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Abertura dos mercados: Mercado em "stand-by" à espera de Yellen

As bolsas europeias estão pouco alteradas, tal como o petróleo, que negoceia sem uma tendência definida, numa altura em que todos os olhos estão postos em Jackson Hole, à espera de Janet Yellen.

Reuters
26 de Agosto de 2016 às 08:32
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,04% para 4.675,52 pontos

Stoxx 600 perde 0,19% para 341,38 pontos

Nikkei desvalorizou 1,18% para 16.360,71 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,0 ponto base para 2,993%

Euro sobe 0,04% para 1,1289 dólares

Petróleo em Londres desce 0,16% para 49,59 dólares o barril

Bolsas europeias pouco alteradas à espera de Yellen

As bolsas europeias estão a negociar em queda muito ligeira esta sexta-feira, 26 de Agosto, numa altura em que todos os olhos estão postos em Jackson Hole, no estado norte-americano do Wyoming. É lá que está a decorrer o maior encontro anual de política económica do mundo, que junta banqueiros centrais e alguns dos maiores nomes da Economia e das Finanças.

O momento mais aguardado desse encontro acontece hoje: é o discurso da presidente da Reserva Federal norte-americana, Janet Yellen, que vai ser acompanhado de perto pelos investidores.

Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,04% para 4.675,52 pontos, penalizado sobretudo pela Jerónimo Martins e pela Galp Energia. A retalhista cai 0,27% para 14,52 euros enquanto a petrolífera desce 0,31% para 13,05 euros.

Juros em alta ligeira na Europa

Os juros da dívida pública portuguesa estão em alta muito ligeira nesta última sessão da semana, acompanhando a tendência que se estende à generalidade dos países do euro. A yield associada às obrigações a dez anos sobe 1,0 ponto base para 2,993%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, o agravamento é de 0,6 pontos para 0,927%. 


Dólar cai pela segunda sessão

O índice que mede a evolução do dólar face às principais divisas mundiais está a desvalorizar pela segunda sessão consecutiva, depois de o presidente da Fed de Dallas, Robert Kaplan, ter dito que os juros só devem subir de forma gradual por causa do impacto da moeda em todo o mundo.

Este índice desvaloriza 0,15% depois de ter perdido 0,01% na sessão de ontem.  

Petróleo sem tendência definida

Depois de ter valorizado mais de 1% na sessão de quinta-feira, o petróleo segue sem tendência definida nos mercados internacionais. A matéria-prima foi impulsionada pelas declarações do ministro da Energia da Arábia Saudita, que admitiu que a estabilização da produção seria benéfica para o mercado, e pela informação de que o Irão vai participar em negociações informais no próximo mês.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,08% para 47,37 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, cai 0,16% para 49,59 dólares.

Ouro recupera de mínimos de um mês

O metal precioso está a negociar em terreno positivo esta sexta-feira, contrariando a evolução da moeda norte-americana, numa altura em que o mercado aguarda pelo discurso da presidente da Reserva Federal, Janet Yellen.

O ouro sobe 0,2% para 1.324,61 dólares por onça, depois de ter atingido ontem o valor mais baixo desde 27 de Julho. A prata sobe 0,44% para 18,6321 dólares.  


Destaques do dia
 
Jackson Hole à espera que Yellen abra o jogo. Janet Yellen vai até ao vale do Wyoming e, consigo, leva a atenção de todo o mundo. Os investidores aguardam por indicações sobre a subida dos juros, mas o tema poderá passar despercebido. O certo é que a pressão está a aumentar no seio do banco central.

Qual a importância do Simpósio do Wyoming? Tem banqueiros centrais, economistas de renome e dezenas de jornalistas. Estes são os ingredientes que fazem da pequena região de Jackson Hole, uma vez por ano, o centro de todas as atenções. 

Portugal volta ao radar, pelas piores razões. Relatórios de bancos de investimento e artigos na imprensa estrangeira traçam perspectivas desanimadoras. Handelsblatt escreve mesmo que "um novo resgate parece inevitável".

 

Nomura antecipa pressão sobre juros da dívida portuguesa até Outubro. A possibilidade de revisão do rating pela DBRS, a reunião de Outubro do BCE e a apresentação a Bruxelas de medidas de contenção do défice podem influenciar os juros da dívida nos mercados, refere o banco japonês.

Americanos lançam OPA sobre 8% da portuguesa Cipan. A americana Chartweell Pharmaceuticals propõe-se comprar pouco mais de 8% da empresa portuguesa de produção de antibióticos, a Cipan para conquistar uma posição de "accionista de referência".


CTT abaixo da fasquia de mil milhões de euros.
 A descida das acções dos CTT desde a apresentação de resultados levou a capitalização bolsista para menos de mil milhões de euros. E a fraqueza dos títulos motivou algumas entidades a reforçar na empresa.

O que vai acontecer hoje

Fed. Discurso de Janet Yellen em Jackson Hole.

Zona Euro. Índice de massa monetária (M3), relativo a Julho.

EUA. Indicador de sentimento económico da Universidade do Michigan, relativo a Agosto. 

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