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Abertura dos mercados: Juros de Portugal a cair há oito sessões. Bolsas recuperam

As ações e o petróleo recuperam e os juros da dívida portuguesa marcaram um novo mínimo histórico, acumulando já uma série de oito sessões sempre em queda.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,43% para 5.067,31 pontos
Stoxx 600 soma 0,39% para 371,94 pontos

Nikkei desvalorizou 0,29% para 20.942,53 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,5 pontos base para 0,837%

Euro avança 0,03% para 1,1134 dólares
Petróleo em Londres soma 0,4% para 69,73 dólares

 

Bolsas europeias recuperam de mínimos de março

As bolsas europeias negoceiam em alta, conseguindo recuperar parte das perdas sofridas nas últimas duas sessões que levaram os índices para mínimos de março.

Seguindo a tendência registada na maioria das praças asiáticas, o Stoxx600 soma 0,39% para 371,94 pontos, com as empresas de media à frente nos ganhos. A Axel Springer dispara 21% depois da família que controla a empresa de media que edita o jornal alemão Bild ter revelado que está em conversações com o fundo de private equity KKR para retirar a companhia de bolsa.

 

Os investidores aguardam os desenvolvimentos em dois eixos diplomáticos. Por um lado, a divergência entre Bruxelas e Roma em relação ao défice transalpino fica em suspenso até esta sexta-feira, 31 de maio, o prazo dado a Itália para responder à carta enviada pela Comissão Europeia a exigir explicações sobre o incumprimento das regras europeias. Em causa estão as razões para a dívida pública ter continuado a aumentar em vez de diminuir como estipula o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Noutra frente, os mercados dão atenção ao conflito comercial entre os Estados Unidos e a China, no rescaldo de duas reações do lado oriental. As autoridades chinesas indicaram esta quinta-feira, 29 de maio, estar a estudar interromper o fornecimento a empresas norte-americanas de metais raros, essenciais ao desenvolvimento de produtos tecnológicos. Paralelamente, a Huawei entregou novos documentos à justiça norte-americana no sentido de acelerar a decisão do processo que instaurou contra os Estados Unidos.

 

A bolsa de Lisboa, que ontem tocou em mínimos de janeiro, segue o movimento de alta, com o PSI-20 a somar 0,43% para 5.067,31 pontos, impulsionado pelos ganhos da Galp Energia.


Juros da dívida portuguesa em queda há oito sessões

No dia em que Portugal está a emitir dívida em moeda chinesa (Panda Bonds) pela primeira vez, os juros no mercado secundário continuam a cair, fixando mínimos históricos de forma consecutiva.

 

A "yield" das obrigações a 10 anos desce 0,5 pontos base para 0,837%, o que corresponde ao nível mais baixo de sempre. Esta é já a oitava sessão de descida dos juros de Portugal no mercado secundário (em 13 sessões só numa subiram), o que mostra que apesar dos juros em mínimos, a dívida portuguesa continua atrativa para os investidores. São vários os países da Zona Euro que têm os juros da dívida em mínimos históricos, com os investidores a refugiarem-se nas obrigações em detrimento das ações e devido à perspetiva de que o BCE vai manter a sua política monetária acomodatícia.

 

Os juros dos títulos espanhóis a 10 anos descem 0,3% para 0,724%, o que também representa um mínimo histórico. A yield das bunds a 10 anos sobe 1,8 pontos base para -0,164%, aliviando dos mínimos de 2016 que atingiu nas últimas sessões.

Euro em alta ligeira antes de PIB nos EUA

O índice do dólar está a subir para máximos de cinco meses, mas o euro consegue negociar em alta ligeira face à divisa norte-americana (+0,03% para 1,1134 dólares), numa sessão em que os investidores estarão atentos à divulgação do PIB dos EUA.

 

O produto interno bruto (PIB) dos EUA deverá ter crescido 3,1% nos primeiros três meses do ano, segundo as estimativas dos economistas da Bloomberg. No trimestre anterior, a economia dos EUA tinha avançado 3,2%. Estes números surgem num momento em que aumentam os receios de que a guerra comercial conduza a uma travagem da economia global.

 

Petróleo perto dos 70 dólares com descida de "stocks"

O petróleo está a recuperar das quedas recentes, beneficiando com a descida superior ao esperado nos "stocks" da matéria-prima. De acordo com o American Petroleum Institute, os inventários de crude desceram 5,27 milhões de barris na semana passada, bem acima do estimado (1,36 milhões de barris). Hoje será a vez do Departamento de Energia dos EUA revelar os dados oficiais do governo norte-americano.

 

O Brent em Londres soma 0,4% para 69,73 dólares e o WTI em Nova Iorque valoriza 0,99% para 59,39 dólares. Apesar desta recuperação, o petróleo vai acumular um saldo negativo em maio, na primeira queda mensal de 2019.    

 

Ouro volta a recuar em maio

O ouro segue em terreno negativo esta quinta-feira (-0,2% para 1.277,4 dólares), agravando a queda registada em maio para perto de 1%. Segundo a Bloomberg, se a tendência não se inverter maio será o quarto mês consecutivo de queda para o metal precioso, que tem sido penalizado pelos efeitos da guerra comercial e pela alta do dólar.

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