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Abertura dos mercados: Onda de perdas nas acções arrasta Europa. Petróleo perde terreno e bitcoin afunda

As acções europeias registaram, no início da sessão, a pior descida desde o Brexit, depois de um dia negro em Wall Street e nas praças asiáticas. O petróleo cai pela terceira sessão e a bitcoin negoceia na casa dos 6 mil dólares, um mínimo de Novembro.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 desce 1,34% para 5.332,80 pontos

Stoxx 600 perde 1,58% para 375,95 pontos

Nikkei desvalorizou 4,73% para 21.610,24 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,1 pontos para 2,046%

Euro ganha 0,41% para 1,2417 dólares

Petróleo em Londres cai 0,52% para 67,27 dólares o barril

Efeito Wall Street chega à Ásia e à Europa

As principais praças europeias arrancaram a sessão desta terça-feira, 6 de Fevereiro, em forte desvalorização, tendo o Stoxx 600, índice de referência, registado a maior queda desde Junho de 2016 logo no início do dia. Nesta primeira hora de negociação, verifica-se um pouco de acalmia entre as principais praças do Velho Continente que, apesar de continuarem no vermelho, registam quedas inferiores.

O Stoxx 600 desce 1,58% para 375,95 pontos. Entre as principais praças europeias, o índice helénico é o que mais perde, descendo 2,46%, seguido pelo germânico DAX, que desvaloriza 1,88%.

Em Lisboa, o PSI-20 recua 1,34% para 5.332,80 pontos despois de ter começado a sessão com uma queda de 2,89% - a maior descida desde o Brexit (24 de Junho de 2016) e ter tocado em mínimos de Novembro do ano passado. Por esta altura, destaque para a Sonae, que recua 3,19%, para o BCP, que desce 2,44%, para a Mota-Engil, que cede 2,14% e para a Ibersol, que cai 2,56%.

Esta segunda-feira, o dia tinha já sido negro nas praças norte-americanas e europeias. Na Europa, as bolsas registaram a queda mais forte desde Julho de 2016. Nos Estados Unidos, Wall Street sofreu a queda mais violenta desde 2011 perdendo mais de 1 bilião de dólares no dia da queda recorde de mais de mil pontos do Dow Jones.

Os receios crescentes dos investidores em torno da inflação nos Estados Unidos - que poderá levar a uma subida mais rápida das taxas de juro de referência por parte da autoridade monetária norte-americana (Fed) - continua a dominar as atenções e a pressionar a evolução das bolsas pelo globo.

Juros em queda ligeira na Europa

Os juros da dívida da generalidade dos países do euro estão em queda esta terça-feira, numa altura em que as acções seguem com fortes descidas. Na Alemanha, a yield associada às obrigações a dez anos desce 2,9 pontos para 0,707%, enquanto em Espanha a queda é de 2,0 pontos para 1,440%. Em Itália os juros deslizam 1,1 pontos para 2,015%, seguindo abaixo da taxa exigida no mercado secundário pela dívida portuguesa a dez anos.

 

Portugal contraria, nesta altura, a tendência de alívio, com a yield a subir ligeiros 0,1 pontos para 2,046%.

 

Dólar alivia de duas sessões de ganhos

A divisa norte-americana está a perder terreno face às principais congéneres mundiais, depois de duas sessões de ganhos, em que esteve a beneficiar das perspectivas de uma subida mais acelerada dos juros nos Estados Unidos. O mercado já está a descontar pelo menos três subidas de juros nos Estados Unidos, sendo a primeira de 2018 já em Março.

 

Já o euro ganha 0,41% para 1,2417 dólares.

 

Petróleo desce pela terceira sessão

O petróleo está a negociar em queda pela terceira sessão consecutiva, acompanhando a onda de perdas nas acções, que está a arrastar os mercados de "commodities".

 

Isto numa altura em que crescem os receios de que a subida da produção norte-americana acabe por minar os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para controlar o excedente de matéria-prima.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 0,58% para 63,78 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, recua 0,52% para 67,27 dólares.

 

Amanhã serão divulgados os dados das reservas de crude norte-americanas pela Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, com a Bloomberg a estimar que terão aumentado em 3 milhões de barris por dia na semana que terminou a 2 de Fevereiro.

 

Bitcoin volta a afundar e segue na casa dos 6 mil dólares

A bitcoin está a desvalorizar pela sexta sessão consecutiva, negociando no valor mais baixo desde Novembro do ano passado. Depois de já ontem ter afundado mais de 17%, a mais famosa das criptomoedas desliza, nesta altura, 13,83% para 6.118,49 dólares.

 

As fortes descidas da moeda digital surgem depois de instituições financeiras dos dois lados do Atlântico terem decidido proibir os seus clientes de usarem os seus cartões de crédito na aquisição de moedas virtuais. De acordo com a Reuters, os bancos temem que a queda do valor destas moedas deixe os seus clientes impossibilitados de reembolsar as suas dívidas.

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