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Ao minuto16.12.2024

Vendas a retalho na China e rating de França pressionam Europa

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.

Kamil Zihnioglu/AP
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16.12.2024

Vendas a retalho na China e rating de França pressionam Europa

Os principais índices europeus terminaram a primeira sessão da semana em queda, assinalando uma desvalorização pelo terceiro dia de negociação consecutivo. Os investidores avaliaram os números das vendas a retalho na China em novembro, que ficaram abaixo das expectativas dos analistas. Também o corte de rating da dívida francesa por parte da agência Moody’s pesou no sentimento.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, desceu 0,12% para 515,83 pontos, com o setor automóvel a cair quase 3% devido à elevada exposição das fabricantes automóveis do Velho Continente à China. Também as cotadas do setor do luxo foram penalizadas pela mesma razão.

Pela positiva, o setor da saúde valorizou mais de 1%, à boleia da Novo Nordisk, que somou 3,09%, após a farmacêutica ter revelado que vai investir 1,14 mil milhões de euros na construção de uma nova fábrica na Dinamarca.

O parisiense CAC-40 registou a queda de maior dimensão entre as congéneres europeias, de 0,71%, num dia em que a juntar-se à revisão em baixa da Moody's novos dados mostraram que a atividade do setor empresarial afundou pelo quarto mês consecutivo. Este índice perde mais de 2% desde o início do ano, o que contrasta com a valorização de quase 8% do "benchmark" europeu Stoxx 600.

Em Frankfurt, o DAX perdeu 0,45%, no dia em que o chanceler alemão, Olaf Scholz, não sobreviveu a uma moção de confiança apresentada no parlamento, o que significa que o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, tem 21 dias para dissolver o Bundestag por sugestão do chanceler.

Este cenário já era largamente esperado desde o afastamento do ministro das Finanças alemão, Cristian Lindner, dos liberais da FDP, desfazendo-se a coligação deste partido com o SPD e Verdes, e ficando os social-democratas de Olaf Scholz em situação minoritária.

Por sua vez, o madrileno IBEX 35 foi o único a valorizar na Europa, ao avançar 0,23%, recuperando da queda de mais de 2,5% na semana passada, em que foi pressionado pela Inditex que registou lucros trimestrais abaixo do esperado.

Entre os restantes índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB recuou 0,43%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,46% e em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,23%.

16.12.2024

Juros agravam-se na Zona Euro. Alemanha é exceção após queda do Governo

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta segunda-feira, com a Alemanha a ser a única exceção à regra, depois de o chanceler alemão Olaf Scholz não ter resistido a uma moção de confiança, levando a Alemanha para eleições em fevereiro.

As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, recuaram 1 ponto base para 2,244%

Já os juros da dívida francesa agravaram-se 0,3 pontos base para 3,042%, depois de a agência Moody's ter cortado - numa revisão que não estava agendada - o rating de França de Aa2 para Aa3, colocando a dívida francesa apenas três degraus acima da dívida soberana portuguesa.

Face a esta revisão, o prémio de risco que os investidores exigem para deter obrigações francesas a 10 anos em relação às congéneres alemãs acelerou para terminar a sessão em 79,5 pontos base, aproximando-se dos 80 pontos alcançados na semana da queda do Executivo de Michel Barnier.

Por sua vez, a "yield" da dívida italiana a dez anos agravou-se 0,7 pontos base para 3,398%. Na quinta-feira passada, as obrigações do país registaram a maior subida diária desde abril (15,9 pontos base).

Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos registaram a maior subida da Zona Euro, ao crescerem 2,7 pontos base para 2,725%. Isto depois de na sexta-feira o Banco de Portugal (BdP) ter apontado para uma deterioração das contas públicas. Já os juros da dívida espanhola somaram 1,1 pontos para 2,932%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos agravaram-se 2,7 pontos base para 4,440%.

16.12.2024

Dólar interrompe ganhos antes da Fed. Euro avança após queda do governo alemão

A moeda norte-americana está a interromper os mais recentes ganhos, em antecipação de um corte de juros pela Reserva Federal na quarta-feira, ao mesmo tempo que o euro recupera ligeiramente, após o chanceler alemão, Olaf Scholz, não ter sobrevivido a uma moção de confiança. A Alemanha deverá assim ir a eleições a 23 de fevereiro.

A moeda única europeia avança 0,07% para 1,0508 dólares, enquanto o índice do dólar - que compara a força da "nota verde" contra divisas rivais - recua 0,11% para 106,883 dólares.

A divisa britânica segue a recuperar 0,52% face ao dólar, depois de ter atingido mínimos de 27 de novembro na sexta-feira, pressionada por uma economia em contração. Em outubro, o PIB britânico voltou a cair pelo segundo mês consecutivo – o que já não se registava desde a pandemia.

O Banco de Inglaterra vai decidir sobre o futuro da política monetária na quinta-feira, um dia depois da Fed, que deverá cortar juros em 25 pontos base.

16.12.2024

Economia chinesa fragilizada pressiona petróleo

Os intervenientes do mercado aguardam agora pelas estimativas de produção da OPEP, esta semana, para terem uma melhor perspetiva.

Após terem terminado a semana passada com ganhos de 3%, as cotações de crude estão a recuar nos mercados internacionais. A maior pressão vem da China - o maior comprador de petróleo do mundo - já que a procura pelo "ouro negro" caiu 2,1% em novembro face ao período homólogo. 

Além disso, no mês passado, a refinação de petróleo bruto no país registou o valor mais baixo dos últimos cinco meses. A força da segunda maior economia do mundo também tem levantado preocupações, sobretudo com a quebra nas vendas do retalho nesse mesmo mês, que ficou aquém das previsões dos analistas - o que mantém a pressão sobre Pequim para aumentar o estímulo à economia fragilizada.

O barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, recua 0,72%, para 73,95 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) desvaloriza 0,76%, para 70,75 dólares por barril. 

Estes dados "demonstram a facilidade com que o crude se deixa ir abaixo", disse à Bloomberg Rebecca Babin, do CIBC Private Wealth Group.

A incerteza sobre a futura presidência de Donald Trump nos EUA está ainda a pairar sobre os investidores, que questionam o que as políticas significarão para os preços do barril. As prometidas tarifas ameaçam enfraquecer a procura por crude, enquanto as sanções mais duras sobre o Irão possam reduzir a oferta. 

A dar algum apoio aos preços, a União Europeia impôs sanções a 52 petroleiros que transportam petróleo russo, segundo a Bloomberg.

16.12.2024

Tensões geopolíticas e alívio dos juros da dívida dos EUA dão força ao ouro

O ouro segue a negociar em alta, sustentado por preocupações geopolíticas e um alívio dos juros da dívida norte-americana, numa altura em que os investidores aguardam a reunião de política monetária da Reserva Federal que se realiza na terça e quarta-feira.

O mercado sinaliza um corte de juros em 25 pontos base e o foco vai estar no discurso do presidente Jerome Powell à procura de pistas sobre o o rumo dos juros diretores em 2025.

O metal amarelo soma a esta hora 0,24% para 2.654,62 dólares por onça.

Ainda a contribuir para a valorização do ouro está a China que voltou ao mercado. Um cenário de mais medidas de estímulo por Pequim seria positivo para o desempenho do metal.

16.12.2024

Wall Street em alta antes de corte da Fed. MicroStrategy avança mais de 3%

Os principais índices em Wall Street começam a semana com um arranque em alta, com os investidores confiantes de que a Reserva Federal (Fed) vai cortar os juros em 25 pontos base na reunião que termina a 18 de dezembro. A flexibilização poderá dar um novo impulso ao mercado e prolongar o desempenho otimista das ações dos EUA. 

A decisão da Fed será seguida de anúncios de políticas no Japão, nos países nórdicos e no Reino Unido no dia seguinte. O desempenho das ações norte-americanas contrasta com as perdas na Ásia e na Europa, uma vez que os dados relativos ao retalho na China, mais fracos do que o previsto, pesaram sobre o sentimento vivido nos mercados. 

Com ganhos de 27% no acumulado do ano, o S&P 500 soma a esta hora 0,2% nos 6.063,18 pontos, e os analistas esperam que o índice ganhe força mesmo antes das políticas económicas favoráveis que se esperam com a chegada do Presidente eleito Donald Trump.

Já o Nasdaq Composite soma 32% em 2024 e avança agora 0,44% para 20.014,55 e o Dow Jones está a negociar na linha d'água e cai 0,01% para 43.823,76 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado, a MicroStrategy avançou mais de 3%, já que a empresa se prepara para se juntar ao índice Nasdaq 100, que agrega as empresas de alta tecnologia. O mesmo irá acontecer com a Palantir e a Axon Enterprise, que entrarão no índice a 23 de dezembro. A esta hora, as duas empresas caem 3,2% e 4,8%, respetivamente.

Pelo contrário, a Super Micro Computer, a Moderna e a Illumina serão removidas do Nasdaq 100. A primeira está a cair mais de 5% enquanto as outras duas sobem perto de 2% cada. 

No retalho, a dona da Michael Kors, a Capri Holdings, sobe 5,5% depois de o JP Morgan aumentar o preço-alvo das ações da empresa de 15 para 19 dólares, justificado por uma contínua "melhoria" das marcas da empresa. 

16.12.2024

Euribor sobe a três, seis e 12 meses após descida das taxas de juro

A Euribor subiu a três, seis e 12 meses, depois de a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter dito hoje que prevê novas reduções das taxas de juro.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,863%, continuou acima da taxa a seis meses (2,655%) e da taxa a 12 meses (2,443%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu hoje para 2,655%, mais 0,016 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou hoje, para 2,443%, mais 0,038 pontos.

A Euribor a três meses também subiu hoje, ao ser fixada em 2,863%, mais 0,020 pontos do que na sessão anterior.

A presidente do BCE disse hoje em Vílnius que prevê novas reduções das taxas de juro, na sequência da flexibilização já iniciada há vários meses, face à desinflação avançada e ao aumento dos riscos para o crescimento.

"Se os dados que nos chegam continuarem a confirmar o nosso cenário de base, que prevê o regresso da inflação ao objetivo de 2% em 2025 na zona euro, a direção é clara: tencionamos reduzir ainda mais as taxas de juro", declarou Christine Lagarde durante um discurso em Vílnius, na Lituânia.

"A atual política monetária continua a ser restritiva", afirmou.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) baixou a taxa de referência pela quarta vez desde junho, fixando-a em 3%.

As taxas do BCE têm um impacto direto sobre as taxas de juro do crédito cobradas pelos bancos às empresas e às famílias.

Os mercados antecipam várias descidas das taxas pelo BCE em 2025, a fim de colocar a taxa de referência em "cerca de 2%", um nível considerado neutro e que não penaliza nem apoia a economia.

De acordo com os analistas consultados pela Agência France Presse, o BCE pode seguir esta via porque o ambiente na zona euro mudou desde que a inflação atingiu mais de 10% no outono de 2022.

A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.

A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).

Na quinta-feira, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base,

Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) tinha descido as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda vez consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

16.12.2024

China volta a pressionar Europa. França lidera perdas regionais

As bolsas europeias arrancaram a última semana completa de negociação do ano em território negativo, pressionadas pelas vendas a retalho chinesas, que ficaram abaixo das expectativas dos analistas, e com os investiodres atentos a reagir ao corte de rating da dívida francesa por parte da agência Moody’s.

A esta hora, o "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, recua 0,19% para 515,47 pontos, com o setor automóvel, com grande exposição ao mercado chinês, a registar um dos piores desempenhos. Em contraciclo, o setor dos serviços de saúde é um dos poucos que negoceia no verde, impulsionado pela valorização da Novo Nordisk.

A farmacêutica está a registar ganhos de 1,80% para 767,60 coroas dinamarquesas, depois de ter anunciado que iria investir 1,2 mil milhões de dólares para construir uma nova fábrica na Dinamarca. A Novo Nordisk é a empresa mais valiosa do mercado europeu e conquistou este título através da produção do seu medicamento de perda de peso, o Wegovy, que se tornou extremamente popular.

Os investidores estão ainda a avaliar o corte de "rating" da dívida francesa por parte da Moody’s. O movimento surgiu como uma surpresa para os analistas, mas a decisão não está, pelo menos por agora, a ter grande repercussão no mercado. Apesar de registar a maior queda entre as principais praças europeias, o CAC-40 segue a tendência dos seus congéneres e desvaloriza, a esta hora, 0,57%.

"Neste momento, ainda não há pânico [no mercado]", começa por explicar Andrea Tueni, do Saxo Banque France, à Bloomberg, que indica ainda que o "spread" entre a dívida alemã – de referência para a região – e a dívida francesa está a agravar-se muito ligeiramente.

Entre as principais movimentações de mercado, a Porsche cai 1,55% para 59,76 euros, depois de ter avisado os investidores que pode vir a reduzir a sua participação na Volkswagen, num valor que pode chegar aos 20 mil milhões de euros. A empresa indicou ainda que prevê que o seu resultado líquido de 2024 seja "significativamente negativo".

Nas restantes praças europeias, Madrid recua apenas 0,1%, enquanto Frankfurt desvaloriza 0,25% e Londres cede 0,16%. Já Amesterdão cai 0,22% e Milão encontra-se em contraciclo, ao valorizar 0,25%.

16.12.2024

Juros aliviam na Zona Euro. Portugal destoa

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a alivar, maioritariamente, sexta-feira, apesar do clima de instabilidade política que se vive no continente. Esta segunda-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz vai submeter-se a uma moção de confiança e, caso não consiga sobreviver à mesma, o país poderá ter de ir a eleições já no primeiro trimestre de 2025. 

As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, recuam 0,9 pontos base para 2,245%, enquanto os juros da dívida francesa permanecem inalterados nos 3,039%. Este movimento acontece apesar de a agência Moody's ter cortado o rating de França de Aa2 para Aa3, colocando a dívida francesa apenas três degraus acima da dívida soberana portuguesa. 

Por sua vez, as "yields" da dívida italiana, a dez anos, estão a recuperar de forma ligeira das subidas da semana passada. Na quinta-feira as obrigações do país registaram a maior subida diária desde abril (15,9 pontos base) e na sexta agravaram-se mais 4,3 pontos base. A esta hora, os juros da divida do país recuam 0,4 pontos para 3,386%.

Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos são as únicas que se agravam na Zona Euro, ao crescerem 0,9 pontos base para 2,707%, isto depois de o Banco de Portugal (BdP) ter apontado para uma forte deterioração das contas públicas na sexta-feira. Já os juros da dívida espanhola cedem 0,3 pontos para 2,917%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos aliviam 3,2 pontos base para 4,378%.

16.12.2024

Dólar gravita em torno de máximos de três semanas. Bitcoin ultrapassa os 106 mil dólares

O dólar está a perder terreno face aos seus principais rivais esta segunda-feira, embora continue perto de máximos de três semanas, numa altura em que os investidores avaliam a posição que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai adotar no próximo ano. Já a bitcoin conseguiu ultrapassar a barreira dos 106 mil dólares pela primeira vez na história.

O índice do dólar recua, a esta hora, 0,12%, pressionado principalmente pela valorização do euro e da libra face à divisa norte-americana. A moeda comum europeia avança 0,16% para 1,0518 dólares, enquanto a libra sobe 0,22% para 1,2647 dólares.

A divisa britânica encontra-se em movimento de recuperação, depois de ter atingido mínimos de 27 de novembro na sexta-feira, pressionada por uma economia em contração. Em outubro, o PIB britânico voltou a cair pelo segundo mês consecutivo – um feito que já não se registava desde o período pandémico.

No mundo dos criptoativos, a bitcoin está a valorizar 0,36% para 104,7 mil dólares, tendo chegado a bater, pela primeira vez, a barreira dos 106 mil dólares. A moeda virtual mais conhecida do mundo está a beneficiar da inclusão da MicroStrategy – uma empresa do setor das criptomoedas – no Nasdaq 100.

Esta segunda-feira, o presidente-eleito Donald Trump também deu mais gás à bitcoin, ao sugerir, mais uma vez, que pretende criar uma reserva estratégica deste ativo nos EUA, semelhante à reserva estratégica de petróleo que o país já possui.

16.12.2024

Ouro em alta à espera de corte da Fed

O ouro está a negociar em território positivo, com os investidores a anteciparem mais um corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana, ao mesmo tempo que avaliam a posição que o banco central vai adotar em 2025.

O metal precioso avança 0,41% para 2.659,01 dólares por onça, estendendo os ganhos de mais de 1% registados na semana anterior. Os investidores veem como certo um alívio de 25 pontos base por parte da Fed na reunião que termina esta quinta-feira, mas não estão tão otimistas para janeiro.

"Um corte de 25 pontos base nas taxas de juro já está totalmente incorporado no mercado. O foco está agora em saber se este será um alívio ‘hawkish’, com os membros da Fed a prepararem terreno para interromperem o ciclo de alívio em janeiro, dada a inflação acima da meta [de 2%] e incertezas sobre as políticas de Trump", explica o estratega de mercados da IG, Yeap Jun Rong, à Reuters.

Na frente geopolítica, os mais recentes ataques de Israel em Gaza levaram à morte de 53 palestinianos, com as forças israelitas a afirmarem que conseguiram atingir e capturar vários militantes do Hamas no norte da faixa localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo. O ouro tende a beneficiar de um adensar das tensões geopolíticas, uma vez que é visto como ativo-refúgio.

16.12.2024

Petróleo regressa às perdas com investidores atentos à China

Depois de terem registado a primeira semana com um saldo positivo desde finais de novembro, os preços do petróleo estão, novamente, a negociar no vermelho, com os investidores preocupados com a vitalidade da economia chinesa.

A esta hora, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, recua 0,36%, para 71,03 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) desvaloriza 0,24%, para 74,31 dólares por barril. Os dois índices encerraram a semana passada com um saldo positivo de 3%.

Estas quedas acontecem numa altura em que a refinação de crude na China caiu para o valor mais baixo em cinco meses e um indicador chave da economia do país – as vendas a retalho – voltou a ficar abaixo das expectativas dos analistas.

A vitalidade do mercado chinês, como o maior importador de petróleo no mundo, tem grande impacto nos preços de crude. Mas, mesmo antes de se conhecerem estes dados, a matéria-prima já estava a ser pressionada pelas afirmações do Secretário do Tesouro norte-americano, que indicou que os EUA e os seus aliados poderiam considerar reduzir o preço máximo do petróleo russo, de forma a limitar ainda mais a capacidade do país se financiar.

16.12.2024

China pressiona praças asiáticas e leva Europa para o vermelho

A última semana completa de negociação do ano arrancou com o pé esquerdo para as ações asiáticas – e as europeias encaminham-se para a mesma tendência. Isto numa altura em que a economia chinesa continua a preocupar os investidores.

No país oriental, o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite voltaram a registar quedas, com o primeiro a encerrar a sessão a desvalorizar mais de 1% e o segundo a cair 0,16%. Esta segunda-feira foram conhecidos os dados das vendas a retalho na China, que ficaram bastante abaixo das expectativas dos analistas (previa-se um crescimento de 5%, mas registou-se uma subida de apenas 3%) e continuam a indicar uma economia em estagnação.

Estes dados configuram-se como "um reflexo da terrível situação no país e da forma como os esforços de estímulo deram prioridade às aparências, em detrimento da obtenção de melhorias económicas significativas", começa por explicar Charu Chanana, da Saxo Markets, à Bloomberg. "Mesmo para uma recuperação tática, é necessário mais, depois de uma série de falsas partidas e do risco das tarifas que se avizinha", conclui.

Nas restantes praças asiáticas, a Coreia do Sul voltou às perdas, depois de ter encerrado as últimas sessões da semana passada a recuperar das grandes quedas registadas após a imposição de lei marcial no país – uma decisão rapidamente revertida pelo Parlamento. A destituição do Presidente Yoon Suk Yeol ainda reforçou o otimismo no início da negociação, mas rapidamente o pessimismo vivido nas outras praças do continente alastrou-se à Coreia do Sul e o Kospi encerrou a perder 0,22%. 

No Japão, tanto o Topix como o Nikkei 225 encerraram a sessão a desvalorizar, embora de forma mais modesta que os seus congéneres asiáticos. O primeiro caiu 0,3%, enquanto o segundo cedeu 0,03%. 

Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em ligeira queda, num dia marcado pela submissão do chanceler alemão Olaf Scholz a um voto de confiança. Uma derrota de Scholz pode levar a eleições antecipadas no país, agravando a situação económica delicada que a Alemanha enfrenta. 

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