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Europa fecha primeira sessão do ano no verde. Investidores atentos a incertezas políticas e económicas
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Europa fecha primeira sessão do ano no verde. Investidores atentos a incertezas políticas e económicas
Os principais índices europeus fecharam a primeira sessão do ano com ganhos. Durante esta quinta-feira, o setor da energia valorizou com o aumento dos preços do gás. A atenção dos investidores centra-se agora nas perspectivas de crescimento económico da China e na política comercial dos Estados Unidos da América (EUA) após a tomada de posse de Donald Trump, no dia 20 de janeiro.
O índice Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – avançou 0,60%, para os 510,67 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valorizou 0,58%, o holandês AEX registou ganhos de 0,97%, o francês CAC-40 subiu 0,18%, o espanhol IBEX 35 ganhou 0,71% e o italiano FTSEMIB avançou 0,55%.
Entre os setores, o do petróleo e gás registou o maior ganho, ao subir 2,35% depois de a gigante estatal russa Gazprom ter cortado o fornecimento de gás à Europa através da Ucrânia. Devido à importância dos fluxos russos para várias nações da Europa Central, os investidores avaliam agora se a interrupção irá desencadear quedas mais acentuadas dos "stocks" de gás natural europeu, o que poderá pressionar ainda mais os preços da matéria-prima.
Já os setores automóvel e de artigos de luxo tiveram um desempenho inferior, depois de se terem conhecido dados que mostraram que a atividade industrial da China abrandou no mês passado. Também a banca recuou, descendo 0,32%.
Quanto aos movimentos de mercado, a TotalEnergies, grupo empresarial do setor energético com sede em Paris, ganhou 2,19% no fecho da sessão desta quinta-feira.
No Velho Continente, as atenções centram-se agora em fatores de risco como as próximas eleições alemãs e a possibilidade de um aumento das tarifas comerciais por parte dos EUA, após a tomada de posse do presidente eleito Donald Trump.
Juros das dívidas soberanas na Zona Euro registam agravamentos. Portugal é exceção
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta quinta-feira, à exceção de Portugal, num dia marcado pela valorização generalizada dos principais índices do Velho Continente.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, fugiram à norma e aliviaram 0,1 pontos base, para 2,835%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 1,3 pontos, para 3,067%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu em 3,8 pontos base, para 3,230%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 1,2 pontos, para 2,374%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, subiram 3,1 pontos base para 4,593%.
Euro e libra recuam com crescentes preocupações quanto à saúde económica
O euro segue a cair para o nível mais baixo em relação ao dólar em mais de dois anos e a libra desce para um mínimo de oito meses, num contexto de preocupações crescentes face à saúde da economia europeia.
A moeda única recua 0,72%, para os 1,028 dólares. Já a libra perde 1,13%, para os 1,238 dólares.
Receios de que as economias do bloco sejam atingidas pelas tarifas comerciais norte-americanas prometidas por Donald Trump e expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) corte as taxas de juro de forma mais agressiva do que a Reserva Federal (Fed) norte-americana seguem a pressionar o euro. Assim como uma maior instabilidade política no Velho Continente.
Quanto à libra, o principal obstáculo tem sido o fraco crescimento do Reino Unido, que reforçou o argumento a favor de cortes mais profundos nas taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra (BoE). O Produto Interno Bruto (PIB) britânico manteve-se estável no terceiro trimestre de 2024 e o BoE prevê que não se registe qualquer crescimento no quarto trimestre, de acordo com a Bloomberg.
"O fraco crescimento é (...) comum à Alemanha, à França e ao Reino Unido, com este último país a sofrer um aumento dos receios de recessão devido à fraca evolução do PIB do Reino Unido no final de 2024", afirmou Jane Foley, diretora de estratégia cambial do Rabobank à Bloomberg.
Do lado de lá do Atlântico, o dólar continua a ganhar terreno. O índice do dólar – que mede a força da "nota verde" face às principais rivais – sobe 0,58% para os 109,111 pontos.
Face ao iene, o dólar ganha 0,09%, para os 157,380 ienes.
Ouro ganha com crescente incerteza face a 2025
O ouro segue a ganhar terreno esta quinta-feira, impulsionado, sobretudo, pela procura enquanto ativo refúgio. Isto antes de a Reserva Federal (Fed) norte-americana apresentar as perspetivas de política monetária e com o aproximar da tomada de posse de Donald Trump enquanto 47º presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
O metal amarelo avança 1,17%, para os 2.655,150 dólares por onça.
Os investidores aguardam agora pelos dados referentes ao emprego nos EUA, divulgados durante os próximos dias, e pelas atas da reunião de dezembro da Fed para avaliar as perspetivas de política monetária para 2025, fatores que irão surtir efeito nos preços do ouro.
"Correções ou consolidações no início do ano podem preparar o terreno para uma nova alta", disse à Reuters Fawad Razaqzada, analista de mercado da Forex.com. O especialista acrescentou ainda que é viável que durante este ano o ouro atinja os 3.000 dólares por onça.
Em 2024, os cortes nas taxas diretoras, compras por parte de bancos centrais e tensões geopolíticas levaram o ouro a níveis recordes com um ganho anual de mais de 27%, o melhor desempenho do metal amarelo desde 2010.
A entrada em cena de Trump, a 20 de janeiro, continua a aumentar a incerteza, nomeadamente no que toca às propostas de tarifas e políticas protecionistas, que poderão surtir um efeito inflacionista, potencialmente desencadeando guerras comerciais.
"O desenrolar das ‘Trump Trades’ - um fenómeno caracterizado por um dólar americano forte e mercados acionistas robustos - poderá enfraquecer o dólar e reforçar os preços do ouro", referiu Fawad Razaqzada à Reuters.
Preços do petróleo avançam com promessas de crescimento na China
Os preços do petróleo registam avanços com a entrada em 2025, suportados por um crescente otimismo em relação à economia chinesa - a maior importadora mundial de crude - depois de Xi Jinping, presidente do país asiático, ter prometido promover o crescimento.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 2,34% para os 73,40 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 2,24% para os 76,31 dólares por barril.
No seu discurso de Ano Novo, Xi Jinping disse que a China iria implementar políticas mais proativas para promover o crescimento em 2025.
A atividade fabril do país cresceu em dezembro, revelou na quinta-feira um inquérito levado a cabo pela Caixin e a S&P Global, mas a um ritmo mais lento do que o esperado. Em pano de fundo estão preocupações sobre a forma como as tarifas propostas pelo presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, irão afetar as perspetivas comerciais.
Apesar de a atividade industrial ter estagnado em dezembro na China, os serviços e a construção tiveram um melhor desempenho, com dados a sugerirem que as políticas de estímulo económico estarão já a chegar a alguns setores.
Ainda assim, dados económicos mais fracos por parte da China são vistos por alguns analistas como positivos para os preços do petróleo, porque poderiam levar Pequim a acelerar o seu programa de estímulos.
Com a entrada no novo ano, os investidores seguem a ponderar o aumento das tensões geopolíticas e a entrada em cena de Donald Trump.
Os preços do crude deverão rondar os cerca de 70 dólares por barril em 2025, com a fraca procura chinesa e o aumento da oferta mundial a contrastar com os esforços da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) para dar apoio ao mercado, segundo uma sondagem da Reuters.
Na Europa, a Rússia suspendeu as exportações por gasoduto para a União Europeia (UE) através da Ucrânia, depois de o acordo de trânsito entre o bloco e a Federação Russa ter expirado a 31 de dezembro.
Wall Street entra em 2025 com o pé direito
Os principais índices do lado de lá do Atlântico entraram em 2025 com o pé direito. Na primeira sessão do ano, Wall Street negoceia no verde com os investidores de olhos postos num novo cenário político e em mais cortes nas taxas diretoras durante este ano, fatores que prometem influenciar o desempenho das empresas e da maior economia mundial.
O S&P 500 avança 0,49% para 5.910,37 pontos. O Nasdaq Composite valoriza 0,33% para 19.374,08 pontos, enquanto o Dow Jones sobe 0,65% para 42.821,14 pontos.
A flexibilização da política monetária por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana pela primeira vez desde 2020, o entusiasmo dos investidores em torno da inteligência artificial e a eleição de Donald Trump ajudaram os índices norte-americanos a registrar ganhos em 2024. O "benchmark" S&P 500 chegou mesmo a registar a sua melhor "corrida" em dois anos consecutivos desde 1997-1998.
De acordo com a Reuters, alguns investidores esperam que o S&P 500 atinja níveis entre os 6.000 e 7.000 pontos este ano, acima do fecho da passada terça-feira nos 5.881 pontos.
Com a inflação ainda acima do objetivo de 2%, os investidores preveem que a Fed mantenha as taxas de juro inalteradas na reunião do final deste mês. Até ao final do ano, apontam para que as taxas diretoras sejam reduzidas em cerca de 50 pontos base, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, citada pela Reuters.
Já a probabilidade de a nova administração norte-americana liderada por Donald Trump – que toma posse a 20 de janeiro – emitir mais dívida para financiar as suas políticas, pode vir a agravar a volatilidade do mercado.
"Os investidores têm esperança de que um cenário ‘goldilocks’ seja a história de 2025, com promessas de impostos mais baixos e desregulamentação sob uma segunda presidência de Trump", disse à Reuters Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown.
"Mas com novas guerras comerciais à espreita, se as piores ameaças tarifárias [feitas por Trump] forem impostas, os ‘ursos’ podem estar de volta para atrapalhar o que tem sido um desempenho de conto de fadas para o mercado de ações norte-americano".
Entre os primeiros dados revelados em 2025, um relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos da América (EUA) mostrou que o número de novos pedidos de subsídio de desemprego se fixou nos 211.000 na semana passada, abaixo das estimativas de 222.000, segundo economistas consultados pela Reuters.
Entre os movimentos de mercado, a Tesla afunda mais de 6% depois de ter visto o seu volume de vendas baixar no conjunto de 2024.
Entre as "big tech", a Apple perde 1,94% e a Alphabet cai 0,20%. Por outro lado, a Meta valoriza 0,46%, a Nvidia cresce 0,44%, a Microsoft ganha 0,47% e a Amazon sobe 0,80%.
Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,736%, continuou acima da taxa a seis meses (2,562%) e da taxa a 12 meses (2,448%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro do ano passado a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, desceu hoje para 2,562%, menos 0,006 pontos que na terça-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou hoje, para 2,448%, menos 0,012 pontos do que na terça-feira.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 2,736%, mais 0,022 pontos do que na sessão anterior.
Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.
A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).
Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
* Lusa
Atividade industrial em queda leva Europa a negociar no vermelho
As bolsas europeias até arrancaram a primeira sessão do ano em alta, mas rapidamente inverteram a tendência e encontram-se, agora, a negociar no vermelho. Só Frankfurt consegue permanecer à tona, embora com ganhos muito ligeiros.
Este movimento acontece depois de se ter conhecido a evolução dos índices PMI relativos a dezembro, que apontam para uma atividade industrial em grande queda. No mês passado, o PMI da Zona Euro caiu para 45,1 pontos – cada vez mais longe da marca dos 50 pontos que separa uma economia em crescimento de uma em contração.
O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, cai, a esta hora, 0,12% para 507,01 pontos, com o setor automóvel e o bancário a serem os que registam o pior desempenho esta manhã. Já o setor energético é o que mais cresce, impulsionado por um aumento dos preços do gás natural europeu, que atingiram máximos de mais de um ano, depois de a Rússia ter interrompido o fornecimento desta matéria-prima à Europa.
As principais praças europeias estão ainda a ser pressionadas por uma queda da atividade industrial na China. As ações de luxo, largamente expostas a este mercado, estão em queda, com a LVMH – dona de marcas como a Louis Vuitton – e a Hermès a perderem mais de 2%.
O principal índice europeu terminou 2024 com ganhos modestos de 6%, muito abaixo do seu congénere norte-americano, o S&P 500, que valorizou mais de 24%. No entanto, a combinação de um euro em queda e juros da dívida relativamente baixos na Europa devem dar algum impulso as ações da região, como afirma Ulrich Urbahn, da Berenberg, à Bloomberg. "Esta é uma oportunidade tática até às eleições na Alemanha", explica.
Entre as principais praças da Europa Ocidental, Madrid cai 0,57%, Paris recua 0,88%, Londres cede 0,05%, Amesterdão desvaloriza 0,12% e Milão perde 0,42%. Por sua vez, Frankfurt avança 0,06%.
Juros aliviam na Zona Euro. Portugal regista a maior queda
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão maioritariamente a aliviar esta quinta-feira, numa altura em que os investidores avaliam o impacto do corte de fornecimento de gás natural por parte da Rússia e uma série de dados económicos no bloco de países.
As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, cedem 0,7 pontos base para 2,355%, enquanto os juros da dívida francesa avançam 0,1 pontos base para 3,192%.
Por cá, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos regista a maior queda entre os seus pares ao recuar 1,2 pontos base para 2,824%. No país vizinho, os juros da dívida espanhola registam um decréscimo de 0,7 pontos base até aos 3,046%, enquanto as "yields" das obrigações italianas descem 0,6 pontos para 3,514%.
Fora do bloco europeu, os juros das "Gilts" britânicas agravam-se em 1,3 pontos base para 4,575%.
Dólar arranca 2025 em queda, após ano de ouro
O dólar arrancou a primeira sessão de 2025 a enfraquecer face a uma boa parte das suas principais concorrentes, depois de um ano de grandes valorizações. Os investidores encontram-se a avaliar os impactos que as políticas de Donald Trump podem vir a ter sobre a economia norte-americana, com o republicano a tomar posse a 20 de janeiro.
A esta hora, o euro regista um avanço modesto face à "nota verde", ao crescer 0,08% para 1,0360 dólares. Em 2024, a moeda comum europeia perdeu mais de 6% do seu valor, pressionada pelo fosso entre as taxas de juro da Zona Euro e as norte-americanas e também pelo clima de instabilidade política na Alemanha e na França.
O índice do dólar, que mede a força da moeda face às suas principais rivais, cai 0,2% para 108,32 pontos, permanecendo perto de máximos de dois anos que alcançou na terça-feira. Em 2024, o índice cresceu mais de 7%.
"O dólar deve continuar a crescer este ano, impulsionado por taxas de juro que continuam elevadas, o excecionalismo dos EUA e também por ser um ativo-refúgio", afirma Charu Chanana, estratega de investimento do Saxo Bank, à Reuters.
Já o iene está a recuperar de mínimos de cinco meses que atingiu na terça-feira, numa altura em que o Banco do Japão continua hesitante em aumentar as taxas de juro do país. Em 2024, a moeda nipónica caiu mais de 10%, marcando o quarto ano consecutivo em queda. O dólar recua, a esta hora, 0,27% para 156.82 ienes.
Ouro avança após maior ganho anual desde 2010
O preço do ouro avança na primeira sessão de 2025 com os investidores a avaliarem as perspetivas de um ritmo mais lento de alívio da política monetária por parte da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos este ano.
Após ter acumulado uma valorização de 27% no ano passado, a maior desde 2010, o metal amarelo entra no novo ano a valorizar.
O preço do ouro sobe 0,53% para os 2.638,38 dólares por onça.
"Apesar do tom cauteloso da Fed, as compras sustentadas pelos bancos centrais e as incertezas geopolíticas deverão manter o ouro como o ativo refúgio preferencial", defende Kaynat Chainwala, analista da Kotak Securities, numa nota citada pela Bloomberg.
Além do ouro, os restantes metais preciosos também valorizam no arranque do novo ano. A prata sobe 1,53%, para 29,69 dólares por onça, enquanto a platina ganha 0,22%, negociando nos 909,57 dólares por onça.
Gás natural europeu atinge máximos de mais de um ano com corte russo
Os preços do gás natural europeu alcançaram máximos de outubro de 2023 esta quinta-feira, depois de a gigante estatal russa Gazprom ter cortado o fornecimento de gás à Europa através da Ucrânia.
Sem uma das suas fontes de abastecimento mais importante, os preços do gás natural chegaram a disparar 4,3% para 51 euros por megawatt hora. Os fluxos russos são uma importante fonte de abastecimento para várias nações da Europa Central. Os investidores avaliam agora se a interrupção irá desencadear quedas mais acentuadas dos "stocks" de gás natural europeu.
Desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a UE reduziu a sua exposição ao gás russo, mas, segundo Christoph Halser, analista da Rystad Energy, este recurso terá representado 14% do seu consumo total em 2024, contra 12% no ano anterior.
Por sua vez, os preços do petróleo estão também a negociar em alta, embora com ganhos muito menos avultados. Isto numa altura em que os inventários de crude nos EUA continuam em queda.
A esta hora, o barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em fevereiro, avança 0,38%, para os 74,92 dólares. Já os contratos de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, crescem 0,35%, até aos 71,97 dólares por barril.
Um relatório da American Petroleum Institute (API) apontou para uma redução dos "stocks" de crude nos EUA em 1,4 milhões na semana passada. Os números oficiais vão ser conhecidos esta quinta-feira, mas caso se confirme os dados da API, será a sexta semana em que os inventários desta matéria-prima caem na maior economia do mundo.
Ásia divide-se entre ganhos e perdas. Europa prepara-se para arrancar ano no verde
As bolsas europeias preparam-se para arrancar o ano com o pé direito, com a negociação de futuros a apontar para uma abertura no verde. Já pela Ásia, o dia foi maioritariamente de perdas, com a China a encabeçar as quedas.
Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 2,2%, enquanto o Shanghai Composite encerrou a sessão a desvalorizar 2,7%. As quedas avultadas explicam-se pelas preocupações com a vitalidade da segunda maior economia do mundo, com novos dados a apontarem para uma desaceleração económica. Mesmo assim, o Presidente chinês, Xi Jinping, acredita que o PIB do país deve ter crescido perto dos 5% em 2024 – cumprindo a meta anual definida pelas autoridades.
O sul-coreano Kospi terminou a sessão praticamente inalterado, pendendo para território negativo com perdas de 0,02%, depois de o governador do banco central do país ter afirmado que a política monetária vai ser "gerida com flexibilidade e agilidade", dado o "aumento sem precedentes das incertezas políticas e económicas".
As bolsas japonesas estiveram encerradas esta quinta-feira. Por sua vez, o australiano S&P/ASX 200 contrariou a tendência dos seus congéneres asiáticos e terminou a sessão a valorizar 0,52%.