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Europa resiste à queda das tecnológicas com bons resultados trimestrais. Juros agravam-se
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa resiste à queda das tecnológicas com bons resultados trimestrais
As bolsas europeias encerraram sem grandes oscilações, num dia movimentado em matéria de reporte de contas trimestrais. Os bons dados nos EUA intensificaram os receios de aceleração da inflação, o que pressionou setores como o das tecnologias.
O Stoxx 600 encerrou a ceder 0,22%, para 440,59 pontos, recuperando dos mínimos da sessão (quando chegou a cair 0,7%).
O setor das tecnologias recuou 1,2%, penalizado também pela queda dos vencedores em tempos de pandemia, como as biotecnológicas, numa altura em que a União Europeia e os EUA ponderam levantar a proteção sobre as patentes das vacinas contra a covid.
Por sua vez, as energias renováveis e a descida do preço do petróleo pesaram no setor da energia, que perdeu 1,3%.
O grupo das cotadas da alimentação, bebidas e tabaco ganhou 1%, compensando parte das quedas noutros setores. Foi sobretudo impulsionado por várias contas trimestrais positivas, como as da AB InBev e Glanbia.
Já o setor químico ganhou 0,8%, com o índice em máximos históricos,
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,2%, o francês CAC-40 valorizou 0,3%, o italiano FTSEMIB avançou 0,1%, o britânico FTSE 100 subiu 0,5% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,2%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,2%.
"Nesta quinta-feira, os mercados europeus aumentaram os seus rendimentos, com a maioria dos índices a negociar no verde, à medida que os investidores digerem o último lote sólido de resultados empresariais", referiu Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
"Os bancos e as fabricantes de automóveis destacaram-se nas subidas, depois de os resultados da Volkswagen e da Société Générale terem superado as estimativas. O apetite pelo risco está de volta, depois de esclarecidas as declarações de Janet Yellen sobre uma possível subida das taxas americanas, um anúncio bem recebido pelos investidores", sublinha Veyret.
Ainda assim, acrescenta, "apesar da atual época de rendimentos, os ‘traders’ mantêm o foco nas políticas monetárias e nos pacotes de estímulos, com a perspetiva de aumento de preços ainda em cima da mesa, numa altura em que as economias começam a olhar além da pandemia".
Petróleo corrige com receios em torno de vagas de covid
O "ouro negro" segue em baixa, depois de três sessões a subir, pressionado pelo aumento de casos de infeção por covid-19 na Índia, Japão e outras regiões do mundo.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em junho cede 0,91% para 65,03 dólares por barril.
Já o contrato de junho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,81% para 68,40 dólares.
Os preços chegaram a estar a negociar em terreno positivo na abertura da sessão, ainda impulsionados pela forte queda dos stocks de crude nos EUA, mas os receios em torno do aumento de infeções por covid-19 em países como a Índia e Japão acabaram por pesar na tendência.
Apesar da descida de hoje, a matéria-prima tem revelado um comportamento robusto. "O petróleo mostra-se forte, com os investidores a apostar numa recuperação rápida e total do mercado, numa altura em que o risco de inflação está, também, a elevar os preços", sublinha Carlo Alberto de Casa, analista chefe da ActivTrades, na sua análise diária.
Prata brilha mais forte em dia de ganhos para os metais
Os metais preciosos e de uso industrial estão a valorizar esta quinta-feira, beneficiando do recuo do dólar, divisa em que os seus preços são expressos.
A liderar os ganhos está a prata, que sobe 3,29%, para 27,40 dólares por onça.
Mas o ouro também soma uma valorização robusta, de 1,46%, para 1.812,89 dólares por onça.
Esta tendência regista-se igualmente na platina, que avança 1,50%, e no cobre, que sobe 1,44%.
Juros agravam-se com recuo nos estímulos dos bancos centrais
Os juros das dívidas públicas da generalidade dos países que pertencem ao bloco do euro estão a agravar-se na sessão desta quinta-feira.
Esta tendência de agravamento observa-se já depois de o Banco de Inglaterra ter anunciado que vai desacelerar a compra de ativos no mercado secundário de dívida em virtude dos sinais de retoma económica.
O BoE torna-se assim no segundo banco central de um país do G7 a decidir reduzir o respetivo programa de estímulos à economia, o que parece indiciar o início de um movimento generalizado de diminuição gradual dos apoios à economia garantidos pelas autoridades monetárias.
Esta perspetiva está a repercutir-se no agravamento dos juros na Zona Euro. A "yield" correspondente aos títulos soberanos com prazo a 10 anos de Portugal sobe 0,7 pontos base para 0,464%.
O mesmo para as taxas de juro associadas às obrigações a 10 anos da Espanha e da Itália, que avançam 0,8 e 2,9 pontos base para 0,455% e para 0,925%, respetivamente.
As "yields" destes três países sobem pela primeira vez em três sessões.
Em sentido inverso transacionam os juros relativos á dívida de referência para a moeda única. A "yield" referente às obrigações soberanas alemãs com maturidade a 10 anos recua 0,8 pontos base para -0,237%, estando assim a negociar em mínimos de 27 de abril.
Euro avança com menor procura de ativos de refúgio
O movimento de menor procura de ativos considerados mais seguros decorrente da divulgação de indicadores favoráveis a uma recuperação da economia global mais célere e robusta está a refletir-se na depreciação do dólar, o que, por sua vez, ajuda à valorização do euro hoje sentida nos mercados cambiais.
A moda única europeia aprecia 0,44% para 1,2058 dólares, pondo assim fim a uma série de duas sessões consecutivas em queda face à divisa norte-americana.
Wall Street sem direção com queda das farmacêuticas a ofuscar bons dados do emprego
Os índices norte-americanos abriram mistos, com a evolução positiva do mercado de trabalho a ser ofuscada pela queda do setor farmacêutico.
O Dow Jones soma 0,11% para 34.266,82 pontos e o Nasdaq cede 0,51% para 13.513,80 pontos. O S&P500 soma 0,04% para 4.169,14
Os dados revelados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos validam a tendência de melhoria do mercado de trabalho na maior economia do mundo.
Os novos pedidos de subsídio de desemprego desceram para 498 mil na semana passada, bem abaixo dos 590 mil da semana anteriores. Este indicador desceu de forma mais intensa do que o previsto pelos economistas e está já em mínimos desde meados de março do ano passado. O mercado está agora de olhos postos do relatório mensal do emprego, que será revelado esta sexta-feira.
A pressionar os índices está o setor farmacêutico, penalizado pela notícia de que a União Europeia poderá juntar-se aos EUA na defesa da renúncia aos direitos de propriedade intelectual sobre as vacinas para a covid-19.
A Moderna, que hoje também apresentou resultados, destaca-se com uma queda de 10,21%. A Pfizer desliza 4,1% e a Novavax desvaloriza 6,84%. A Johnson & Johnson é das menos penalizadas mas também negoceia em terreno negativo.
Medo da inflação nos EUA leva investidores ao ouro
O ouro vai valorizando ligeiramente enquanto os investidores continuam a avaliar o debate sobre os riscos da inflação elevada, a meio da recuperação da economia dos EUA.
Por esta altura, o ouro ganha 0,3% para os 1.792,52 pontos.
Euro ganha fôlego face ao dólar
A moeda única da União Europeia (UE) está a ganhar fôlego ao rival dólar norte-americano, mantendo a tendência recente.
Hoje, o euro ganha 0,22% para os 1,2032 dólares, ao passo que a libra esterlina cai 0,01% para os 1,390 dólares, à espera da decisão do Banco de Inglaterra, sobre o futuro da política monetária.
"Spread" entre Itália e Alemanha em máximos de três meses
A diferença entre os juros a dez anos da dívida alemã com a dívida italiana está em máximos desde o início de fevereiro, num dia em que os investidores estão à espera dos discursos de vários membros do Banco Central Europeu (BCE).
Hoje, a "yield" da dívida transalpina sobe 0,7 pontos base para os 0,903%, ao passo que os juros germânicos perdem 0,1 pontos base para os -0,230%. Assim o "spread" entre ambos os indicadores está em máximos desde fevereiro, nos 113,18 pontos base.
No resto da Europa, a tendência é de quedas, em dia de leilões de dívida em França e em Espanha.
Por cá, os juros de Portugal a dez anos estão a cair 0,2 pontos base para os 0,454%.
Resultados dão algum alento às ações europeias
As ações europeias seguem em leve alta no início desta manhã, estendendo a recuperação de quarta-feira, à medida que os novos resultados das empresas trouxeram mais otimismo para cima da mesa de negociações.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região - sobe 0,2%, depois de recuperar de um mínimo de cerca de um mês atingido na terça-feira.
O Société Générale subiu depois de apresentar números muito acima do esperado no departamento de negociação de ações. Outros números que foram aplaudidos pelos mercados foram os da Volkswagen, cujas ações ganham mais de 2%, depois de rever em alta a sua estimativa de lucros.
As ações europeias têm-se mantido estáveis neste patamar, perto de máximos históricos, tendo superado já os níveis pré-pandemia.
Os ganhos na Europa têm sido "muito sólidos", superando as expectativas dos analistas, de acordo com Julien Lafargue, analista do Barclays Private Bank.
Petróleo ganha força com queda de "stocks" nos EUA
Os preços do petróleo estão a valorizar para perto da barreira dos 70 dólares por barril, numa altura em que os investidores se mostram mais otimistas com a recuperação da procura pela matéria-prima, com a queda dos "stocks" nos EUA a apontar para um aumento no consumo.
O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, está a valorizar 0,32% para os 69,17 dólares por barril, ao passo que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) sobe 0,18% para os 65,75 dólares por barril.
Ainda assim, o agravamento do lado sanitário na Índia - o terceiro mais consumidor de petróleo depois dos EUA e a China - continua a gerar preocupação no mercado.
Futuros da Europa na linha de água, após sessão asiática agitada
Os futuros das ações europeias estão a negociar sem tendência definida a poucos minutos da abertura de sessão no "velho continente", depois de uma sessão asiática que oscilou entre ganhos no Japão e quedas na China.
Para já, tanto os futuros do Stoxx 50 - índice que reúne as 50 maiores cotadas da Europa -, como os futuros do norte-americano S&P 500 estão a negociar na linha de água.
Durante a madrugada em Lisboa, os índices asiáticos oscilaram entre um forte ganho de 1,5% no Japão, depois de regressar de feriado, e uma queda de 0,7% na China, numa altura em que Pequim anunciou uma suspensão formal do diálogo económico com a Austrália.
Os oficiais chineses puseram uma pedra sobre a relação comercial com Camberra, depois de o país ter anunciado a sua intenção de revogar o acordo relativo à "nova rota da seda", desenhada pela China.
Em Washington, à medida que a maior economia do mundo recupera, os investidores estão cada vez mais focados sobre a data em que o banco central poderá começar a restringir o seu apoio de emergência.
Os economistas questionados pela Bloomberg esperam que a Fed anuncie uma redução no ritmo de compras de títulos no quarto trimestre. Embora o presidente Jerome Powell ainda não tenha alterado o tom da sua mensagem, de que é muito cedo para discutir reduções, os decisores começaram a abordar a questão de forma mais direta.