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Abertura dos mercados: Itália condiciona bolsas, petróleo recua na véspera da OPEP

A possibilidade de uma crise política em Itália caso o referendo constitucional não seja aprovado e as notícias sobre a dificuldade em chegar a acordo entre os países produtores de petróleo reunidos na OPEP estão a condicionar os mercados esta terça-feira.

Reuters
29 de Novembro de 2016 às 09:32
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,09% para 4.430,66 pontos
Stoxx 600 soma 0,03% para 339,90 pontos
Nikkei desvalorizou 0,27% para 18.307,04 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 1 ponto-base para 3,591%
Euro cai 0,08 % para 1,0606 dólares
Petróleo em Londres desce 1% para 47,76 dólares o barril

Bolsas europeias invertem para ganhos
Os ganhos nos sectores financeiro, do retalho, da construção e dos bens de consumo estão a retirar as praças europeias de uma abertura no vermelho, depois de a maioria d
as pares asiáticas e dos índices norte-americanos terem encerrado maioritariamente em queda. Os investidores pesam não só a possibilidade de a OPEP não chegar a acordo esta quarta-feira para limitar a produção de petróleo, como o risco político da queda do Governo italiano caso o "não" saia vencedor no referendo constitucional de dia 4.

Em Lisboa o PSI-20 regista ganhos ligeiros, suportados por valorizações do BCP, EDP, Jerónimo Martins e Navigator, recuperando da abertura no vermelho. A Pharol é a maior perdedora - cai mais de 2% - depois de ontem ter apresentado uma redução de mais de metade dos prejuízos até Setembro e ter estimado a recuperação de 9,56% dos 897 milhões de euros investidos pela antiga PT em papel comercial da Rio Forte, uma redução em relação aos 15% que anteriormente tinha estimado. Também em queda está a Corticeira Amorim, depois de ontem ter anunciado que começa a distribuir os 8 cêntimos de dividendo a partir de 16 de Dezembro. 

Juros em queda em dia de aprovação de Orçamento
Com o documento orçamental alterado e pronto a votar esta terça-feira, com aprovação garantida no Parlamento, os juros da dívida portuguesa acompanham a tendência de alívio no resto dos países da periferia do sul da Zona Euro. No prazo a dez anos estão próximos dos 3,6%, enquanto o prémio de risco para a dívida alemã na mesma maturidade agrava ligeiramente para os 338,49 pontos-base. Mesmo os juros de Itália, a dias de um referendo constitucional que pode desestabilizar politicamente o país, seguem em queda.

Euro pouco alterado, iene a caminho de pior mês em sete anos
A divisa única europeia segue em recuo ligeiro depois de três sessões de ganhos e no dia seguinte a Mario Draghi ter avisado que a recuperação da Zona Euro continua dependente do apoio dos estímulos do BCE, que têm revisão agendada para dia 8 de Dezembro. Já a moeda japonesa encaminha-se para fechar o pior mês em quase sete anos, penalizada pela expectativa de que a política de investimento prometida pelo presidente eleito Donald Trump favorece a inflação e, dessa forma, estimula a aceleração do aumento de juros nos EUA, o que beneficia por seu lado o dólar.

Petróleo recua à espera da OPEP
O barril de ouro negro perde valor tanto em Nova Iorque como em Londres, a cair próximo de 1%, na véspera de a OPEP tentar em Viena um acordo para suster a produção de petróleo e travar a tendência queda dos preços nos mercados internacionais. Permanecem ainda resistências do Irão e do Iraque em limitar o seu contributo dentro do cartel, enquanto a Rússia - maior exportador mundial de energia e país externo à OPEP - fez saber que não planeia estar presente amanhã na capital austríaca mas está disponível para voltar às conversações quando houver um acordo dentro da organização.

Ouro corrige de melhor sessão desde Setembro
Findo que foi o maior avanço em dois meses, o preço do ouro corrige esta terça-feira, perante uma recuperação do dólar e com os fundos que negoceiam com o metal precioso a reduzir a sua exposição pelo 12.º dia, segundo a Bloomberg. A sesão de ontem beneficiou o activo de refúgio perante a incerteza criada em torno do referendo constitucional de dia 4 em Itália, que pode levar à queda do Governo Renzi. Já os metais industriais travam o maior ganho mensal em mais de sete anos.
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