Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Abertura dos Mercados: Juros agravam, bolsas recuam e dólar avança

As 'yields' associadas à dívida de Portugal estão na quarta sessão de agravamento, mantendo-se acima dos 4%. O sector financeiro arrasta as bolsas europeias para quedas e o PSI-20 não é excepção, com o BCP à cabeça. Dólar com ganhos à espera do PIB dos EUA.

Reuters
27 de Janeiro de 2017 às 09:38
  • 3
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 cai 0,4% para 4.564,50 pontos

Stoxx 600 recua 0,26% para 366,55 pontos

Nikkei valorizou 0,34% para 19.467,40 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos agravam 2,8 pontos base para 4,148%

Euro recua 0,08% para 1,0692 dólares

Petróleo em Londres recua 0,5% para 55,56 dólares o barril

Banca leva bolsas europeias a recuarem de máximos de 13 semanas

A pressão dos títulos do sector financeiro leva os índices europeus a corrigirem dos ganhos das últimas sessões, apesar dos ganhos no sector retalhista. Depois do maior avanço em três dias desde o início de Dezembro, o Stoxx 600 regressa às quedas.

Entre os maiores pontos a vermelho no sector bancário está o suíço UBS (cai 2,41% para 16,61 francos suíços) que, apesar de ter triplicado lucros no último trimestre, fechou o ano com os resultados líquidos a caírem 47% e apresentou, segundo a Bloomberg, dados desapontantes no que toca à unidade de gestão de fortunas.

Pela positiva evidencia-se o Booker Group - dispara 15% em Londres depois de a também retalhista Tesco propor a sua compra por 3.700 milhões de libras (4.340 milhões de euros).

Em Lisboa o sector financeiro também evidencia pressão, nomeadamente o BCP, no penúltimo dia de negociação dos direitos do aumento de capital em bolsa. Os títulos caem 0,61% para 0,146 euros e os direitos recuam 2,52% para 0,658 euros. O BPI está inalterado nos 1,132 euros depois de ontem o banco ter anunciado lucros de 313,2 milhões de euros. EDP, Pharol e Mota Engil impedem maiores recuos do índice.

Juros de Portugal voltam a agravar

Após ontem, dia da reunião do Eurogrupo, terem tocado máximos de Fevereiro de 2016, os juros associados às obrigações portuguesas continuam a agravar, mantendo-se assim acima dos 4% no prazo a dez anos e na quarta sessão de apreciação. 

A tendência, partilhada pelas pares da periferia do sul do euro, acontece mesmo depois de ontem à noite, em entrevista à Bloomberg, o ministro das Finanças ter reconhecido preocupação com a alta dos juros em mercado secundário, garantindo que o financiamento do país está controlado. 

O prémio de risco da dívida - diferencial face aos juros das obrigações alemãs a dez anos - permanece em máximos de quase duas semanas, nos 366,74 pontos base.

 

Petróleo em queda apesar de garantias de corte da OPEP

O preço do barril recua tanto em Londres como em Nova Iorque, o que não impede que siga a caminho da segunda semana consecutiva de valorizações. O mercado digere sinais de excesso de "stocks" mas também novas garantias de corte de produção do cartel da OPEP, implementadas desde o início do ano. Depois de ontem ter sido o ministro do Petróleo do Kuwait a sossegar o mercado quanto aos cortes a implementar, hoje o seu homólogo argelino garante que o cartel e os outros produtores vão conseguir no próximo mês atingir o corte diário de 1,8 milhões de barris acordado em finais do ano passado.

 

Euro em queda, "muro" leva peso mexicano a segunda sessão negativa

A moeda única europeia acumula a segunda sessão consecutiva de cedências em relação ao dólar e a caminho da primeira semana negativa das últimas seis. A nota verde recupera assim de mínimos de sete semanas, à espera dos dados do PIB norte-americano no último trimestre do ano, estimativas que serão conhecidas ao início da tarde desta sexta-feira - a Reuters antecipa um crescimento de 2,2% da maior economia do mundo.

Na antecâmara de uma guerra comercial com os Estados Unidos - devido à intenção de Donald Trump construir um muro na fronteira e fazer pagar, através de uma taxa de 20% sobre as importações do México - a moeda daquele país latino-americano recua pela segunda sessão, cedendo 0,4% para 0,04695 dólares, ainda distante dos mínimos históricos das últimas semanas. 

Ouro a caminho de primeira queda semanal em mais de um mês

O preço do metal amarelo, activo de refúgio, volta a recuar esta sexta-feira, pela quarta sessão consecutiva e a caminho da primeira queda semanal em mais de um mês, depois de os investidores continuarem a revelar apetite por activos de maior risco, como as acções - a sessão de ontem em Nova Iorque ficou marcada por novos máximos históricos no índice industrial Dow Jones. 

Ver comentários
Saber mais abertura dos mercados petróleo Brent Crude West Texas Intermediate euro juros da dívida pública mercado secundário
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio