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Europa encerra em baixa. Monte dei Paschi mergulha 8%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa encerra em baixa. Monte dei Paschi mergulha 8%
Os principais índices europeus terminaram a sessão no vermelho. À falta de catalisadores no Velho Continente os investidores estão a avaliar as palavras do governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, que afirmou que as taxas de juro poderão ter de voltar a subir.
O índice de referência, Stoxx 600, perdeu 0,09% para 455,85 pontos. A registar as maiores quedas estiveram setores como o imobiliário, o automóvel e as viagens que caíram mais de 1%.
A impedir maiores quedas esteve o setor do retalho e alimentar que subiram acima de 0,57%.
O setor da banca caiu 0,48%, pressionado por um tombo do banco mais antigo do mundo ainda em atividade, o Monte dei Paschi di Siena que mergulhou 7,94%, após o Estado italiano ter informado que vendeu uma participação de 25% no banco por 920 milhões de euros.
Já a biofarmacêutica MorphoSys tombou 21,34%, após ter anunciado que os mais recentes testes de um medicamento para tratar a mielofibrose geraram resultados mistos.
As atenções dos investidores estarão ainda na divulgação das atas da reunião de novembro da Reserva Federal norte-americana que serão conhecidas esta terça-feira.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax encerrou inalterado, o francês CAC-40 recuou 0,24%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 1,32%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,19% e o espanhol IBEX 35 deslizou 0,12%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,12%.
Juros aliviam na Zona Euro ao som de palavras de Lagarde
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram o dia a aliviar, depois de a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter afirmado que as pressões inflacionistas devem continuar a enfraquecer.
Ainda assim, Lagarde avisou que ainda é cedo para declarar vitória na luta contra a inflação e que vai continuar "atenta" até que o caminho para uma inflação de 2% seja mais sólido.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuaram 4,6 pontos base para 2,563%. Por sua vez, os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviaram 5,1 pontos base para 3,180%.
A rendibilidade da dívida espanhola decresceu 4,2 pontos base para 3,555%, os juros da dívida italiana caíram 2,6 pontos base para 4,310% e os juros da dívida francesa recuaram 4,5 pontos base para 3,124%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 1,9 pontos base para 4,100%.
Petróleo recua com investidores à espera de reunião da OPEP+
Os preços do petróleo estão ligeiramente em baixa, com os investidores a permanecerem cautelosos relativamente a um encontro dos países que compõem a Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (OPEP+) este domingo.
A gerar ganhos nas últimas duas sessões esteve a possibilidade de os membros da organização virem a discutir novos cortes no fornecimento devido a uma desaceleração das economias globais. A notícia, avançada pela Reuters, citando fontes conhecedoras do assunto justifica a alteração com a queda de cerca de 20% dos preços do crude desde finais de setembro.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – recua 0,21% para 77,67 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias - cede 0,15% para 82,2 dólares por barril.
"Sem dúvida que a reunião dos ministros da energia dos países da OPEP+ vai ser uma das mais importantes dos últimos tempos, numa altura em que os investidores procuram pistas para perceber se os rumores vão ser acompanhados de ação", indicou à Reuters Tamas Vargas, corretor de petróleo da PVM.
Já a analista Helima Croft da RBC Capital, também à Reuters, estima que "há espaço para o grupo realizar uma maior redução, mas antecipamos que a Arábia Saudita tente que outros membros partilhar o peso dos ajustes" na produção.
O mercado deverá também atentar nos dados dos "stocks" de crude nos Estados Unidos, depois de na semana passada os números terem mostrado um aumento dos inventários, levando o mercado a antecipar um excedente no primeiro trimestre de 2024. Os primeiros dados, do American Petroleum Institute (API), serão conhecidos esta terça-feira.
Iene capitaliza com Fed mais "dovish" e sobe face ao dólar
O dólar está a desvalorizar face às principais divisas rivais, numa altura em que os investidores optam por ativos com maior risco. A "nota verde" está também a ser penalizada pela possibilidade de a Reserva Federal começar a cortar os juros diretores em breve.
O dólar está a registar perdas face ao iene há quatro sessões consecutivas, numa altura em que os investidores se posicionam para a possibilidade de o Banco do Japão poder vir a apertar a política monetária, ao mesmo tempo que a Reserva Federal começa a entrar em terreno mais dovish.
A divisa norte-americana cai 0,49% para 147,67 ienes, tendo chegado a tocar mínimos de meados de setembro esta terça-feira.
"Tem existido muito entusiasmo, e o ânimo está a aumentar, sobre a possibilidade de o Banco do Japão terminar a sua política monetária 'ultra-dovish' possivelmente no próximo ano, pondo fim às taxas de juro diretoras negativas", explicou à Reuters a analista do Rabobank, Jane Foley.
Ouro acima dos 2.000 dólares à espera das atas da Fed
Os preços do ouro estão a valorizar e acima dos 2.000 dólares por onça - um máximo de duas semanas, sustentados por expectativas de que a Reserva Federal possa já ter terminado o ciclo de subida das taxas de juro diretoras.
Os investidores aguardam ainda a divulgação das atas da reunião de novembro da Fed, à procura de pistas sobre quando se poderá iniciar o primeiro corte de juros.
O ouro soma 1,38% para 2.005,4 dólares por onça.
O metal precioso está ainda a beneficiar de uma descida do dólar, com o índice da "nota verde" da Bloomberg em mínimos de agosto, o que torna o ouro menos dispendioso para compradores em moeda estrangeira.
Wall Street faz pausa no "rally". Atas da Fed e resultados da Nvidia centram atenções
Os principais índices em Wall Street estão a negociar ligeiramente em baixa, numa altura em que os investidores avaliam os resultados de algumas retalhistas norte-americanas e o índice de referência mundial, S&P 500, parece ter atingido níveis de "overbought", o que poderá estar a levar a uma correção.
O S&P 500, referência para a região, recua 0,28% para 4.534,44 pontos, o industrial Dow Jones cede 0,24% para 35.066,31 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,52% para 14.210,69 pontos.
Entre os movimentos de mercado, a empresa de retalho Lowe's desce 3,04%, depois de ter reduzido as perspetivas de vendas para o total de 2023. Por sua vez, a Best Buy cai 3,88% após ter falhado as perspetivas em termos de receitas e ter também reduzido o "outlook" para o acumulado do ano. Já a American Eagle mergulha 17,02%, depois de ter revelado um "guidance" para os lucros operacionais abaixo do esperado para 2023.
Esta terça-feira os investidores vão estar focados nos resultados do terceiro trimestre fiscal da Nvidia, a última das "magnificent seven" a apresentar contas.
A fabricante de "chips", que regista a melhor prestação do ano entre os seus pares, sobe 252% desde o início do ano e atingiu ontem máximos históricos, ao valorizar 2,28% para 504,2 dólares. Esta terça-feira a tecnológica cede 0,61% para 501,01 dólares.
"Talvez os resultados da Nvidia sejam 'perfeitos' o suficiente para levar a uma subida ainda maior. Ainda assim, dado que o mercado acionista está em território 'overbought' - face a estar 'oversold' há três semanas - os investidores precisam de permanecer ágeis à medida que chegamos ao fim de novembro e entramos em dezembro", disse à Bloomberg o analista Matt Haley, "chief market strategist" da Miller Tabak+.
Segundo dados do Goldman Sachs, a que a Bloomberg teve acesso, os fundos de investimento nunca estiveram tão investidos em ações nos últimos 22 anos. Estes números pintam um cenário em que o mercado está a voltar a ganhar entusiasmo por ações tecnológicas estáveis e lucrativas, à medida que a economia vai enfraquecendo.
As ações norte-americanas têm "muito mais potencial de alta", dado que se aproximam de patamares técnicos decisivos, escreveu o estratega Stephen Suttmeier do Bank of America.
Os investidores deverão ainda estar atentos às atas da Reserva Federal referentes à reunião de novembro, que serão conhecidas esta terça-feira.
Taxas Euribor sobem a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses permanece, desde 30 de outubro, com um valor inferior ao da taxa a seis meses.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,023%, mais 0,008 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, avançou hoje, para 4,070%, mais 0,012 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
A Euribor a três meses também subiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,973%, mais 0,011 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa arranca mista. Monte dei Paschi cede após venda do Estado italiano
A Europa começou o dia de forma mista, numa altura em que o mercado aguarda pelas atas da Reserva Federal (Fed) norte-americana à procura de sinais sobre o futuro dos juros diretores nos EUA e enquanto digere as mais recentes declarações do governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey.
Também as notícias vindas da China, estão a marcar o sentimento.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 negoceia na linha de água (0,04%) para 456,45 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, retalho e recursos primários lideram os ganhos, enquanto a banca e o setor automóvel comandam as perdas.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt ganha 0,21% e Madrid sobe 0,15%. Já Paris cai 0,2%, Milão cede 0,44%, Amesterdão desvaloriza 0,27% e Londres recua 0,29%. Por cá, a bolsa de Lisboa desliza 0,26%.
Destaque para as notícias positivas vindas da China, com os reguladores do país a elaborar uma lista de 50 entidades do setor imobiliário que podem receber financiamento.
Os investidores aguardam a divulgação das atas da Fed, referentes à última reunião do banco central, que manteve a taxa dos fundos federais inalterada entre 5,25% e 5,5%.
Ainda no campo da política monetária, no Reino Unido, o governador da autoridade monetária, Andrew Bailey foi "bastante claro", segundo as palavras do próprio, ao afirmar "que é muito cedo para falar de corte de juros" diretores.
O mercado está atento às ações do Monte dei Paschi di Siena, que caem 5,79%, depois de o Estado italiano ter vendido esta segunda-feira uma participação de 25% no banco por 920 milhões de euros.
A MorphoSys tomba 28,17%, após ter anunciado que os mais recentes testes sobre um medicamento geraram resultados mistos.
Já a Sonova soma 6,59%, depois de ter reportado resultados.
Juros aliviam entre bancos centrais e dívida dos EUA
Os juros aliviam na Zona Euro, numa altura em que o mercado da dívida respira de alívio, após a mais recente emissão de obrigações nos EUA. Os investidores mantêm-se ainda atentos à política monetária, à espera das atas da Fed e a digerir o mais recentes aviso dado pelo governador do Banco de Inglaterra (BoE).
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – alivia 2,8 pontos base para 2,581%, renovando mínimos do início de setembro.
Os juros da dívida portuguesa, cuja maturidade termina em 2033, subtraem 3,7 pontos base para 3,194%, tendo caído para mínimos de mais de dois meses e meio.
A rendibilidade dos títulos espanhóis a 10 anos recua 3,1 pontos base para 3,566%.
A "yield" da dívida italiana com a mesma maturidade cai 3,8 pontos base para 4,297%.
Os investidores aguardam a divulgação das atas da Fed, referentes à última reunião do banco central, que manteve a taxa dos fundos federais inalterada entre 5,25% e 5,5%.
Ainda no campo da política monetária, no Reino Unido, o governador da autoridade monetária, Andrew Bailey foi "bastante claro", segundo as palavras do próprio, ao afirmar "que é muito cedo para falar de corte de juros" diretores.
O mercado respira ainda de alívio, depois de a mais recente emissão de dívida a 20 anos nos EUA ter dizimado as preocupações sobre a procura pelas "treasuries".
Dólar perde força, à medida que apetite pelo risco cresce
O dólar cede muito ligeiramente face à moeda única (-0,06%) para 0,9132 euros.
Num leque mais alargado, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – recua 0,20% para 103,235 pontos, registando uma quarta queda diária, numa altura em que à medida que o apetite pelo risco cresce acaba por ofuscar o "green cash", enquanto ativo-refúgio.
Segundo "traders" do mercado asiático, citados pela Bloomberg, o dólar foi vendido durante a sessão por várias moedas.
O dólar australiano cresce 0,24% para 0,6578 dólar norte-americanos, depois de terem sido publicadas as atas da Reserva Federal Australiana referentes à última reunião de política monetária, que apontam para mais aumentos dos juros diretores.
Investidores respiram de alívio após emissão de dívida nos EUA. Ouro brilha
O ouro soma ganhos, depois de uma queda ligeira na sessão anterior, à medida que os investidores centram atenções no mercado de dívida, depois de a mais recente emissão a longo prazo do Tesouro norte-americano ter atraído uma procura robusta.
O metal amarelo valoriza assim 0,76% para 1.993,07 euros. Já o paládio negoceia na linha de água, enquanto a platina e a prata estão em queda.
Os juros da dívida os EUA aliviaram, depois de os EUA terem emitido dívida a 20 anos com forte procura, dizimando as preocupações sobre este assunto. Ora, a queda das "yields" tende a impulsionar o ouro, já que este não remunera em juros.
Por outro lado, os ganhos estão a ser limitados pelas mais recentes notícias relativas ao conflito no Médio Oriente. Esta segunda-feira, o presidente norte-americano Joe Biden afirmou que o Hamas e Israel estão a fechar um acordo para libertar reféns, o que está a reduzir o prémio de risco do ouro (enquanto ativo-refúgio), face a outras classes de ativos.
Petróleo põe fim a dois dias de ganhos
O petróleo pôs fim a dois dias de ganhos e segue a desvalorizar, numa altura em que já rufam os tambores para a reunião da Organização dos Países Exportadores e Aliados (OPEP+).
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – recua 0,62% para 77,35 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias - desvaloriza 0,60% para 81,83 dólares por barril.
No mercado de derivados, as opções sobre o WTI incorporam a hipótese de a OPEP+ restringir a produção de petróleo, na reunião agendada para o próximo dia 26 de novembro, de forma a fazer frente às mais recentes quedas do crude.
Também os analistas da RBC Capital partilham da mesma opinião deste mercado. "Vemos alguma margem para que a OPEP+ faça um corte mais profundo", afirmam numa nota de "research", citada pela Bloomberg.
Ásia fecha em alta com setores imobiliário e tecnológico em festa. Europa mira o verde
A Ásia fechou mista, com as ações tecnológicas a beneficiar do otimismo que se fez sentir no encerramento de Wall Street, onde Microsoft e Nvidia brilharam, ao atingir máximos históricos.
Na China, Hong Kong subiu 1% e Xangai valorizou 0,5%. No Japão o Topix perdeu 0,2% enquanto o Nikkei desvalorizou 0,10%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 0,77%.
Além do setor tecnológico, também as ações do imobiliário estiveram em alta, tendo o setor subido 7,6%, após a notícia que dá conta que os reguladores estão a elaborar uma lista de 50 entidades do setor que podem receber financiamento.
Na Europa, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 apontam para um arranque de sessão em terreno positivo, ao valorizarem 0,2%.