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Abertura dos mercados: Outlook pessimista e guerra comercial pressionam ações e petróleo
As bolsas europeias estão a negociar em queda, assim como o petróleo, penalizados pela deterioração das estimativas para o crescimento global e pela guerra comercial entre EUA e China, depois de Trump ter dito que não se reunirá com Jinping até 1 de março.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,19% para 5.126,35 pontos
Stoxx 600 perde 0,10% para 359,72 pontos
Nikkei desvalorizou 2,01% para 20.333,17 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,8 pontos para 1,651%
Euro desce 0,14% para 1,1326 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 0,10% para 61,57 dólares o barril
Bolsas europeias penalizadas pela guerra comercial
A maioria das bolsas europeias está em queda esta sexta-feira, 8 de fevereiro, penalizadas pelo pessimismo em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Isto depois de o presidente Donald Trump ter dito ontem que não deverá reunir-se com o seu homólogo chinês até ao dia 1 de março, altura em que termina a trégua de 90 dias.
Na ausência de tal encontro, não é expectável que os dois países fechem um acordo comercial, pelo que, a partir de 1 de março, os Estados Unidos deverão aumentar as tarifas aplicadas às importações da China, dificultando um entendimento entre os dois países.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 0,10% para 359,72 pontos, penalizado sobretudo pelo setor automóvel.
Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,19% para 5.126,35 pontos, com a Jerónimo Martins a destacar-se no lado das descidas comum recuo de 0,72% para 13,12 euros.
Juros da dívida em queda na Europa
Os juros da dívida portuguesa estão em queda esta sexta-feira, acompanhando a tendência que se verifica entre a generalidade dos países do euro. No prazo a dez anos, a yield desce 0,8 pontos base para1,651%, enquanto em Espanha, na mesma maturidade, a queda é de 1,4 pontos para 1,228%. Em Itália, os juros a dez anos deslizam 3,5 pontos para 2,915% e na Alemanha caem 0,7 pontos para 0,108%.
Euro em mínimos de duas semanas
A moeda única europeia está a cair face ao dólar pela quinta sessão consecutiva, penalizada pelas perspetivas mais pessimistas para a região, depois de a Comissão Europeia ter cortado ontem as suas estimativas de crescimento para a Zona Euro para 1,3% em 2019.
A confirmar-se, este será o pior ano da retoma da economia do euro uma vez que ficará abaixo dos 1,4% registados em 2014, o ano que marca oficialmente o início da recuperação do PIB da Zona Euro, segundo os dados do Eurostat.
O euro cai 0,14% para 1,1326 dólares, o valor mais baixo desde 25 de janeiro.
Petróleo com maior descida semanal de 2019
O petróleo segue em queda nos mercados internacionais, preparando-se para completar, esta sexta-feira, a maior descida semanal do ano. Em Nova Iorque, acumula uma desvalorização de cerca de 5%, enquanto em Londres o saldo da semana é uma descida de quase 2%.
A matéria-prima tem sido penalizada pela deterioração das estimativas para o crescimento global que, por sua vez, pressionam as projeções para a procura por petróleo.
Nesta altura, o Brent desce 0,10% para 61,57 dólares, enquanto o WTI cai 0,34% para 52,46 dólares.
Ouro em queda ligeira
O ouro está a negociar com sinal negativo, penalizado igualmente pelas perspetivas mais negativas para o crescimento global este ano, assim como pela incerteza em torno da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
O metal amarelo cai 0,09% para 1.308,89 dólares, enquanto a prata desliza 0,19% para 15,7056 dólares.