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Bolsas europeias na mó de cima. Stoxx 600 tem melhor trimestre do último ano
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta quinta-feira.
Bolsas europeias na mó de cima. Stoxx 600 tem melhor trimestre do último ano
As bolsas europeias fecharam em alta, com o índice de referência Stoxx 600 a estabelecer o melhor desempenho trimestral do último ano. Os investidores esperam que este rally se estenda para lá das maiores cotadas da região, dado o otimismo em torno de um corte dos juros diretores por parte do Banco Central Europeu e de um contexto de crescimento económico.
O Stoxx 600 fechou a somar 0,18%, para 512,67 pontos, o que constituiu um novo recorde de fecho. Durante a sessão marcou um máximo histórico nos 513,49 pontos. Os ganhos trimestrais ascenderam a 6,8%, com o índice a registar assim o melhor trimestre do último ano. Já março foi o melhor mês desde dezembro passado.
O índice europeu de referência esteve a ser impulsionado sobretudo pelos títulos do retalho e dos media.
Há 186 dias que o Stoxx 600 não tem uma queda de pelo menos 2%, naquela que é a melhor série nesta linha desde 2017 – e a quarta mais longa desde que o índice nasceu, em 1998.
E para o segundo trimestre? O que se espera? "O verdadeiro catalisador para o segundo trimestre será a inflação a continuar a diminuir e os bancos centrais cortarem, de facto, os juros diretores em junho – porque se isso não acontecer, poderá ser negativo. A negociação está a ser baseada neste cenário, por isso não há margem para erro", comentou à Bloomberg o vice-CEO da Cholet Dupont Asset Management, Arnaud Cayla.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax avançou 0,083%, o francês CAC-40 valorizou 0,012% e o britânico FTSE 100 subiu 0,26%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,30%.
As exceções às subidas foram o o espanhol IBEX 35, que recuou 0,35%, e o italiano FTSEMIB, que cedeu 0,027%.
Juros agravaram-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro subiram esta quinta-feira, o que sinaliza uma queda na aposta em obrigações, depois de novos dados indicarem que a inflação subjacente (que exclui produtos que mais variam de preço) acelerou para 2,5%, em comparação com os 2,1% registados no mês anterior. É este indicador a que o Banco Central Europeu tem prestado maior atenção para perceber qual a altura ideal para começar a cortar as taxas de juro.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos aumentaram 2,5 pontos base para 2,980% e os juros da dívida espanhola agravaram-se em 2,7 pontos para 3,154%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, somou 0,6 pontos base para 2,296%.
Os juros da dívida italiana registaram uma subida de 6,5 pontos base para 3,672% e os da dívida francesa avançaram 2 pontos para 2,806%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica aumentou ligeiramente 0,1 pontos base para 3,931%.
Ouro avança para perto do máximo histórico
Os preços do ouro somam ganhos e devem registar o melhor mês desde novembro de 2022, impulsionados pelo seu papel de ativo-refúgio e pela crescente expectativa dos investidores relativamente a um corte nas taxas de juro nos Estados Unidos.
O metal precioso sobe 0,99% para os 2.216,61 dólares por onça.
O ouro caminha para um ganho semanal de 1,9% e ronda o máximo de 2.200 dólares atingido na semana passada.
Esta sexta-feira são divulgados novos dados sobre o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) para avaliar a inflação nos EUA (o índice de preços no consumidor – PCE). A previsão é de que os dados apontem para uma inflação ainda em alta, o que pode significar um adiamento dos cortes das taxas ou a redução das três descidas esperadas no decorrer do ano, afirmou Christopher Waller, um dos governadores do banco central.
Embora existam algumas indicações de que a inflação está mais alta do que os decisores políticos esperavam, esse fator não explica necessariamente a escalada de preços do metal amarelo, diz Everett Millman, do Gainesville Coins, à Reuters, que aponta as tensões geopolíticas e a crescente compra pelos bancos centrais (por exemplo, o da China) como explicação mais viável.
Petróleo sobe com perspetiva de oferta apertada
As cotações do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, depois de terem caído nas duas sessões precedentes.
A contribuir para o movimento de subida de hoje está o facto de os investidores anteciparem uma oferta mais apertada, já que se espera que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) decidam na próxima semana manter os atuais cortes de produção.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,51% para 82,58 dólares por barril.
Por seu lado, o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,41% para 87,30 dólares.
Dólar valoriza com investidores a avaliarem comentários de membro da Fed
O dólar está a valorizar ligeiramente contra as principais divisas rivais, com os investidores a avaliarem as palavras de um dos governadores da Reserva Federal, Cristopher Waller, e a antecipar o indicador de inflação nos Estados Unidos preferido do banco central, que será conhecido esta sexta-feira.
Waller afirmou esta quarta-feira que os recentes dados que mostram uma inflação acima do esperado dão força à narrativa de que a Fed terá de manter os juros em alta e adiar um corte. As palavras do governador estão a dar força à "nota verde".
O dólar ganha 0,26% para 0,926 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - avança 0,05% para 104,402 pontos.
"Waller é um dos mais importantes decisores da Reserva Federal e, embora não considere que se trate de um grande passo, os comentários deram algum impulso ao mercado, que tem estado preso em intervalos de negociação muito apertados", afirmou à Reuters Lee Hardman, estratega do MUFG.
Wall Street com ganhos ligeiros antes da Páscoa
As bolsas norte-americanas abriram a negociar ligeiramente em alta esta quinta-feira, com os investidores a aguardarem um conjunto de dados sobre a economia norte-americana para avaliarem o curso da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal.
A sessão de hoje deverá ter um menor volume de negociação, uma vez que amanhã é feriado e as bolsas vão estar encerradas.
O S&P 500, referência para a região, valoriza 0,08% para 5.252,92 pontos. O industrial Dow Jones avança 0,006% para 39.762,14 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,07% para 16.411,91 pontos.
Os três principais índices caminham para o melhor primeiro trimestre em cinco anos, com os investidores institucionais potencialmente a reavaliarem os seus portfólios.
"Temos uma combinação de coisas que estão a acontecer com o calendário e uma semana de poucas notícias, com a maior parte dos indicadores económicos a serem divulgados na na sexta-feira, quando o mercado está fechado, por isso, temos investidores que se sentem revigorados e uma atitude de maior risco parece estar a conduzir os mercados", afirmou à CNBC Art Hogan, estratega da B. Riley Wealth.
Média da Euribor mantém-se a 3 meses em março mas desce a 6 e sobe a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, enquanto a média de março manteve-se no prazo mais curto, recuou a seis meses e subiu a 12.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,892%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,851%) e da taxa a 12 meses (3,669%).
Em relação à média da Euribor em março, a mesma manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,851%, menos 0,011 pontos do que na quarta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro, a Euribor a seis meses representava 36,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 35,7% e 24,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também caiu hoje, para 3,669%, menos 0,015 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,892%, menos 0,016 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na última reunião de política monetária, em 07 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Stoxx 600 em máximos históricos e a caminho do melhor trimestre em um ano
Os principais índices europeus abriram maioritariamente em alta esta quinta-feira, depois de ontem o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter atingido máximos históricos nos 512,45 pontos e ter também encerrado no valor mais elevado de sempre.
O "benchmark" europeu soma 0,23% para 512,93 pontos e está a caminho do melhor trimestre em um ano. Os investidores esperam agora que o "rally" se alargue a outras cotadas de menor dimensão, dado o otimismo em torno do curso da política monetária e do crescimento económico.
A registar a maior subida está o setor das viagens e a banca que ganham ambos perto de 1%. Pela negativa está o da tecnologia e das "utilities" (água, luz, gás).
Entre os principais movimentos de mercado, a Soitec mergulha mais de 12%, depois de a empresa ter revelado perspetivas para o presente ano que ficam significativamente abaixo do esperado pelos analistas.
Já a Spirent Communications pula mais de 10%, depois de a Keysight Tecnhologies ter feito uma oferta para a empresa de telecomunicações, ultrapassando a oferta de uma outra companhia britânica a Viavi Solutions.
Ao longo deste mês o "rally" no mercado acionista europeu tem-se alastrado a outras cotadas que não as "megacaps", ao contrário dos Estados Unidos em que os ganhos continuam centrados nas grandes tecnológicas.
O Stoxx 600 não perde 2% há mais de 186 dias - a maior série desde 2017 e a quarta mais longa desde a sua criação, em 1998. E, em termos históricos, abril é o mês mais forte em termos de valorização.
"O verdadeiro catalisador para o segundo trimestre é a inflação continuar a descer e os bancos centrais reduzirem efetivamente as taxas de juro em junho, porque se isso não acontecer é bastante negativo", referiu à Bloomberg Arnaud Cayla, vice-presidente da Cholet Dupont Asset Management.
"A negociação está a basear-se num cenário perfeito, por isso, não há margem para erros", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,14%, o francês CAC-40 valoriza 0,34%, o italiano FTSEMIB avança 0,07% e o britânico FTSE 100 sobe 0,31%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,42%.
Pela negativa, o espanhol IBEX 35 perde 0,31% e o lisboeta PSI cai 0,34%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, o que significa uma menor aposta em obrigações, com os investidores a retomarem o apetite pelo risco que tem impulsionado o "rally" nas bolsas este ano.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,7 pontos base para 2,981% e os juros da dívida espanhola somam 3,3 pontos para 3,160%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 2,4 pontos base para 2,314%.
Os juros da dívida italiana avançam 5,1 pontos base para 3,658% e os da dívida francesa registam um acréscimo de 2,5 pontos para 2,812%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agrava-se 3 pontos base para 3,961%.
Dólar ganha força. Par iene-dólar inalterado com ameaça de intervenção cambial
O dólar está a negociar em alta face às principais divisas rivais, com os investidores a avaliarem o curso da política monetária levada a cabo pelos bancos centrais.
O dólar soma 0,42% para 0,9275 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - avança 0,23% para 104,584 pontos.
Já o par dólar-iene está praticamente inalterado nos 151,38 ienes, ainda perto dos 152 ienes, o valor mais baixo em 34 anos. Os investidores continuam a evitar uma movimentação neste par, depois de repetidos avisos por parte de responsáveis japoneses de que uma intervenção cambial era possível.
Ouro valoriza com atenções centradas no indicador de inflação favorito da Fed
Os preços do ouro estão em alta esta quinta-feira, com os investidores a avaliarem as palavras de um dos governadores da Reserva Federal, Cristopher Waller, e a antecipar o indicador de inflação nos Estados Unidos preferido do banco central, que será conhecido esta sexta-feira.
O metal amarelo avança 0,07% para 2,196,28 dólares por onça.
Waller afirmou esta quarta-feira que os recentes dados que mostram uma inflação acima do esperado dão força à narrativa de que a Fed terá de manter os juros em alta e adiar um corte.
No entanto, tal não está a ser suficiente para pressionar o ouro - que não rende juros - e que continua a ser beneficiado por um consenso mais alargado por parte dos membros da Fed de que existirão três cortes de juros este ano.
Ao mesmo tempo, os robustos níveis de procura - por ser um ativo-refúgio - tanto por parte de investidores como de bancos centrais, devido ao agravamento das tensões geopolíticas estão também a sustentar os preços.
Petróleo recupera de duas sessões negativas. Crude a caminho do terceiro ganho mensal
Os preços do petróleo estão a negociar em alta, depois de dois dias consecutivos de perdas, numa altura em que os investidores avaliam os últimos números dos inventários de crude nos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para o mercado norte-americano, soma 0,6% para 81,84 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,45% para 86,48 dólares.
Os dois índices estão a caminho de um ganho mensal pelo terceiro mês seguido.
Na sessão de quarta-feira os preços foram pressionados por um relatório (não oficial) que mostrou que os inventários de crude nos Estados Unidos - o maior consumidor petrolífero do mundo - aumentaram de forma significativo.
No entanto, de acordo com os dados oficiais a subida não foi tão substancial, o que estará a dar impulso aos preços do petróleo.
Europa aponta para ganhos na abertura. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura em terreno positivo, depois de Wall Street também ter terminado em alta na quarta-feira, sustentado por um maior apetite pelo risco no final do primeiro trimestre e antes da pausa da Páscoa.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,3%.
Na Ásia, a sessão foi mista, com os ganhos na China a contrariarem as perdas do Japão. O índice agregador das praças da região, o MSCI Asia Pacific, caminha para a maior subida no primeiro trimestre em cinco anos.
Os índices nipónicos foram penalizados pelo facto de a maioria dos títulos estar em ex-dividendo e, portanto, a descontar na cotação o valor dessa remuneração acionista. Ao mesmo tempo, o iene segue a negociar em mínimos de 34 anos.
Já as bolsas na China e em Hong Kong caminham para o segundo mês consecutivo de ganhos, depois de fortes perdas em janeiro.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, somou 0,94% e o Shanghai Composite ganhou 0,59%. No Japão, o Nikkei perdeu 1,46% e o Topix desceu 1,73%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,34%.