Notícia
Combates intensificam-se nos arredores de Kiev. Kherson controlada pelos russos e colunas de armas para a Ucrânia são alvo
Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.
Sete civis mortos após Rússia disparar sobre corredor humanitário
Pelo menos sete pessoas morreram este sábado quando as tropas russas dispararam sobre um corredor humanitário que estava a evacuar civis na região de Kiev.
Segundo a Reuters, a Ucrânia acusa a Rússia de disparar sobre a coluna de pessoas que estava a ser evacuado da aldeia de Peremoha, forçando o corredor humanitário a voltar para trás.
A Rússia tem negado ter como alvo civis, mas por várias ocasiões atingiu corredores humanitários e alvos não militares, como a maternidade de Mariupol.
Putin sem vontade para terminar guerra
Vladimir Putin não mostrou sinais de querer terminar a invasão na Ucrânia nas conversações telefónicas realizadas este sábado com o presindente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz, segundo adiantou um oficial francês citado pelo The Guardian.
Nas conversas telefónicas com Putin, que duraram 75 minutos, tanto Macron como Scholz pediram um cessar-fogo imediato na Ucrânia, depois do presidente ucraniano Zelensky ter adiantado que as negociações devem começar com um cessar-fogo.
Putin terá colocado os dois líderes europeus a par dos avanços nas negociações com a Ucrânia e acusou o país de usar cidadãos como escudos humanos.
1.300 militares ucranianos mortos no conflito
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que desde o início do conflito já morreram 1.300 militares ucranianos. Por outro lado, adiantou que na última sexta-feira 600 soldados russos renderam-se.
Zelensky disse ainda que Kiev vai continuar a lutar e que a Rússia apenas vai vencer se derrubar a cidade por terra.
Zelensky admite encontro com Putin em Israel
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu hoje que Israel seria um bom local para se encontrar com Vladimir Putin, numa reunião de líderes.
O presidente ucraniano adiantou que nas últimas reuniões entre as equipas de negociação ucranianas e russas, os responsáveis começaram a discutir aspetos concretos, em vez de fazerem trocas de ultimatos. Ainda assim, Zelensky disse que o Ocidente não esteve envolvido o suficiente nas negociações.
Zelensky adiantou que espera que o líder israelita, Naftali Bennett, tenha uma "influência positiva" nas negociações de paz, adiantando que espera que as conversações tenham lugar em Jerusalém.
Rússia avisa que colunas de fornecimento de armas são "alvos legítimos"
Moscovo continua a intensificar os ataques na Ucrânia e avisou que agora conseira as colunas de fornecimento de armas destinadas ao país como "alvos legítimos" para as forças militares russas.
Citado pela Sky News e pela BuzzFeed News, Sergei Ryabkov, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, avisou que a Rússia tornou clara a sua posição aos Estados Unidos.
Ryabkov adiantou que a Rússia avisou os Estados Unidos que enviar armamento para a Ucrânia de vários países, não só é perigoso, como "é uma ação que torna esses comboios alvos legítimos".
Forças russas preparam referendo em Kherson
As forças russas controlaram a cidade de Kherson e estarão a preparar a realização de um "pseudo referendo" na região para criar mais uma nova república separatista.
Antes de invadir a Ucrânia, o Kremlin começou por reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk. Agora quererá fazer o mesmo com Kherson.
Macron e Scholz tentam nova ronda de negociações com Putin
Os líderes francês e alemão, Emmanuel Macron e Olaf Scholz, começaram uma nova ronda de conversações por telefone com Vladimir Putin.
Macron já tinha adiantando na reunião da União Europeia na sexta que ele e o congénero alemão iriam falar com Putin nas horas seguintes.
Zelensky diz que tropas russas sofreram maiores perdas em décadas
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou este sábado, num vídeo à Nação, que 31 grupos táticos de batalhões russos foram rendidos ou incapacitados de combater pelas forças ucranianas.
"As tropas russas estão a sofrer grandes perdas. Podemos mesmo falar no maior golpe para as tropas russas em dezenas de anos", adiantou Zelensky.
No mesmo vídeo, o presidente ucraniano pediu ainda a libertação imediata de Ivan Fedorov, o presidente da câmara da cidade de Melitopol raptado pelos russos.
"Apelamos a todos os líderes mundiais para falarem com Moscovo – França, Alemanha, Israel e outros", pediu.
Ataques russos comprometem corredores humanitários
Os militares russos continuam a atacar as áreas onde a Ucrânia está a tentar evacuar pessoas e trazer ajuda humanitária através dos corredores que estariam abertos durante o dia de hoje, avisam os governadores da região de Kiev e Donetsk.
Apesar da expectativa para conseguir retirar pessoas das áreas mais afetadas pelos ataques, a intensificação dos bombardeamentos e as ameaças de ataques aéreos por parte dos russos estão a ameaçar as tentativas de evacuação, avisam os oficiais ucranianos citados pela agência Reuters.
Esta manhã, a vica-primeira-ministra Iryna Vereshchuk tinha adiantado que o governo planeava utilizar os corredores humanitórios acordados na cidade de Mariupol, assim como nas cidades e aldeias próximas de Kiev, Sumy e outras regiões.
No entanto, tal como já aconteceu noutras ocasiões, o governador de Kiev alertou que não estão criadas condições de segurança para evacuar as pessoas e o governador de Donetsk afirmou que os constantes bombardeamentos complicam as tentativas de enviar ajuda a Mariupol.
A situação em Mariupol está a tornar-se cada vez mais difícil, com pessoas encurraladas na cidade e relatos de lutas por bens essenciais, como comida.
Mesquita com 80 adultos e crianças bombardeada em Mariupol
As forças russas bombardearam uma mesquita na cidade portuária de Mariupol, onde estavam abrigados mais de 80 adultos e crianças, incluindo cidadãos turcos.
A informação foi divulgada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, numa publicação no Twitter, sem terem sido dados mais detalhes do ataque e se há vítimas mortais.
Alemanha vai acolher 2.500 ucranianos provenientes da Moldávia
A Alemanha vai acolher 2.500 refugiados ucranianos que fugiram da Ucrânia para a Moldávia, anunciou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, citada pela Reuters.
Desde a invasão russa à Ucrânia, que entrou no 17.º dia, já fugiram do país 2,5 milhões de pessoas, com os países para onde os ucranianos estão a fugir a começarem a ficar sem capacidade para acomodar tantas pessoas.
Mais de 270.300 pessoas passaram a fronteiro da Ucrânia para a Moldávia, sendo que destas 105 mil ficaram na região.
Rússia reclama destruição de centro de inteligência próximo de Kiev
Os ataques aéreos russos na Ucrânia destruíram hoje uma base militar em Vasilkov, a sudeste de Kiev, e um centro de inteligência em Brovary, a leste da capital ucraniana, segundo o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
"Armas de longo alcance de alta precisão atingiram alvos militares da Ucrânia esta manhã", disse o militar russo, citado pela agência de notícias russa Tass, acrescentando que "um aeródromo militar em Vasilkov e o principal centro de inteligência eletrónica das forças armadas ucranianas em Brovary ficaram fora de serviço".
O porta-voz disse ainda que caças e defesas aéreas das forças aeroespaciais russas derrubaram cinco drones, incluindo dois Bayraktar TB2, e um míssil tático Tochka-U, informando ainda que o avião russo atingiu 145 alvos das forças armadas ucranianas durante as últimas 24 horas numa operação especial na Ucrânia.
A operação, precisou, incluiu três sistemas de mísseis antiaéreos Buk M-1, oito postos de comando e centros de comunicação, cinco depósitos de munições e combustível e 78 grupos de equipamentos militares.
Ataques aéreos russos a terminais de petróleo na região de Kiev
Ataques aéreos do exército russo nas últimas horas incendiaram um terminal de petróleo na cidade de Vasilkiv, na região de Kiev, enquanto outras cidades continuam sem fornecimento de água e eletricidade, de acordo com autoridades locais.
"Um depósito de petróleo está em chamas em Vasilkiv após um ataque aéreo. Na aldeia de Kriachky, o ocupante (russo) disparou contra o depósito de petróleo durante a noite", disse Oleksiy Kuleba, administrador regional de Kiev, na sua conta na rede social Telegram.
De acordo com a agência ucraniana Ukrinform, "anteriormente, um armazém de produtos congelados ardeu na aldeia de Kvitneve, distrito de Brovary, também na região de Kiev, após bombardeio inimigo".
Chernigov, a norte de Kiev, também está sob ataque do exército russo e continua sem abastecimento de água, de eletricidade e de gás, que poderia alimentar os sistemas de aquecimento, anunciou o administrador regional da cidade, Viacheslav Chaus, na sua conta no Facebook.
"O inimigo continua os seus ataques aéreos e com mísseis. Pessoas pacíficas estão a morrer. Ontem [sexta-feira], uma bomba caiu sobre o Hotel Ucrânia. Não há mais hotel, mas a Ucrânia prevalece e continua a sua luta", disse Chaus.
"A nossa missão é garantir que [o Presidente russo Vladimir] Putin, uma criatura doente e pervertida, engula veneno no seu bunker nos Urais", enfatizou.
O responsável confirmou que "agora não há eletricidade em Chernigov e quase não há fornecimento de gás, água e aquecimento".
"Estamos a restaurar os sistemas, mas o inimigo continua a interromper os nossos esforços. Mantemos a compostura e fazemos todo o possível para destruir o inimigo perto de Chernigov", disse, salientando esperar restaurar os serviços durante o dia de hoje.
Ucrânia espera hoje novos corredores para retirar residentes
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, adiantou que espera que vários corredores humanitários sejam abertos este sábado para que milhares de residentes das cidades bombardeadas possam ser retirados, incluindo da cidade de Mariupol e Zaporizhzhia.
"Espero que o dia corra bem, todas as rotas planeadas estejam abertas e a Rússia cumpra as suas obrigações de garantir o regime de cessar-fogo", adiantou Vereshchuk num vídeo, depois das tentativas falhadas esta semana para evacuar cidadãos das áreas mais afetadas pelo conflito.
Já foram mortos pelo menos 1.582 cidadãos na cidade de Mariupol, em resultado dos bombardeamentos russos naquela região, segundo anunciou o concelho da cidade num comunicado emitido esta sexta-feira.
Russos aproximam-se do Centro de Kiev
As tropas russas continuam a intensificar os ataques na Ucrânia. As forças russas estarão apenas a 25 quilómetros do Centro de Kiev, ao mesmo tempo que outras cidades estão a ser rodeadas e sob forte ataque, segundo revelou o ministro da Defesa britânico.
Ao longo da madrugada, as sirenes a avisar as pessoas para se refugiarem em abrigos soaram na maioria das cidades ucranianas, depois do presidente Volodymyr Zelensky ter avisado que se atingiu "um ponto de viragem estratégico".
De acordo com as últimas notícias, durante a madrugada terão ainda sido bombardeados vários reservatórios de combustível junto à capital ucraniana.