Notícia
Wall Street e Europa com dia positivo. Petróleo em alta e juros em queda
Acompanhe aqui o dia nos mercados, minuto a minuto.
Bezos e Zuckerberg levam Wall Street para novas subidas
As bolsas norte-americanas encerraram em alta, com o setor tecnológico a ser um dos que mais sustentou a tendência.
O Dow Jones fechou a sessão desta quarta-feira a somar 1,52% para 24.575,90 pontos, e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,67% para 2.971,61 pontos - mantendo-se assim em máximos de dois meses.
Já o tecnológico Nasdaq Composite encerrou a escalar 2,08% para se fixar nos 9.375,78 pontos. Foi o nível de fecho mais alto dos últimos três meses - regressando assim aos níveis anteriores às medidas de confinamento no país, decorrentes da pandemia - e está a menos de 5% do seu mais alto valor de sempre.
O setor tecnológico foi um dos que mais brilhou, com o Facebook e a Amazon a marcarem máximos históricos.
As ações da empresa liderada por Mark Zuckerberg dispararam um máximo de quase 7% para um recorde de 231,34 dólares e foram impulsionadas pelo anúncio de que a rede social vai lançar um serviço de lojas online destinado principalmente às pequenas e médias empresas.
O Facebook Shops permite às empresas criar gratuitamente uma loja online com acesso a partir da rede social e do Instagram. O projeto surge numa altura em que o comércio online ganhou maior importância devido ao período de confinamento decorrente da pandemia.
Já a Amazon foi sustentada pelo anúncio de que irá reabrir aos poucos os seus seis centros de distribuição em França, estabelecendo um novo máximo de sempre nos 2.498,74 dólares na negociação intradiária.
As tecnológicas têm tido um desempenho acima da média durante a crise desencadeada pela covid-19, já que os investidores antecipam uma sólida performance de longo prazo para o setor.
A retalhista online liderada por Jeff Bezos tem também sido animada pelo maior número de pessoas a comprar online durante este período de pandemia.
Europa reverte e fecha o dia a ganhar com otimismo de regresso
As principais praças europeias conseguiram fechar o dia a negociar em alta, impulsionadas principalmente após a abertura dos índices em Wall Street.
O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores cotadas do "velho continente", fechou a subir 0,98% para os 342,82 pontos. Desde os mínimos atingidos em março, o índice pan-europeu valorizou 30%, mas a volatilidade ainda continua muito presente.
Os investidores estão otimistas com a reabertura gradual das economias em todo o mundo e com os resultados empresariais que foram apresentados ao longo do dia de hoje vindos dos Estados Unidos.
No foco estão também os progressos feitos com o desenvolvimento da vacina e dos tratamentos para a covid-19, com várias farmacêuticas na corrida.
Entre os setores com melhores desempenhos estão o tecnológico (+2,15%) e o de "oil & gas" (1,66%).
Juros de Portugal caem em dia de IGCP
Os juros da dívida a dez anos de Portugal aliviam 0,6 pontos base para os 0,752%, contando a terceira sessão consecutiva de quebras.
Isto, no dia em que o instituto que gere a dívida pública portuguesa, o IGCP, regressou ao mercado. Esta quarta-feira realizou-se um duplo leilão de dívida de curto prazo, colocando um total de 1,75 mil milhões de euros, um valor bem acima do habitual mas sobre o qual, ainda assim, a procura excedeu a oferta.
Em bilhetes do Tesouro a 12 meses, Portugal voltou a financiar-se a taxas negativas a 12 meses, depois de no leilão de abril a yield ter sido positiva (0,038%) pela primeira vez em três anos.
No Reino Unido, também foi dia de emissão, e os juros desceram 1,6 pontos base para os 0,227%. O país fez pela primeira vez uma emissão a 3 anos com juros negativos, neste caso, lançando 3750 milhões de libras com taxa de -0,003%. Em dezembro de 2016 registou-se outra emissão negativa, mas de curto prazo, a um mês.
A referência europeia, a Alemanha, também recuou nos juros das obrigações a dez anos, exatamente na mesma medida:0,6 pontos base, que colocaram a dívida alemã nos -0,471%.
Queda dos stocks de crude nos EUA anima preço da matéria-prima
As cotações do petróleo seguem em alta nos principais mercados internacionais, sustentadas sobretudo pela queda das reservas norte-americanas de crude.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho sobe 3,41% para 33,05 dólares por barril, depois de já ter estado a disparar mais de 4%.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, segue a somar 2,91% para 35,66 dólares por barril.
Na semana passada, os inventários norte-americanos de crude diminuíram em 4,98 milhões de barris, para 526,5 milhões, o que está a contribuir para o otimismo dos investidores. Os analistas inquiridos pela Reuters apontavam para um aumento dos stocks na ordem de 1,2 milhões.
O aumento da procura de combustível, decorrente da reabertura gradual da atividade económica em muitos países, nomeadamente na China, também contribui para o movimento positivo, bem como o cumprimento da anunciada retirada de crude dos mercados por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) – que implementaram a 1 de maio um corte de produção de 9,7 milhões de barris por dia.
A subida dos preços do petróleo já esteve hoje mais forte, mas os ganhos foram travados pelos receios em torno do impacto económico da pandemia de covid-19 e pelas fracas margens na refinação.
Bolsa nacional fecha "no verde" pelo quarto dia consecutivo
O índice PSI-20 terminou a sessão desta quarta-feira, dia 19 de maio, a ganhar 1% para os 4.223,33 pontos, dando sequência a um ciclo de quatro dias consecutivos a valorizar.
Com 13 cotadas a negociar em alta, três a desvalorizar e as restantes duas a negociar de forma estável, um dos destaques vai para a petrolífera Galp que valorizou 2,63% para os 10,715 euros por ação. Esta valorização seguiu em linha com o resto do setor na Europa, depois dos preços do petróleo terem conhecido uma nova subida: o Brent ganhou quase 3%, enquanto que o WTI subiu 3,5%.
Prata já não brilhava tanto desde fevereiro
Os metais preciosos brilham esta sessão, mas é a prata que mais capta os olhares dos investidores. O metal cinza avança 0,66% para os 17,4642 dólares por onça, e já chegou a subir um máximo de 1,51% para os 17,6113 dólares por onça, um máximo de 28 de fevereiro.
A prata conta desta forma a sexta sessão consecutiva no verde, e é hoje acompanhada pelo irmão ouro. O metal amarelo sobe 0,16% para 1.745,21 dólares por onça.
Os investidores voltam a procurar refúgio nestes ativos numa altura em que o último ponto de esperança, o potencial sucesso da vacina fabricada pela Moderna, está a ser posto em causa. A pressionar as ações e a polir estes metais, está ainda a chuva de dados económicos negativos, que tem caído continuamente e ficado impregnada na mente dos investidores.
Dólar "esmagado" por minutas da Fed
A divisa norte-americana destaca-se pela negativa, perdendo contra a generalidade das dez moedas que compõem o cabaz de referência, num dia em que as minutas da Fed, prestes a serem reveladas, fazem pressão sobre o dólar.
O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, apresentou na semana passada um discurso pessimista acerca do impacto da pandemia de covid-19 na economia do país, referindo a hipótese de que os Estados Unidos enfrentem uma "recessão prolongada". Novos detalhes que deem força a esta perspetiva podem tirar, por sua vez, força ao dólar, na medida em que tornariam mais viável um cenário de novo corte nas taxas de juro por parte do banco central, ou mesmo de taxas negativas, o que retira valor à moeda.
O euro leva então a melhor, avançando 0,59% para 1,0987 dólares, tendo já atingido um máximo de 1,0999 dólares durante a sessão. O pico do euro elevou-o a níveis do início de maio, mais precisamente do primeiro dia do mês.
Resultados de empresas dão força à abertura de Wall Street
Os três principais índices de Wall Street abriram a sessão de hoje em alta, seguindo a recuperação europeia, com os investidores otimistas após os bons resultados empresariais de hoje.
Por esta altura, o Dow Jones valoriza 1,40% para os 24.545,06 pontos e o S&P 500 ganha 1,41% para os 2.964,17 pontos. O tecnológico Nasdaq avança 1,52% para os 9.325,18 pontos.
As ações da retalhista Lowe's estão a subir 2,3%, depois de a empresa ter reportado resultados acima do esperado pelos analistas. Entre janeiro e março deste ano, a Lowe's registou receitas de 19,68 mil milhões de dólares, acima dos 18,32 mil milhões esperados. Os lucros por ação fixaram-se nos 1,77 dólares, também acima dos 1,32 dólares antecipados.
A dar ânimo aos investidores está também o otimismo numa recuperação económica mais rápida, depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, e o secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin, terem dito que estariam a considerar novos estímulos para lançar sobre a maior economia do mundo.
Hoje, a Reserva Federal dos Estados Unidos irá divulgar as minutas das sua última reunião de política monetária, em que decidiu manter as taxas de juro inalteradas perto de 0%.
Desde os mínimos de março, os índices de Wall Street conseguiram valorizar cerca de 30% impulsionados pelos estímulos sem precedentes das instituições governamentais. Contudo, os ganhos têm sido mais limitados neste mês de maio.
Os investidores estão atentos aos desenvolvimentos sobre os tratamentos e as vacinas contra a covid-19, depois de a farmacêutica Moderna ter revelado progressos animadores. Apesar disso, uma série de especialistas levantaram dúvidas sobre os resultados positivos da mesma, facto que fez tombar Wall Street na sessão de ontem.
A empresa Inovio Pharmaceuticals sobe 8% em bolsa depois de ter anunciado que a sua vacina experimental tinha mostrado também progressos agradáveis, com a criação de um sistema auto imune em ratos e porcos.
Europa recupera e trepa para terreno positivo
Depois de uma abertura em falso, os principais mercados europeus deram sinais de recuperação ao longo da manhã, com o otimismo dos investidores a regressar.
O Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores cotadas da região, sobe por esta altura 0,2% para os 340,18 pontos. Apenas duas praças europeias continuam a negociar "no vermelho": Milão (-0,12%) e Paris (-0,59%).
Hoje o dia começou de forma negativa para as bolsas, depois de especialistas terem travado o otimismo em relação à vacina da Moderna para o novo coronavírus.
No início desta semana, os progressos anunciados pela farmacêutica norte-americana conduziram a fortes ganhos nos ativos de risco, mas o otimismo acabou por ser travado.
Os investidores estão agora focados na nova atualização da empresa, marcada para amanhã, quinta-feira. Entretanto, grande parte dos setores europeus conseguiram corrigir as perdas iniciais, dando força às praças do "velho continente".
Ouro e prata em alta
Com os investidores a afastarem-se de ativos como as ações e as obrigações, o ouro segue em alta pela segunda sessão consecutiva, a beneficiar do seu valor enquanto ativo de refúgio.
Nesta altura, o metal precioso soma 0,22% para 1.749 dólares, depois de ter tocado na segunda-feira no valor mais alto desde 2012.
Já a prata ganha 0,48% para 17,4359 dólares.
Euro sobe pela quarta sessão
A moeda única europeia está a valorizar pela quarta sessão consecutiva face ao dólar, numa altura em que verificam progressos na região para a constituição de um fundo de recuperação para combater os efeitos da pandemia.
Em causa está um fundo de retoma de 500 mil milhões de euros proposto pelo eixo franco-alemão com o objetivo de estimular a recuperação económica, depois das medidas impostas para conter o surto.
Nesta altura, o euro soma 0,19% para 1,0944 dólares, depois de ter atingido ontem o valor mais alto desde 4 de maio.
O dólar, por seu lado, regista uma subida ligeira (0,08%) face às principais congéneres mundiais, depois de três sessões de perdas.
Juros de Portugal sobem em dia de emissão
Os juros da dívida portuguesa estão a subir esta quarta-feira, dia em que o IGCP vai voltar ao mercado para uma emissão de dívida de curto prazo. O IGCP vai colocar títulos com maturidade a seis e a 12 meses, tendo como objetivo colocar entre 1.500 e 1.750 milhões de euros.
Nesta altura, a yield associada às obrigações a dez anos sobe 1,3 pontos para 0,766%, depois de ter atingido ontem um mínimo de março, devido à proposta da Alemanha e França para a Comissão Europeia constituir um fundo de recuperação de 500 milhões de euros que vai fazer subvenções (e não empréstimos) aos países da região afetados pela pandemia da covid-19.
Em Espanha, os juros a dez anos avançam 1,6 pontos para 0,650% e em Itália sobem 4,5 pontos para 1,674%. Na Alemanha, a subida é de 0,5 pontos para -0,462%.
Dúvidas sobre vacina da Moderna penalizam Europa
As bolsas europeias estão a negociar em queda pela segunda sessão consecutiva, depois de especialistas terem travado o otimismo em relação à vacina da Moderna para o novo coronavírus.
O anúncio de progressos nesta vacina alimentou fortes ganhos nos ativos de risco, no início da semana, mas otimismo acabou por ser travado por um relatório de especialistas que alerta que o estudo da vacina não produziu dados críticos suficientes para se avaliar o sucesso do tratamento.
A este alerta soma-se o aviso do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, que disse ontem que os norte-americanos podem começar a perder as suas casas e que o desemprego de longa duração deverá penalizar a economia dos Estados Unidos.
Neste contexto, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,51% para 337,75 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas da banca e bens industriais.
Por cá, o PSI-20 desliza 0,58% para 4.156,74 pontos, pressionado sobretudo pela Sonae, Nos e BCP.
A retalhista desliza 2,39% para 65,35 cêntimos, no dia em que vai apresentar os resultados do primeiro trimestre, enquanto a Nos cai 1,78% para 3,208 euros. Já o BCP desvaloriza 1,53% para 9,03 cêntimos, depois de ter anunciado ontem uma queda de 77% nos lucros do primeiro trimestre para 35,3 milhões de euros.
BCP e Sonae caem mais de 1% e pressionam PSI-20
O PSI-20 abriu a cair 0,46% para 4.162,27 pontos, corrigindo de três sessões a fechar em terreno positivo.
O BCP desvaloriza 1,2% para 9,06 cêntimos depois de ter anunciado os resultados do primeiro trimestre, período em que os lucros baixaram para 35,3 milhões de euros. Os analistas do CaixaBank BPI apontavam para uma queda mais acentuada, para 23 milhões de euros, face ao 153,8 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.
Depois do fecho da sessão de hoje será a vez da Sonae apresentar as contas do primeiro trimestre. As ações da cotada liderada por Cláudia Azevedo caem 1,57% para 0,659 euros. O CaixaBank/BPI antecipa que o retalho alimentar e eletrónico da Sonae tenha beneficiado com a pandemia, que reforçou as vendas em 6% nos primeiros três meses deste ano. Contudo, a cotada deverá ter fechado com um prejuízo de 7 milhões de euros no primeiro trimestre.
A EDP desce 0,02% para 4,074 euros depois de ontem ter anunciado que Paul Elliot Singer deixou de ter uma participação qualificada na elétrica portuguesa, ao reduzir a posição para menos de 2%.
Entre as restantes cotadas com maior peso no PSI-20, a Galp Energia soma 0,38% para 10,48 euros e a Jerónimo Martins desce 0,14% para 14,46 euros.
Fora do PSI-20, a Sonaecom desce 5,88% para 1,60 euros no dia em que desconta o dividendo de 8,3 cêntimos.
Petróleo em alta ligeira após alertas da Fed
Depois de várias sessões de fortes ganhos, o petróleo segue com uma subida ligeira nos mercados internacionais, travado pelos alertas da Reserva Federal dos Estados Unidos sobre o futuro da economia.
Em Nova Iorque, o barril de crude avança 0,22% para 32,03 dólares, enquanto em Londres o Brent soma 0,38% para 34,78 dólares.
Isto depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter avisado que os americanos podem começar a perder as suas casas e que o desemprego de longa duração deverá penalizar a economia. A juntar isto, foi publicado um relatório que diz que o estudo da vacina da Moderna para o coronavírus – que ajudou a impulsionar as ações no início da semana – não produziu dados críticos suficientes para avaliar o seu sucesso.
Ainda assim, a matéria-prima já recuperou quase 70% este mês, com os cortes na produção e o aumento da procura. O Citigroup já diz mesmo que o excedente vai tornar-se em défice já no próximo trimestre.
O consumo de petróleo na China está quase de volta aos níveis pré-vírus, ao mesmo tempo que a procura por combustíveis está a crescer em todo o mundo ,com o início do desconfinamento em várias regiões.
Futuros mistos com investidores à procura de direção
Os futuros das ações europeias e norte-americanas seguem sem rumo definido, numa altura em que os investidores continuam a olhar para os indicadores económicos e resultados trimestrais das empresas, para avaliarem o impacto da pandemia, ao mesmo tempo que estão atentos aos progressos nos potenciais tratamentos da covid-19, como é o caso da vacina da Moderna, que garantiu um forte arranque de semana para os ativos de risco.
Nesta altura, os futuros do S&P500 seguem em alta, enquanto os do Stoxx50 negoceiam em terreno negativo.
A sessão asiática também foi dividida entre ganhos e perdas, com o Japão e a Índia no verde, e Xangai e Hong Kong no vermelho.
Os ativos de risco registaram fortes subidas na segunda-feira, depois de a Moderna ter alimentado esperanças num tratamento para o vírus. Contudo, os investidores estão com dificuldades em manter o otimismo, sobretudo depois de vários especialistas terem alertado para a escassez de dados concretos da farmacêutica norte-americana.
"Estamos a ser bastante cautelosos", disse Shawn Matthews, fundador e diretor de investimentos da Hondius Capital Management LP, na Bloomberg TV. "Se olharmos para a economia, parece que é o verão da esperança agora, onde todos esperam que isso aconteça".