Juros portugueses agravam mas EUA aliviam na semana

Os juros a dez anos da dívida de Portugal agravaram 4,4 pontos base para os 0,274% na sessão, ascendendo a máximos de 9 de março. Esta torna-se, desta forma, a segunda semana consecutiva de agravamento para a remuneração da dívida nacional.

A Alemanha, que serve de referência no continente europeu no que toca ao mercado de obrigações, viu as bunds agravarem 3,2 pontos base para os -0,304%, e conta igualmente a segunda semana de ganhos.

As yields do Tesouro dos Estados Unidos, que ganharam palco nos últimos tempos dado o rally de que forram protagonistas, subiram esta sessão 2,4 pontos base para os 1,645%, mas acabaram por fechar a semana com um saldo negativo de 7,9 pontos base.

Petróleo perde fôlego no final da semana

Os preços do petróleo caíram na sessão europeia desta sexta-feira, apesar de as quedas estarem a ser suportadas pelo aumento da procura pela matéria-prima na Índia. 

O Brent - que serve de referência para Portugal - caiu 0,54% para os 62,85 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) deslizou 0,57% para os 59,27 dólares por barril.

Ações europeias fecham com timidez a sexta semana positiva

O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, terminou a sessão a valorizar uns muito ligeiros 0,08 para os 437,23 pontos. No cômputo dos últimos cinco dias, o saldo é igualmente positivo, contando-se o sexto ciclo semanal no verde para este índice. No conjunto da semana, a valorização foi de 1,16%, na mesma ordem do verificado na semana anterior. Esta sequência de seis semanas no verde é a mais longa dos últimos 17 meses.

A sequência de subidas deixa o agregador muito perto do máximo de sempre que atingiu a 31 de março. O retalho e a indústria foram os setores que mais puxaram pelo desempenho do Stoxx 600, que foi contrariado pelo setor do petróleo e gás e pelo das telecomunicações.

As principais praças europeias dividiram-se entre o verde e o vermelho, com Lisboa, Madrid, Londes e Milão a caírem em terreno negativo, enquanto Frankfurt, Paris e Atenas se aguentaram nos ganhos.

A catapultar as ações europeias estão as expectativas quanto à época de resultados que se aproxima, assim como a tendência de beneficiar as ações cíclicas e baratas que dominam o mercado europeu, explica a Bloomberg.

Ouro perde, mas regista vitória semanal

O ouro, que é visto como um ativo de refúgio cuja procura tende a aumentar com turbulência no mercado de ações, está hoje a perder fôlego, mas não impede que o metal precioso registe um ganho no acumular da semana, à boleia do otimismo na recuperação económica. 

O metal precioso está hoje a perder 0,67% para os 1.744,18 dólares por onça, mas ainda assim consegue um ganho de mais de 1% no acumular da semana, motivado pelas minutas da Reserva Federal dos Estados Unidos, bem como pelos comentários do seu presidente, Jerome Powell, que mostraram confiança numa recuperação económica. 

Euro perde força para o dólar, mas consegue primeiro ganho semanal em quatro

Após três semanas consecutivas a perder fôlego frente ao dólar, a moeda única da União Europeia (UE) conseguiu valorizar no acumular da semana mais de 1% face ao rival norte-americano.

Ainda assim, hoje o euro perdeu 0,15% para os 1,1895 dólares, regressando àquela que tem vindo a ser a tendência desde o início deste ano.

A libra esterlina recuou também 0,03% para os 1,3731 dólares. 

Wall Street abre sem tendência definida de olhos postos nos resultados da próxima semana

Os três maiores índices dos Estados Unidos estão a negociar de forma mista na sessão desta sexta-feira, aliviando das recentes subidas que levaram o S&P 500 a registar um novo máximo históricos nos últimos dias. 

Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,32% para os 33.606,95 pontos e o S&P 500 avança 0,07% para os 4.100,09 pontos.

O único que regista uma queda é o tecnológico Nasdaq Composite, que recua 0,41% para os 13.770,07 pontos. 

Depois de dados sobre o emprego e os serviços positivos, os investidores estarão a olhar já para a temporada de resultados que irá começar na próxima semana em Wall Street, com as empresas a apresentarem os números referentes aos primeiros três meses do ano. 

Os analistas esperam uma subida homóloga de 25% nos lucros das empresas, de acordo com a Reuters, o que poderá representar o melhor primeiro trimestre desde 2018. 

Os primeiros a dar o pontapé de saída serão os bancos, entre os quais Bank of America, Citigroup e o JPMorgan Chase - todos eles a valorizarem cerca de 1% nesta manhã em Wall Street.

Bolsas a caminho da sexta semana de ganhos

As bolsas europeias estão a negociar em queda na última sessão da semana, aliviando dos ganhos recentes que conduziram a novos máximos históricos. Apesar da descida, as ações preparam-se para completar a sexta semana consecutiva de ganhos, a mais longa série de subidas semanais desde novembro de 2019.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,07% para 436,51 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas do setor das telecomunicações.

As ações europeias recuperaram fortemente em 2021, num raro caso de desempenho superior ao dos mercados dos EUA. Os investidores voltaram-se para ações baratas e cíclicas que dominam o mercado de ações da região, apostando numa recuperação económica global suportada pelas vacinas e pelos estímulos monetários e orçamentais. O Stoxx 600 subiu esta semana acima do recorde anterior estabelecido antes da pandemia e acumula já um ganho de 9% este ano.

Por cá, o PSI-20 cai 0,35% para 5.011,93 pontos, penalizado sobretudo pela EDP e pela Galp.  

Juros da dívida em alta na Zona Euro

Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a subir 2,9 pontos base para 0,256%, acompanhando a tendência de agravamento que se estende à generalidade dos países do euro. Em Espanha, a subida é de 2,6 pontos para 0,357% e na Alemanha de 2,4 pontos para -0,313%.

Ouro com primeira semana de ganhos em três

O ouro está a negociar com sinal negativo, mas prepara-se para completar a primeira semana de ganhos em três, com os investidores a digerirem os últimos sinais dados pela Fed.  

Num painel do Fundo Monetário Internacional na quinta-feira, Powell apontou para uma recuperação incompleta, prometeu pôr os EUA de volta no caminho de uma "grande economia" e minimizou o risco de a inflação ficar fora de controlo com o retrocesso da pandemia.

Os comentários chegaram depois da divulgação das atas da última reunião da Fed, que mostraram que os responsáveis estavam alinhados na necessidade de ver mais progresso na recuperação antes de reduzir sua massiva programa de compra de títulos.

Nesta altura, o ouro cai 0,52% para 1.746,88 dólares.

Dólar sobe após comentários da Fed

O dólar dos Estados Unidos está em alta ligeira, depois de Jerome Powell, presidente da Fed, ter assegurado ontem que o país vai voltar ao caminho de "uma grande economia" e ter reafirmado que as pressões inflacionistas serão temporárias, estando relacionadas com as perspetivas mais positivas para a recuperação económica.

O índice que mede o desempenho da divisa dos Estados Unidos face às principais congéneres está a somar 0,18% enquanto o euro desce 0,14% para 1,1896 dólares.

Petróleo completa quarta semana de perdas em cinco

O petróleo está em queda ligeira esta sexta-feira, dia em que deverá completar a quarta semana de quedas em cinco, numa altura em que a subida de novos casos de covid-19 em algumas geografias, como a Índia, gera preocupações quanto à evolução da procura por esta matéria-prima.

Em Londres, o Brent cai 0,49% para 62,88 dólares, enquanto em Nova Iorque o WTI recua 0,44% para 59,35 dólares.

Apesar da aceleração na distribuição de vacinas, a nível mundial, a Índia assiste a um aumento dos casos, o Japão viu-se obrigado a impor novas medidas para travar os contágios, assim como algumas regiões do Canadá, que avançaram com novas medidas de restrição.

"As preocupações com o ressurgimento do vírus em diferentes partes do globo colocarão uma pressão negativa sobre os preços", disse Kim Kwangrae, analista de commodities da Samsung Futures, em declarações à Bloomberg.

Bolsas tímidas após novos recordes

Os futuros das ações da Europa e Estados Unidos estão com variações pouco acentuadas, oscilando entre ganhos e perdas depois dos novos máximos históricos alcançados na sessão de ontem. Os futuros do Euro Stoxx 50 sobem 0,1%, enquanto os do S&P 500 estão inalterados.

Na sessão asiática, a tónica foi negativa, depois de terem sido revelados dados da inflação na China que mostram que o crescimento de preços está a acelerar. O chinês Shanghai Composite desceu 1,1%, o Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,3%, e o sul-coreano Kospi deslizou 0,4%.

Os investidores estão assim a refletir esta crescente pressão dos preços, após as garantias de uma recuperação sem subida da inflação dadas pelo presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell.

O responsável do banco central assegurou que a autoridade reagirá se as expectativas de inflação começarem a "mover-se de forma relevante e persistente" acima dos níveis toleráveis.

Segundo a presidente da Fed de São Francisco, Mary Daly, as perspetivas dos EUA melhoraram muito, ainda que subsistam riscos de possíveis contratempos na economia global, na medida em que a distribuição da vacina "não foi tão robusta em muitos países" como seria de esperar.