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Abertura dos mercados: Perspetiva de corte de juros dá terceira subida às bolsas e põe ouro em máximos de mais de 3 meses
As bolsas europeias estão a prolongar o otimismo da sessão de ontem, animadas pela perspetiva de um corte de juros nos Estados Unidos. O dólar segue em queda e o ouro em máximos de fevereiro. Os juros portugueses seguem em novos mínimos e cada vez mais próximos dos de Espanha.
Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,60% para os 5.103,41 pontos
Stoxx 600 ganha 0,24% para os 373,56 pontos
Nikkei valorizou 1,80% para 20.776,1 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,8 pontos base para os 0,707%
Euro sobe 0,12% para 1,1265 dólares
Petróleo em Londres cai 0,82% nos 61,46 dólares por barril
Bolsas europeias sobem pela terceira sessão
As bolsas europeias estão a valorizar esta quarta-feira, 5 de maio, pela terceira sessão consecutiva, animadas pela perspetiva de um corte de juros nos Estados Unidos, que já ontem deu fortes ganhos às ações deste e do outro lado do Atlântico.
Isto depois de o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos ter admitido agir para apoiar a economia, se necessário, o que foi lido pelo mercado como uma porta aberta a uma descida dos juros nos Estados Unidos.
Essa possibilidade sustentou os ganhos na Europa e em Wall Street, e continua hoje a animar os índices europeus, já que constitui uma garantia de que a política monetária será usada para combater eventuais efeitos negativos decorrentes da guerra comercial.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,24% para os 373,56 pontos, com todos os grandes setores em alta, à exceção da banca, e do petróleo e gás.
Na bolsa nacional, o PSI-20 valoriza 0,60% para os 5.103,41 pontos, impulsionado sobretudo pelas subidas de mais de 1,5% da Jerónimo Martins e Sonae, e de mais de 0,5% do BCP e da Galp.
Juros portugueses prestes a quebrar a barreira dos 0,7%
Os juros da dívida portuguesa estão em novos mínimos esta quarta-feira, próximos de quebrar a fasquia dos 0,7% e de alcançar os da vizinha Espanha. Nesta altura, a yield das obrigações portuguesas a dez anos desliza 0,8 pontos base para os 0,707%, enquanto em Espanha a queda é de 1,2 pontos para 0,647%. Em Itália os juros estão inalterados nos 2,513% e na Alemanha descem 0,2 pontos para -0,212%.
Esta evolução acontece no dia em que serão conhecidas as recomendações de Bruxelas para os países, estando as atenções focadas em Itália, depois dos recentes "confrontos" entre a Comissão e o governo populista devido às metas orçamentais.
Dólar cai pela quarta sessão
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a descer pela quarta sessão consecutiva, penalizado pela perspetiva de uma descida dos juros nos Estados Unidos que, a confirmar-se, reverteria o processo de normalização monetária iniciado em dezembro de 2015, e que já se traduziu em nove aumentos da taxa diretora.
Depois do presidente da Fed de St. Louis, ontem foi a vez do presidente da Reserva Federal Jerome Powell deixar a porta aberta a essa possibilidade, admitindo que o banco central está preparado para agir em caso de necessidade.
Já o euro está a valorizar face à moeda norte-americana, com uma subida de 0,12% para 1,1265 dólares, depois de já ontem ter atingido máximos de 18 de abril.
Petróleo em queda antes dos dados das reservas
O petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais, penalizado pelos dados do Instituto Americano do Petróleo que mostram que as reservas de crude nos Estados Unidos aumentaram em 3,55 milhões de barris na semana passada, o que compara com as projeções de uma queda de 2 milhões de barris. Os dados da Administração de Informação de Energia serão conhecidos esta tarde.
Nesta altura, o Brent, negociado em Londres, desliza 0,82% para61,46 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, cai 1,05% para 52,92 dólares.
Ouro em máximos de mais de três meses