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Bolsas europeias avançam com Wall Street a caminho de máximo histórico
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Bolsas europeias avançam com Wall Street a caminho de máximo histórico
As bolsas europeias arrancaram a semana com o pé direito, com os índices a serem impulsionadas pelas cotadas do setor mineiro e contagiadas pelo otimismo que leva o norte-americano S&P500 a transacionar muito perto de máximos históricos.
O Stoxx600 apagou um arranque de sessão em queda para fechara a subir 0,32% para 369,26 pontos. O sub-índice para o setor das mineiras avançou 1,7% depois de Buffett ter revelado que comprou uma posição de 1,2% na Barrick Gold e o setor dos cuidados de saúde ganharam 1,2% depois da francesa Sanofi ter avançado com uma proposta para comprar a firma norte-americana de biotecnologia Principia Biopharma.
A limitar os ganhos voltaram a estar as empresas europeias ligadas ao turismo numa altura em que mais países europeus avançam com medidas restritivas devido à propagação da covid-19 na região.
Nas bolsas norte-americanas o sentimento também é positivo, como S&P500 a ganhar 0,37% para 3.385,25 pontos, muito perto do anterior recorde fixado a 19 de fevereiro nos 3.393,52 pontos.
Wall Street está a beneficiar com uma uma sessão de ganhos acentuados nas grandes tecnológicas norte-americanas, como a Tesla e a Nvidia, que levam o Nasdaq a subir perto de 1%.
A subida das tecnológicas está a compensar a queda do setor financeiro, que está a ser penalizado pela notícia de que Warren Buffett reduziu substancialmente a sua exposição aos bancos nos últimos meses.
O Goldman Sachs elevou as estimativas para o S&P500, antecipando que as ações norte-americanas vão continuar a subir depois de atingirem máximos históricos.
O analista David Kostin antecipa que o índice norte-americano vai fechar 2020 nos 3.600 pontos, uma forte revisão em alta face ao anterior target de 3.000 pontos que há muito foi já superado.
Juros portugueses de novo abaixo dos de Espanha
Os juros da dívida soberana na Europa iniciaram a semana a descer, destacando-se a yield de Itália, que baixou cinco pontos base e tem o menor diferencial para as "bunds" alemãs, a referência do mercado, desde 24 de fevereiro.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos recuaram 2,6 pontos base, para 0,337%, situando-se abaixo dos juros da vizinha Espanha, que se encontram nos 0,342%.
As obrigações alemãs, ainda assim, registaram uma descida de 3,1 pontos base, para os -0,455%.
Euro e libra ganham terreno ao dólar
As duas maiores moedas da Europa estão a ganhar terreno, novamente, ao rival dólar dos Estados Unidos.
A moeda única da União Europeia está a valorizar 0,21% para os 1,1867 dólares, o que representa um máximo desde o passado dia 8 de agosto.
Assim sendo, a divisa sobe pelo sexto dia consecutivo e, por seu turno, o dólar está a desvalorizar pela quarta sessão seguida no índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz composto pelas principais divisas mundiais.
A libra avança 0,95% para os 1,3099 dólares.
Petróleo em leve alta antes da revisão da OPEP+
Os preços do petróleo terminam a sessão europeia a vencer, colocando um ponto final numa mini série de duas sessões consecutivas a desvalorizar, em vésperas de um novo encontro do painel técnico da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados).
O Brent, que serve de referência para Portugal, vai valorizando 0,51% para os 45,03 dólares por barril, enquanto que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) ganha 0,95% para os 42,41 dólares por barril.
Um painel técnico da OPEP+ vai reunir-se para rever o acordo entre os membros do cartel. Depois de vários cortes históricos, agora os países estão a começar, de forma gradual, a elevar os níveis de produção a par com a recuperação da procura.
Ouro em alta após aposta de Buffett
O ouro está hoje a conhecer a sua maior valorização das últimas duas semanas, ao ganhar 2,08% para os 1.985,63 dólares por onça, apoiado pelos novos investimentos de um dos investidores mais conhecidos do mundo, Warren Buffett.
Esta opção levou algumas das maiores empresas de mineração de ouro dos Estados Unidos a disparar, como foi o caso da própria Barrick Gold, que avança cerca de 4%.
Wall Street abre em alta antes de resultados promissores
Os maiores índices de Wall Street abriram em alta nesta segunda-feira, com os investidores a olharem para uma série de resultados de algumas retalhistas norte-americanas, que se esperam otimistas, numa altura em que a referência S&P 500 se aproxima de máximos históricos.
O Dow Jones ganha 0,11% para os 27.960,92 pontos e o S&P 500 avança 0,36% para os 3.384,21 pontos. Já o tecnológico Nasdaq avança 0,63% para os 11.088,55 pontos.
Na passada sexta-feira, o índice de referência S&P 500 esteve a cerca de 0,4% de renovar máximos históricos, apontando para uma recuperação da maior economia do mundo.
"Com as taxas de juro baixas, próximas de zero, não há outro sítio onde colocar o dinheiro, então as ações continuam a pairar perto de máximos históricos", disse Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities, à Reuters.
As retalhistas Walmart, Kohls e Target apresentam resultados do segundo trimestre esta semana e avançam hoje ente 1 e 2%.
Na sexta-feira, já 457 das empresas do S&P 500 tinham apresentado resultados, e cerca de 81% ficaram abaixo das expectativas, de acordo com os dados da Refinitiv.
Destaque também para as minutas da última reunião de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, que deverão mostrar mais detalhes sobre as previsões económicas do banco central.
Petróleo sobe antes de reunião da OPEP
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, antes da reunião da OPEP+ para avaliar o cumprimento do acordo sobre a produção. O encontro será realizado na quarta-feira, numa altura em que o cartel começa a introduzir mais matéria-prima no mercado, depois das fortes reduções na oferta para equilibrar os preços.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,83% para 42,36 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, avança 0,69% para 45,11 dólares.
Ao mesmo tempo, os EUA apreenderam quatro petroleiros que transportavam gasolina com destino à Venezuela num movimento sem precedentes que poderá desestabilizar os fornecimentos globais de petróleo se o Irão retaliar.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas públicas negoceiam em queda generalizada na área da moeda única, o que se verifica pelo segundo dia consecutivo para a generalidade dos países que integram o espaço do euro.
A taxa de juro associada aos títulos soberanos de Portugal com prazo a 10 anos cai 1,3 pontos base para 0,350%, um valor que assim permanece acima da "yield" exigida pelos investidores no mercado secundário para adquirirem obrigações espanholas. É que a taxa de juro correspondente aos títulos espanhóis com a mesma maturidade recua 1,4 pontos base para 0,337%.
A tendência de alívio é também observada nos juros referentes às dívidas da Itália e da Alemanha. As "yields" italiana e alemã a 10 anos caem respetivamente 1,7 e 1,1 pontos base para 0,967% e -0,435%.
Euro em máximo de 8 de agosto
A divisa comunitária está a apreciar 0,10% para 1,1854 dólares para negociar em máximos de 8 de agosto contra o dólar.
O euro sobe assim pelo sexto dia consecutivo e, por seu turno, o dólar está a desvalorizar pela quarta sessão seguida no índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz composto pelas principais divisas mundiais.
Bolsas invertem para o vermelho com mais casos de covid e tensão EUA-China
Depois de uma abertura em terreno positivo marcada por ganhos ligeiros no velho continente, as principais praças bolsistas europeias já inverteram e seguem agora a transacionar em queda.
O índice de referência europeu Stoxx600 recua agora 0,15% para 367,52 pontos, elevando para três as sessões seguidas no vermelho. Com perdas superiores a 1%, o setor das viagens é o que mais pressiona, enquanto os setores das matérias-primas e o petrolífero seguem a travar perdas mais acentuadas na Europa.
Em Lisboa passou-se situação idêntica. Depois de abrir em alta ligeira, o índice PSI-20 inverteu rapidamente para terreno negativo, seguindo entretanto a ceder 0,10% para 4.437,07 pontos naquele que é também o terceiro dia seguido a negociar em terreno negativo. As quedas da Jerónimo Martins, do setor do papel e do BCP penalizam.
Apesar de a injeção de mais liquidez na economia decidida pelo banco central chinês ter contribuído para impulsionar uma abertura positiva dos mercados acionistas, o aumento de novos casos de covid-19 em termos globais e a continuação da tensão entre os Estados Unidos e a China estão a pesar no sentimento dos investidores.
Os governos das duas maiores economias mundiais adiaram as conversações previstas para o passado fim de semana a propósito da passagem de seis meses da primeira fase do acordo comercial alcançado entre Washington e Pequim e que permitiu interromper a disputa comercial com a aplicação mútua de tarifas aduaneiras agravadas.
Adiamento de reunião entre EUA e China dá gás ao ouro
O ouro arrancou a semana em terreno positivo, numa altura em que a tensão crescente entre os Estados Unidos e a China está a afastar os investidores de ativos de maior risco, como as ações, e a beneficiar os ativos de refúgio, como o ouro.
O vice-primeiro ministro chinês Liu He deveria ter realizado uma videoconferência com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o Secretário do Tesouro Steven Mnuchin no fim de semana, mas a reunião foi adiada indefinidamente, de acordo com fontes citadas pela Bloomberg.
Este adiamento está a gerar preocupações sobre o estado das relações entre as duas potências, sobretudo numa altura em que Washington está a endurecer a sua luta contra as tecnológicas chinesas.
O ouro valoriza 0,42% para 1.953,21 dólares, depois de ter registado a primeira queda semanal em mais de dois meses.
Novos estímulos animam ações na China
Os futuros das ações europeias apontam para um arranque de semana ligeiramente negativo, numa altura em que se agudiza a tensão entre os Estados Unidos e a China. Na sexta-feira, o presidente Donald Trump ordenou oficialmente à dona da chinesa TikTok que venda os ativos dos Estados Unidos, citando argumentos de segurança nacional.
Além disso, segundo fontes citadas pela Bloomberg, a reunião entre negociadores dos dois países para avaliar os progressos alcançados no acordo comercial de fase um, e que era esperada para o fim de semana, foi adiada.
Na China, as ações registaram fortes ganhos depois de nova injeção de dinheiro por parte do banco central, que aumentou as expectativas de maior flexibilização da política monetária para apoiar a recuperação económica.
O Shanghai Composite subiu mais de 2% depois de o Banco Popular da China ter aumentado a liquidez do sistema financeiro para apoiar os bancos. Hong Kong também subiu.
Em sentido contrário, as ações no Japão e na Austrália caíram juntamente com os futuros das ações europeias.