Notícia
Navio no Suez afunda petróleo e encalha bolsas na Europa
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Fuga ao risco afasta investidores das ações
As bolsas europeias encerraram em queda ligeira esta quinta-feira, penalizadas pela forte descida do petróleo nos mercados internacionais e pelas dúvidas dos investidores sobre o controlo da pandemia na região e o ritmo da recuperação económica.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perdeu 0,07% para 423,08 pontos, numa sessão em que apenas o alemão DAX e o francês CAC-40 escaparam às descidas, com ganhos ligeiros inferiores a 0,1%.
Arrastado pela queda do petróleo, o setor do petróleo e gás foi o que mais pressionou as bolsas europeias, seguido pelo setor das matérias-primas e imobiliário. As perdas acabaram por ser parcialmente compensadas pelas valorizações do setor químico e automóvel.
A sessão ficou marcada por um afastamento dos investidores dos ativos de maior risco, numa altura em que o ritmo lento de vacinação na Europa e o crescimento de novos casos em algumas regiões levanta dúvidas sobre o ritmo de recuperação da pandemia.
Paralelamente, o bloqueio do Canal do Suez, um importante ponto de passagem para navios de transporte de mercadorias, incluindo petróleo, adensou a perturbação nos mercados.
O português PSI-20 liderou as perdas no Velho Continente, com uma desvalorização de 1,67% para 4.763,81 pontos, pressionado sobretudo pelas quedas de mais de 3,5% da EDP Renováveis e da Galp.
Euro em mínimos de quatro meses com vacinação a desanimar
O euro segue a perder, numa altura em que os investidores estão de olhos postos nas conclusões da reunião entre os líderes europeus, na qual vão ser abordadas as dificuldades na distribuição da vacina.
A moeda única europeia está a descer 0,30% para os 1,776 dólares, tendo tocado esta sessão um mínimo de 12 de novembro do ano passado.
Esta é a terceira sessão em que o euro perde contra o dólar, já que a moeda norte-americana se mostra forte em toda a linha. O Bloomberg Dollar Spot Index, que mede a força da nota verde contra as principais moedas, soma pela terceira sessão consecutiva. Hoje, a subida é na ordem dos 0,1%.
Ouro entrega palco ao dólar
O ouro está a descer numa altura em que o "rival" dólar, que também é um ativo refúgio de eleição, mostra a sua força.
A nota verde ganha com as palavras do presidente da Fed, Jerome Powell, que apontam na direção de uma economia forte, reconfortando os investidores.
Ouro cai 0,18% para os 1.731,85 dólares por onça, numa semana em que só espreitou o verde na sessão de quarta-feira.
Petróleo desliza 5% ainda com Suez por resolver
O petróleo está a deslizar quase 5% em Londres e com quebras que ultrapassam esta fasquia em Nova Iorque, numa altura em que o bloqueio do Canal do Suez continua por resolver, sendo esta uma das principais rotas no comércio de petróleo.
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, está a cair 4,58% para os 61,46 dólares. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate desliza 5,43% para os 57,86 dólares.
O "ouro negro" corrige desta forma das fortes subidas de ontem, perto de 6%, quando foi noticiado que um navio de carga encalhou em pleno Canal do Suez, bloqueando a passagem. Por aqui passam cerca de um milhão de barris de petróleo por dia, de acordo com a Bloomberg, e a equipa contratada para desencalhar o navio tem tido dificuldades, ao ponto de lançar a hipótese de que a operação demore semanas.
Juros de Portugal caem pela quinta sessão
Com os investidores a fugirem dos ativos de maior risco devido ao agravamento da pandemia em várias regeões do globo, o movimento de aposta nos ativos de refúgio como as obrigações prossegue esta quinta-feira.
A taxa de juro das obrigações soberanas de Portugal estão a recuar pela quinta sessão seguida, com a yield dos títulos a 10 anos a descer 0,6 pontos base para 0,149%. Na dívida alemã a taxa das obrigações com a mesma maturidade cede 2,6 pontos base para -0,381%.
Wall Street abre em queda com tecnologia e banca a pressionarem
Os três maiores índices dos Estados Unidos abriram a sessão desta quinta-feira em queda, com o setor de tecnologia e da banca a pressionar, numa altura em que os pedidos de subsídio de desemprego mostraram uma queda.
O Dow Jones perde 0,79% para os 32.164,45 pontos e o S&P 500 cai 0,55% para os 3.867,75 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite perde 0,61% para os 12.881,40 pontos.
O departamento do Trabalho revelou uma queda nos pedidos de desemprego, mostrando como o mercado laboral está a recuperar face ao rombo que a pandemia provocou. Na semana terminada a 20 de março, os pedidos caíram de 781 mil para 684 mil.
O índice de tecnologia Nasdaq Composite foi o que sofreu a maior queda este mês, com o otimismo em torno da recuperação económica a afastar os investidores para outro tipo de ativos.
Os comentários de ontem de Jerome Powell, líder da Fed, ainda ecoam no sentimento dos investidores, depois de o economista ter dito que a subida dos juros do Tesouro não preocupava, uma vez que os níveis anteriores eram bastante baixos.
Em foco continua o plano de vacinação no país, com o presidente Joe Biden a ter uma conferência de imprensa marcada para hoje às 18:15 de Lisboa, onde irá definir as novas metas para este plano.
Europa recua com avanço da covid-19 na região
Os índices europeus estão a perder gás nesta manhã, pressionados pelo aumento de casos de covid-19 em quase toda a região e ao atraso nos planos de vacinação.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas do "velho continente" - cai 0,14% para os 422,81 pontos.
O setor das petrolíferas é o mais prejudicado nesta dia (-1%), devido ao navio de carga que está a bloquear o Canal do Suez, no Egito, impedindo a passagem de outras embarcações através da via navegável que liga o Mar Vermelho ao Mediterrâneo.
Os preços desta matéria-prima ontem caíram cerca de 6% e hoje estão a recuar novamente, mas com menos força.
Também o setor da banca continua em cheque, com os bancos espanhóis ainda a ressentirem-se do "crash" da lira turca e da subida dos juros no início desta semana.
A banca espanhola é a que tem a maior exposição à Turquia, com cerca de 50 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Bank for International Settlements (BIS). E após o "crash" da lira e a escalada dos juros, as ações dos bancos como o BBVA caíram cerca de 7%.
Ouro perde força após comentários otimistas de Powell
O ouro está a perder terreno nesta quinta-feira numa altura em que os investidores estão a assimilar os comentários de ontem, de Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos Estados Unidos, sobre o emprego e a subida dos juros no país.
Powell disse que a situação no mercado de dívida está controlada e que a subida se deve a um otimismo na economia da região.
Por esta altura, o ouro - que por norma beneficia de algum pessimismo - está a perder 0,08% para os 1.733,34 dólares por onça, após so comentários otimistas de Powell.
Euro e Libra respiram face ao dólar norte-americano
Depois de algumas sessões a perder força para o rival dólar norte-americano, as duas moedas europeias estão hoje a respirar, mas pouco.
O euro ganha 0,01% para os 1,1814 dólares, enquanto que a libra esterlina avança 0,11% para os 1,3694 dólares.
Na Turquia, a lira turca está outra vez a perder terreno face ao dólar (-0,5%), depois de ter chegado a perder 15% na sessão da passada segunda-feira.
Juros da Zona Euro voltam a cair de olhos postos nos EUA
Os juros da dívida soberana nos países da Zona Euro estão a cair na manhã desta quinta-feira, de olhos postos num novo leilão do Tesouro norte-americano a sete anos, que irá testar o apetite dos investidores por dívida.
Na última vez que se realizou um leilão com esta maturidade, a procura desapontou e originou uma subida nos juros do país.
No "velho continente", os juros a dez anos da Alemanha - que serve de referência para a região - estão a cair 1,3 pontos base para os -0,368% e a "yield" de Itália com a mesma maturidade perde 0,6 pontos base para os 0,583%.
Na Península Ibérica, os juros de Portugal e Espanha caem 1 ponto base para os 0,145% e 0,262%, respetivamente.
Petróleo volta a recuar de olhos postos no Canal do Suez
Os preços do petróleo estão novamente em queda, numa altura em que os investidores estão a seguir de perto a situação com o navio de carga que está a bloquear o Canal do Suez, no Egito, impedindo a passagem de outras embarcações através da via navegável que liga o Mar Vermelho ao Mediterrâneo.
Por esta altura, o preço do Brent - que serve de referência para Portugal - está a cair 1,20% para os 63,64 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) recua 1,42% para os 60,31 dólares.
O mercado petrolífero tem estado a negociar de forma bastante volátil, tendo registado um ganho de uma perda de 6% nos últimos dois dias.
Apesar da recente queda, o petróleo acumula um ganho de mais de 20% este ano e há confiança nas perspetivas de longo prazo para a procura, com os cortes na produção da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados) restringem a oferta.
Futuros da Europa marcam passo, enquanto EUA olham para novo plano orçamental
Os futuros das ações na Europa estão a negociar em queda na pré-abertura da sessão desta quinta-feira, a passo que os futuros norte-americanos seguem em leve alta, com um novo plano orçamental de 3 biliões de dólares desenhado pela administração Biden a dar força.
Depois de ter assinado o pacote de 1,9 biliões de dólares, o chamado "American Rescue Plan", agora, o líder da Casa Branca terá um novo trunfo na manga. Desta feita, o programa terá um objetivo de mais longo prazo, focado no investimento em infraestruturas e privilegia setores como a educação e a saúde e áreas como o combate às alterações climáticas.
Durante a madrugada em Lisboa, na sessão asiática não se registaram grandes alterações, com exceção para o índice do Japão que ganhou 1,5%.
No foco dos investidores estará o leilão de dívida norte-americana a sete anos, depois de no mês passado uma fraca procura nesta maturidade ter precipitado uma subida nos juros do Tesouro.
Ontem, o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, foi novamente questionado sobre a subida das "yields", e disse mais uma vez que estavam num patamar muito baixo e refletem a confiança numa economia melhor.
No lado sanitário, a vacina da AstraZeneca revelou uma eficácia menor num estudo realizado pelos Estados Unidos, numa altura em que o número de casos com covid-19 no país ultrapassou a barreira dos 30 milhões. No Brasil já morreram 300 mil pessoas com a pandemia, o segundo país com o maior número de mortes em todo o mundo.