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Abertura dos mercado: Bolsas e petróleo em queda, euro avança

As bolsas europeias abriram em terreno negativo, numa altura em que o petróleo negoceia pouco acima dos 36 dólares e depois das eleições gerais em Espanha, que resultaram num parlamento fragmentado e um futuro político incerto.

Bloomberg
21 de Dezembro de 2015 às 08:42
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Os mercados em números

PSI-20 perde 0,47% para 5.285,72 pontos

Stoxx 600 recua 0,15% para 360,68 pontos

Nikkei desvalorizou 0,37%% para 18.916,02 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos somam 5,2 pontos base para 2,541%

Euro avança 0,10% para 1,0878 dólares

Petróleo cai 1,90% para 36,18 dólares por barril

 

Bolsas europeias abrem em queda

Os principais índices das bolsas europeias - excepto o germânico DAX - iniciaram a sessão em queda, depois do Brent estar a negociar em mínimos de 2004 e no rescaldo das eleições gerais espanholas deste domingo, onde o PP de Mariano Rajoy venceu sem maioria, o PSOE teve o seu pior resultado de sempre e o Podemos segurou o terceiro lugar. Espanha fica, assim, com um parlamento fragmentado e um cenário político incerto.

O Stoxx 600 cai 0,15% para 360,68 pontos, o germânico DAX soma 0,09% para 10.618,12 pontos, o AEX de Amesterdão recua 0,14% para 433,54 pontos e o espanhol IBEX afunda 2,55% para 9.469,40 pontos.

Em território nacional, o PSI-20 recua 0,47% para 5.285,72 pontos, depois de um fim-de-semana de negociações para a venda do Banif, tendo Santander vencido a corrida pelo banco, ficando assim com os activos saudáveis da instituição liderada por Jorge Tomé, no âmbito de uma medida de resolução.

As acções do banco foram suspensas de negociações no passado dia 17 de Dezembro pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e agora, com a medida de resolução aplicada ao Banif no âmbito da venda ao Santander, a Euronext Lisboa deverá excluir o banco do índice, que passa a ter 17 cotadas. A decisão terá de ser tomada pela CMVM, que na segunda-feira deverá analisar a medida de resolução aplicada ao Banif.

A pressionar a bolsa nacional está o BCP, EDP e EDP Renováveis.

 

Juros avançam

Os juros da dívida portuguesa avançam em todas as maturidades. No prazo de referência de 10 anos somam 5,2 pontos base para 2,541%, seguindo a tendência da "yield" de Espanha, que sobe 9,0 pontos-base para 1,783%. Os juros da dívida alemã a 10 anos, por sua vez, somam 2,1 pontos-base para 0,568%.

 

Euro avança face ao dólar

O Euro avança face ao dólar numa altura em que os mercados antecipam que a Reserva Federal não irá aumentar juros antes de Abril ou Junho, escreve a Bloomberg, acrescentando também que a moeda-única europeia segue pouco alterada após as eleições de Espanha, onde o partido vencedor - o PP, de Mariano Rajoy - venceu sem maioria absoluta.


A moeda única avança 0,10% para 1,0878 dólares.

 

Petróleo recua com produtores a lutar por quota de mercado

A matéria-prima segue a recuar esta manhã, numa altura em que os investidores receiam que os produtores de petróleo, dos EUA ao Médio Oriente, aumentem a sua produção à medida que continuam a lutar por quota de mercado, pressionado assim os preços, escreve a Bloomberg.

"Não sinais significantes que indiquem uma recuperação da procura, e ainda não vimos esforços significativos para que se reduza a produção", diz RIc Spooner, citado pela agência, acrescentando "nada mudou no mercado do petróleo nos últimos dois meses excepto o preço".

O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa, cai 1,90% para 36,18 dólares. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 1,09% para 34,35 dólares por barril.

 

Ouro avança com investidores expectantes sobre actuação da Fed

A matéria-prima soma 0,48% para 1.071,38 dólares por onça, numa altura em que os investidores se questionam sobre o ritmo do aumento dos juros por parte da Reserva Federal dos EUA (Fed), escreve a Bloomberg.

2015 foi um ano turbulento para matéria-prima, recorda a agência, à medida que os investidores tentavam acertar sobre a data a partir da qual a Fed iria aumentar os juros, o que veio a acontecer na semana passada, pela primeira vez desde 2006.

Escreve a Bloomberg que foi a culminar de quase um ano a preparar os investidores e consumidores para o fim de uma era de dinheiro fácil. "Com tanto foco nessa única decisão, é natural perguntar: e agora? Acreditamos que o ritmo do aumento dos juros nos EUA vai determinar o destino do ouro", considerou em comunicado o Australia & New Zealand banking Group, citado pela agência.

 

Destaques do dia

Factura da intervenção no Banif custa 2.930 milhões de euros ao Estado. A factura da intervenção no Banif totaliza, para já, 2.930 milhões de euros para o Estado, mas o primeiro-ministro garante que não vai além deste valor. O Tesouro vai mobilizar mais 2.255 milhões, a que somam os 825 milhões que ainda estavam no banco, deduzidos do valor pago pelo Santander. 

Acções do Banif não voltam a negociar em bolsa. A decisão cabe à CMVM, mas o Banif já não deverá voltar a negociar. Acções foram suspensas na quinta-feira a valerem 0,2 cêntimos, menos 99% que em 2012. Accionistas perdem hipótese de recuperar investimento.

Espanha num impasse forçada a negociações.O fim do bipartidarismo aliado a um Parlamento fragmentado deixam Espanha num cenário político incerto. A vitória do PP sem maioria, o pior resultado de sempre do PSOE, a grande votação do Podemos e a ascensão do Cidadãos são dados para lançar.

Banif vendido ao Santander por 150 milhões de euros. O grupo espanhol comprou os activos saudáveis do Banif. O Santander pagou 150 milhões e assume os balcões e trabalhadores do banco. Aquisição foi feita na sequência da intervenção do Banco de Portugal. 

Governo aprova esta segunda-feira proposta de Orçamento Rectificativo. O Governo aprova esta segunda-feira em Conselho de Ministros extraordinário a proposta de Orçamento do Estado Rectificativo. O documento visa acomodar nas contas públicas a necessidade de mobilizar mais 2.255 milhões para absorver o impacto da salvação do Banif.

A semana que aí vem: Indicadores económicos marcam agenda do Natal. Numa semana mais curta nos mercados financeiros, devido ao feriado do Natal, os investidores vão estar atentos ao PIB dos EUA, bem como do Reino Unido e França. Em Portugal será divulgada a síntese de execução orçamental e as contas nacionais trimestrais.

Portas antevê "ameaça permanente" sobre a TAP sem a privatização. O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou este domingo, no Funchal, que é um "sinal errado" querer impor a ideologia política na questão da TAP e defendeu que sem a privatização haverá uma "ameaça permanente" sobre a empresa.

Martifer chega a acordo com credores para reestruturar dívida. A empresa dos irmãos Martins chegou a acordo com um grupo de instituições financeiras credoras para a reestruturação do passivo bancário dos perímetros da holding e segmento da construção, no valor de cerca de 260 milhões de euros.

Fundos do BPI captam valor mais alto desde a crise. O banco recebeu mais de 84% do dinheiro que entrou nos fundos em Novembro. Estas aplicações surgem num momento em que o banco liderado por Fernando Ulrich já dá zero nos depósitos a um ano.

O que vai acontecer hoje

INE - Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação, em Novembro. Contas nacionais trimestrais por sector institucional, no terceiro trimestre. Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, em Novembro.

EUA - Estimativa final do PIB, no terceiro trimestre [anterior: 2,1%; estimativa: 1,9%].

Zona Euro - Estimativa rápida da confiança dos consumidores, em Dezembro [anterior: -5,9 pontos; estimativa: -5,9 pontos].

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