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Abertura dos mercados: Libra cede com incerteza do Brexit. Bolsas sobem e juros portugueses atingem máximos de um mês

A divisa britânica está a cair pela primeira vez em cinco sessões. Já os juros portugueses a dez anos sobem para máximos de um mês.

Reuters
21 de Outubro de 2019 às 09:30
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,49% para os 5.001,52 pontos
Stoxx 600 valoriza 0,4% para os 393,35 pontos
Nikkei avançou 0,25% para os 22.548,9 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,4 pontos base para os 0,231%
Euro valoriza 0,03% para os 1,117 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 0,1% para 59,36 dólares o barril

Bolsas europeias seguem em alta
As bolsas europeias arrancaram esta segunda-feira, 21 de outubro, em alta numa altura em que digerem os desenvolvimentos no Brexit onde a incerteza continua a reinar. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, sobe 0,4% para os 393,35 pontos com o destaque a ir para as subidas do setor da banca e o setor automóvel.

Quase certo é que a dúvida face ao processo da saída do Reino Unido da UE deverá continuar a condicionar as bolsas esta semana. No sábado os deputados britânicos obrigaram o Governo a pedir um adiamento - um pedido que foi submetido -, mas Boris Johnson continua a crer que conseguirá aprovar o acordo esta semana no Parlamento e sair a 31 de outubro, tal como está previsto.

São vários os cenários em cima da mesa, mas o mais provável é que se evite um "hard Brexit" a 31 de outubro, seja por ação do Parlamento seja da União Europeia, o que tende a acalmar os investidores.

Além do Brexit, a influenciar os mercados a nível internacional tem estado a época de resultados nos Estados Unidos, sendo que hoje é a vez da Amazon e a Microsoft apresentarem números. O mesmo acontece na Europa. Em Lisboa, no PSI-20, a época de resultados começa amanhã com os resultados da Galp Energia. 

Na sessão de hoje, o PSI-20 valoriza 0,49% para os 5.001,52 pontos. 

Juros portugueses em máximos de um mês
No mercado secundário, os juros portugueses a dez anos sobem 3,4 pontos base para os 0,231%, atingindo o valor mais elevado desde 20 de setembro. Os juros das obrigações soberanas têm vindo a subir ligeiramente desde que alguma da incerteza internacional foi atenuada, nomeadamente com o acordo comercial parcial entre os EUA e a China. 

Os juros alemães a dez anos estão a subir 3,9 pontos base para os -0,345%.

Libra cede após voto no Parlamento ter obrigado a adiamento
A divisa britânica está a reagir em baixa ao resultado do "Super Sábado", tal como foi batizado no Reino Unido o passado sábado em que o Parlamento reuniu-se. O objetivo era votar o acordo firmado entre o Governo britânico e a Comissão Europeia, o qual foi aprovado pelos Estados-membros, mas os deputados britânicos decidiram obrigar Boris Johnson a pedir um adiamento dado o receio de que não houvesse tempo suficiente para aprovar a legislação necessária até 31 de outubro.

"Os mercados estão a mostrar que não estamos mais perto de um acordo agora do que estávamos antes do fim de semana, mas estamos mais perto de prevenir um Brexit sem acordo", afirmou o economista do St.George Bank, Janu Chan, citado pela Bloomberg. "É por isso que as perdas são contidas", concluiu. 

A libra cede 0,3% para os 1,1581 euros na primeira sessão em cinco em que desvaloriza. Já o euro valoriza 0,03% para os 1,117 dólares.

Petróleo sem tendência definida
Após uma semana negativa, a cotação do barril está sem tendência definida na primeira sessão desta semana. O petróleo tem vindo a ser pressionado em baixa não só pelo aumento dos stocks norte-americanos mas também porque a economia mundial continua a mostrar sinais de desaceleração. Exemplo disso é que na semana passada a China revelou que o PIB cresceu 6% no terceiro trimestre, o ritmo mais lento em quase 30 anos.

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,13% para os 53,85 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desce 0,1% para os 59,36 dólares.

Ouro espera para ver
O metal precioso continua rumo numa altura em que há sinais contraditórios em relação à incerteza mundial, nomeadamente no Brexit e nas disputas comerciais.

Por um lado, segundo a Bloomberg, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He disse que houve "progressos significativos" com os EUA relativamente à fase um do acordo parcial. Por outro lado, cresce a expectativa de que não seja desta que a primeira fase do Brexit fique resolvida.

O ouro está a cair 0,11% para os 1.488,34 dólares por onça. A reunião da Reserva Federal, cuja decisão é conhecida a 30 de outubro, poderá ser decisiva para definir uma tendência no metal precioso.
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