Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Abertura dos mercados: Tensões comerciais castigam bolsas e ataque a barcos sauditas impulsionam petróleo

A evolução dos mercados continua a ser determinada pelas notícias relacionadas com as negociações entre os Estados Unidos e a China. Só o petróleo destoa, com uma valorização que está relacionada com a crescente tensão no Médio Oriente.

EPA
13 de Maio de 2019 às 09:24
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 desce 1,09% para 5.107,61 pontos

Stoxx 600 cai 0,28% para 376,09 pontos

Nikkei desvalorizou 0,72% para 21.191,28 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,3 pontos base para 1,105%

Euro cede 0,05% para 1,1227 dólares

Petróleo em Londres soma 0,71% para 71,12 dólares por barril

Declarações de Trump pressionam bolsas 

As bolsas europeias arrancaram a semana em terreno negativo, refletindo o pessimismo com o desenrolar das negociações entre os Estados Unidos e a China para um acordo comercial. Na sexta-feira, dia em que entraram em vigor as novas tarifas sobre os bens chineses, os mercados até subiram uma vez que as declarações de ambas as partes faziam antever que seria uma questão de tempo haver um entendimento.

 

Contudo, durante o fim de semana Donald Trump mostrou que o ambiente entre as duas maiores economias do mundo está crispado. No Twitter, o líder da Casa Branca avisou que a China deveria "agir agora" para fechar um acordo, ou arriscaria termos "muito piores" no seu segundo mandato. Já Pequim voltou a assegurar que responderá ao aumento das tarifas norte-americanas que entrou em vigor na sexta-feira.

 

Os desenvolvimentos do fim de semana estão a pesar na negociação bolsista, que foi negativa na sessão asiática e está a provocar perdas na abertura na Europa. O Stoxx600 cede 0,28% para 376,09 pontos, com as construtoras automóveis a penalizarem os índices com maior intensidade devido à maior dependência do comércio global.

 

A Daimler AG cai 2,62% para 52,48 euros depois da Reuters ter noticiado que o grupo chinês BAIC Group pretende adquirir 5% do capital da fabricante alemã. Entre as maiores quedas no Stoxx600 está a Thyssenkrupp, que cede 4% depois de ter anunciado que desistiu da fusão com a Tata Steel.

 

Em Lisboa a queda do PSI-20 é das mais fortes na Europa (-1,09% para 5.107,61 pontos), uma vez que a EDP está a descontar hoje o dividendo de 19 cêntimos que vai pagar aos acionistas a partir de 15 de maio.

 

Guerra comercial beneficia dólar …

Como habitual em alturas de maior pessimismo com a evolução das negociações entre a China e os Estados Unidos, o dólar é dos ativos de eleição para os investidores se refugiarem. O índice da moeda norte-americana está a subir 0,2% e o euro cede 0,05% para 1,1227 dólares.

 

…e impulsiona dívida alemã

As obrigações soberanas são outros dos ativos que os investidores mais favorecem nestes períodos mais conturbados. A "yield" das bunds a 10 anos está a descer 1,5 pontos base para -0,06%, sendo que as obrigações portuguesas também estão em ala, embora com menor intensidade. O juro das obrigações do Tesouro a 10 anos desce 0,3 pontos base para 1,105%, Em Itália a "yield" dos títulos com a mesma maturidade some 2,7 pontos base para 2,706%.

 

Ataque a dois navios sauditas impulsiona petróleo 

O petróleo habitualmente reage em queda às noticias desfavoráveis sobre as negociações entre os EUA e a China, devido ao impacto económico negativo da guerra comercial. Contudo, a matéria-prima está hoje em alta devido à notícia de que dois navios de transporte de petróleo da Arábia Saudita foram alvo de um ataque perto do estreito de Hormuz. Os sauditas classificaram o ataque como um "desenvolvimento sério" e apesar de este não ter sido reivindicado, represente mais um fator de tensão no Médio Oriente, onde se encontram vários dos maiores produtores de petróleo do mundo. Nas últimas sessões o petróleo já tem valorizado devido à crescente pressão dos EUA sobre o Irão.

 

O Brent em Londres soma 0,71% para 71,12 dólares e o WTI em Nova Iorque avança 0,18% para 61,77 dólares.

 

Ouro penalizado por alta do dólar

A subida da moeda norte-americana está a afastar os investidores do metal precioso. O ouro desvaloriza 0,2% para 1.283,11 dólares a onça.

Ver comentários
Saber mais Abertura dos mercados bolsas bolsa nacional PSI-20 Europa Stoxx600 matéria-primas petróleo WTI Brent ouro euro dólar
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio