Unidos, mas terminou com uma maior procura por ativos de maior risco, como as ações.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 2,2 pontos base para 3,171% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravou-se 2,5 pontos para 2,462%.
A rendibilidade da dívida italiana aumentou 0,9 pontos para 3,895%, a da dívida francesa cresceu 3 pontos para 2,937% e a da dívida espanhola subiu 2,3 pontos para 3,349%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas a dez anos agravou-se 3,4 pontos para 4,191%.
Ouro brilha, à espera da inflação
Os preços do ouro estão a ser negociados em alta, à boleia de um enfraquecimento do índice do dólar.
O metal amarelo aumenta 0,15% para os 2,034.36 dólares por onça.
O impulso surge ainda pela antecipação de novos dados sobre a inflação nos EUA, com informações relevantes sobre o PCE - a inflação na ótica da despesa do consumidor - a serem divulgadas na quinta-feira, com previsões de subida, segundo a Bloomberg.
Os "traders" aguardam também por mais pistas sobre quando a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai cortar nas taxas de juro, apontando para um corte de 79 pontos base em 2024. A probabilidade de que o primeiro corte aconteça em junho é de 61%, segundo a Reuters.
Também as importações líquidas de ouro da China aumentaram 51% em janeiro em relação ao mês anterior.
Noutros metais preciosos, a prata segue a cair, enquanto o paládio e a platina recuperam.
Euro perde face ao dólar
O euro está a descer face à divisa norte-americana, num dia em que os investidores mostram maior cautela antes da divulgação de novos dados económicos.
A moeda única da Zona Euro desvaloriza 0,13% para 1,0837 dólares.
Apesar de estar a ganhar face ao euro, a moeda norte-americana segue a negociar num valor ligeiramente mais baixo perante as principais divisas rivais.
O dólar cede 0,11% face ao iene, que ganhou força após dados que mostram que a inflação aumentou mais rápido do que o esperado em janeiro, dando força às perspetivas de que está para breve um aperto da política monetária no país.
Já face ao franco suíço e à libra ganha 0,1% e 0,05%, respetivamente.
Manutenção do limite à oferta dá força ao petróleo
O petróleo continua em alta, fortalecido pela perspetiva de a OPEP+ manter as restrições à produção no próximo mês.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,88% para 78,26 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,64% para 83,06 dólares por barril.
O crude avança, assim, no caminho do segundo ganho mensal, mas continua sem oscilações acentuadas. É que apesar de as tensões no Médio Oriente e os cortes de oferta pela OPEP+ terem dado força aos preços, o aumento da produção fora do grupo de exportadores, em especial nos EUA, limitou os ganhos.
Tanto o Goldman Sachs como o Bank of America preveem que as negociações se vão manter, a curto prazo, dentro de um intervalo limitado. De acordo com a Bloomberg, o Goldman considera que o barril vai oscilar num intervalo de 20 dólares, centrado nos 80 dólares; já o Bank of America antecipa que o crude varie entre os 60 e os 80 dólares.
"Apesar de os mercados de petróleo terem estado a negociar num intervalo, tiveram um desempenho relativamente bom no acumulado do ano", disse à Bloomberg Han Zhong Liang, do Standard Chartered
Plc.
Os "traders" vão também estar a acompanhar a Semana Internacional da Energia, em Londres, que começou esta terça-feira, onde é esperado que os principais "players" do setor tracem uma perspetiva global do mercado de crude.
Wall Street abre mista com investidores cautelosos antes de novos dados e discursos da Fed
As bolsas norte-americanas abriram mistas, embora com ganhos e perdas moderadas, num dia em que os investidores se mostram mais relutantes em fazer grandes apostas antes de conhecerem novos dados económicos.
O S&P 500 sobe 0,06% para 5.072,67 pontos, o industrial Dow Jones cede 0,16% para 38.993,14 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,01% para 15.977,98 pontos.
Além de dados relativos à confiança dos consumidores, os investidores aguardam pelo índice de despesas de consumo (PCE) nos Estados Unidos, que é visto como o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana para avaliar a evolução dos preços no consumidor.
Além disso, estão previstos uma série de discursos por parte de membros do banco central: é o caso de Michael S. Barr, que falou hoje numa conferência em Nova Iorque, e de Raphael Bostic, presidente da Fed de Atlanta, que discursa amanhã.
As palavras dos decisores de política monetária, aliadas aos dados que serão conhecidos, vão ajudar a cimentar as expectativas para a evolução dos juros. O mercado já dá praticamente como certo que as taxas de juro não deverão começar a descer antes de junho ou julho.
Taxa Euribor mantém-se a três meses e sobe a seis e a 12 meses
A Euribor manteve-se hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira e permaneceu abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que se manteve em 3,952%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,918%) e da taxa a 12 meses (3,735%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, subiu hoje para 3,735%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também subiu hoje, para 3,918%, mais 0,017 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
Noutro sentido, a Euribor a três meses manteve-se hoje, ao ser fixada de novo em 3,952%, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 7 de março.embro de 2021.
Lusa
Stoxx 600 volta a aproximar-se de máximos históricos
Os principais índices europeus abriram maioritariamente em alta, com o índice de referência europeu, Stoxx 600, .
Os investidores podem, no entanto, estar abster-se de tomarem uma posição no mercado antes de serem conhecidos alguns dados económicos, nomeadamente uma leitura da inflação nos Estados Unidos.
O "benchmark" do Velho Continente soma 0,08% para 495,81 pontos, com a maioria dos setores no vermelho. A registar os maiores ganhos está o setor mineiro que sobe mais de 1% e o automóvel que avança 0,6%.
Entre os movimentos de mercado está a Puma que sobe 0,17% de a marca de roupa alemã ter apresentado o "guidance" para 2024, esperando uma primeira metade mais fraca. Ainda assim, a empresa manteve os objetivos anuais que foram divulgados em janeiro.
Já o conglomerado francês Bouygues ganha 6% depois de ter revelado lucros em 2023 melhores do que o esperado, com a boa performance em todos os segmentos de negócio a ofuscar a fraqueza do segmento de imobiliário.
Apesar dos ganhos mais recentes e dos máximos históricos no Stoxx 600, a analista Susana Cruz, da Liberum Capital, afirma, em declarações à Reuters, que os ganhos são limitados "pelo menos até ao segundo trimestre".
Isto porque "o principal catalisador, que são os cortes das taxas de juro ainda estão a cerca de três ou quatro meses, tal como têm dito os banqueiros centrais, apesar da descida da inflação", argumentou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax e o francês CAC-40 avançam 0,1%, o italiano FTSEMIB ganha 0,33%, o britânico FTSE 100 soma 0,13% e o português PSI sobe 0,05%.
Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,18% e o espanhol IBEX 35 recua 0,22%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta terça-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores nas obrigações, numa altura em que as bolsas se pintam de vermelho.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 2,8 pontos base para 3,121% e os da dívida espanhola descem 2,7 pontos para 3,300%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia também 2,8 pontos base para 2,409%.
Os juros da dívida italiana recuam 2,7 pontos base para 3,859% e os da dívida francesa registam uma descida de 2,8 pontos para 2,878%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica alivia em 6 pontos base para 4,098%.
Dólar mais fraco permite valorização do ouro
Os preços do ouro estão em alta esta terça-feira, a ganhar impulso de um dólar mais fraco. Os investidores aguardam uma leitura-chave da inflação nos Estados Unidos, bem como outras estatísticas relevantes e declarações de membros da Reserva Federal, à procura de novas pistas que possam clarificar o "timing" do primeiro corte das taxas de juro pelo banco central.
O metal amarelo soma 0,23% para 2.035,89 dólares por onça.
A expectativa relativamente aos preços do ouro é de alguma consolidação e de uma negociação contida, antes de serem conhecidos os números da economia dos EUA, explicou o diretor da Kedia Commodities à Reuters.
No mercado cambial, o dólar recua face às principais divisas rivais. A divisa norte-americana cede 0,08% para 0,9209 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - recua 0,14% para 103,677 pontos.
Os "traders" apontam agora para cortes dos juros diretores em 79 pontos base em 2024, com 61% de probabilidades de que o primeiro corte aconteça em junho, segundo a Reuters.
Ataques dos houthis no Mar Vermelho voltam a preocupar. Petróleo valoriza
Os preços do petróleo estão a negociar em alta, embora com ganhos contidos, numa altura em que os novos ataques dos rebeldes houthis do Iémen a navios no Mar Vermelho estão a exacerbar os receios de disrupções no fornecimento desta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,21% para 77,74 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,19% para 82,69 dólares por barril.
Os ataques dos houthis, alinhados com o Irão, em apoio da Palestina têm aumentado as taxas de frete e os tempos de transporte das mercadorias por via marítima. Esta segunda-feira o Comando Central dos EUA revelou que os houthis tentaram disparar um míssil contra o petroleiro norte-americano no Golfo de Aden.
"As preocupações em torno das disrupções no transporte marítimo no Mar Vermelho têm sustentado uma recuperação dos preços do crude durante a noite, ofuscando uma Fed mais 'hawkish' que tem pesado mais do lado da procura", explicou à Reuters o analista da IGN, Tony Sycamore.
A maior procura por crude nas refinarias norte-americanas e chinesas que têm levado a uma subida dos preços de tipos de crude extraído nos Estados Unidos, podem também estar a impulsionar os preços.
Europa aponta para ligeira queda na abertura. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em ligeira baixa, numa altura em que os investidores se prepararam para a divulgação de um conjunto de dados económicos, bem como declarações de responsáveis do Banco Central Europeu e da Reserva Federal.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,2%.
Na Ásia, a sessão foi mista, com a falta de catalisadores a impedir a continuação dos ganhos de algumas praças na região. Em Japão e Hong Kong os índices acabaram por reverter os ganhos iniciais.
Com a elevada incerteza em torno do caminho de cortes das taxas de juro diretoras pela Fed os investidores deverão focar-se em novas medidas de estímulo para a economia chinesa, bem como para os resultados das empresas.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, perde 1,1% e o Shanghai Composite soma 1,3%. Na Coreia do Sul, o Kospi recua 0,4% e no Japão, o Topix avança 0,3%, ao passo que o Nikkei cede 0,2%.