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Abertura dos mercados: China continua a penalizar bolsas

As bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, tal como aconteceu na Ásia, penalizadas pelos dados económicos da China. O petróleo está também a perder terreno. O euro segue, por outro lado, em alta.

01 de Setembro de 2015 às 08:42
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Os mercados em números

PSI-20 desvaloriza 1,61% para 5.176,43 pontos

Stoxx 600 cai 1,08% para 358,87 pontos

Nikkei fechou a sessão a descer 3,84% para 18.165,69 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal desce 2,5 pontos base para 2,630%

Euro valoriza 0,65% para 1,1284 dólares

Petróleo perde 2,55% para 52,77 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias em queda pressionadas pela China

As principais praças europeias estão novamente esta terça-feira, 1 de Setembro, a negociar em queda. O Stoxx 600, índice de referência, teve em Agosto o pior desempenho mensal desde 2011, pressionado pelos receios em torno da subida dos juros nos EUA e pela turbulência na China. Este fraco desempenho mantém-se no primeiro dia de Setembro com a China a continuar a ser o tema central nos mercados. O francês CAC 40 lidera as quedas, ao recuar 1,71%, seguido do PSI-20, que desce 1,61%, e do principal índice holandês, que desvaloriza 1,54%.

Esta terça-feira, foi divulgado que a actividade industrial na China registou maior contracção em três anos. O índice PMI, que mede a actividade industrial, caiu de 50 pontos, em Julho, para 49,7 pontos, em Agosto. O valor revelado iguala à previsão média dos analistas consultados pela Bloomberg, com a agência de informação americana a realçar que leituras abaixo dos 50 pontos correspondem a contracções. Este dado veio aumentar os receios em torno da China, numa altura em que as questões sobre o ritmo de crescimento da segunda maior economia mundo são já muitas, o que tem provocado perdas acentuadas na bolsa do país e arrastado o resto dos mercados bolsitas.

Na Ásia, o Shanghai Composite Index recua 1,23%, nesta que é a segunda sessão de quedas. Ainda neste continente, as praças japonesas encerraram também no vermelho, com o Nikkei a desvalorizar 3,84% e o Topix a perder 3,83%.E o MSCI Ásia Pacífico desliza 0,2%.

Juros da dívida em queda

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário continuam a deslizar, em linha com as "yields" dos restantes países periféricos. As "yields" nacionais a dez anos, maturidade de referência, cedem 2,5 pontos base para 2,630%. No mesmo prazo, os juros da Alemanha perdem 1,7 pontos base para 0,781%. O spread da dívida nacional face às obrigações germânicas está igualmente a descer para os 183,8 pontos.

Euro recupera após quatro sessões em queda

A moeda única continua a ganhar terreno face ao dólar, uma tendência que, de resto, verificou-se já esta segunda-feira o que interrompeu um ciclo de quatro sessões de queda. O euro sobe, por esta altura, 0,65% para 1,1284 dólares. A moeda única tem estado a ser impulsionada pelos dados da inflação na Zona Euro. A média das estimativas dos analistas previa que os preços tivessem crescido na região apenas 0,1% em Agosto. Mas os dados divulgados pelo Eurostat revelaram uma subida de 0,2%, o mesmo registado no passado mês de Julho.

Petróleo em queda mais acima dos 52 dólares em Londres

Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, recua 2,55% para 52,77 dólares por barril. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 3,09% para 47,68 dólares por barril. Este comportamento tem lugar 24 horas antes das autoridades norte-americanas divulgarem o seu relatório mensal sobre produtos petrolíferos. Os dados podem indicar, de acordo com a Bloomberg, que as reservas de crude continuam a aumentar. Entretanto, ontem foi apresentado o boletim mensal da OPEP. A organização está disponível para consertar, com outros países produtores de petróleo, um preço justo para a matéria-prima. Este desenvolvimento é uma clara inversão da posição da OPEP até agora, cujos países estavam a apostar na maior produção para defender a quota de mercado.

Metais industriais caem penalizados pela China

Os preços dos metais industriais estiveram a recuar nos mercados, penalizados pelos dados económicos revelados pela China esta terça-feira. O índice PMI, que mede a actividade industrial, caiu de 50 pontos, em Julho, para 49,7 pontos, em Agosto. O valor revelado iguala à previsão média dos analistas consultados pela Bloomberg, com a agência de informação americana a realçar que leituras abaixo dos 50 pontos correspondem a contracções.

No entanto, por esta altura, o alumínio para a entrega dentro de três meses, soma 2,76% para 1.603,00 dólares. E o níquel soma 0,01% para 10.038,00 dólares.

Destaques do dia

China troca dinheiro para acções por acusações. O Governo chinês decidiu terminar o programa de compra de acções em grande escala e reforçar as investigações e acusações dos responsáveis por práticas que desestabilizam o mercado, revelam fontes oficiais citadas pelo FT.

OPEP está pronta para travar preços baixos do petróleo. Depois da forte correcção no final da semana passada, os preços voltaram a disparar nos mercados internacionais. A preocupação da OPEP com as baixas cotações levou a matéria-prima a disparar 25% em apenas três sessões.

Gasóleo já só está a 2,5 cêntimos de baixar de um euro. Após as fortes quedas dos preços na última semana, os preços dos combustíveis caíram no arranque da semana. A gasolina desceu mais, mas é o "diesel" que está novamente perto de um euro nos postos das grandes superfícies comerciais.

Depósito gigante espreme preços do gás natural. A Eni acelerou perante a descoberta mas foram as acções egípcias que mais brilharam com a maior jazida no Mar Mediterrâneo.

Queda do custo da dívida das cotadas está a acelerar. O programa de compra de activos do BCE determinou a quebra dos juros da periferia. A descida dos custos de financiamento do País está a reflectir-se na dívida das cotadas. O juro médio pago pelas empresas do PSI-20 caiu para mínimos de 2010.

Novo Banco: Negociações de venda até ao último minuto. As longas conversas entre Banco de Portugal e Anbang deixaram todos os interessados em suspenso até às 0h00 de terça-feira, incluindo os norte-americanos da Apollo.

 

O que vai acontecer esta terça-feira

Estatísticas de crédito do Banco de Portugal – O regulador divulga as estatísticas da central de responsabilidades de crédito, relativas a Julho.

Assembleia-geral da Oi – A empresa de telecomunicações brasileira realiza uma assembleia-geral para decidir a reorganização societária e a nova administração.

Desemprego na Zona Euro – O Eurostat publica a taxa de desemprego, relativa a Agosto [anterior: 11,1%; estimativa: 11,0%].


PIB de Itália –
É conhecida a evolução da economia italiana, durante o segundo trimestre.


Desemprego na Alemanha –
É divulgada a taxa de desemprego na Alemanha, relativa ao mês de Agosto.

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