Notícia
Abertura dos mercados: Indicadores económicos arrasam bolsas. Juros de Itália em mínimos de Setembro
Uma série de indicadores económicos estão a pesar na negociação bolsista na recta final desta semana. O petróleo desce, apesar da notícia de que a Arábia Saudita vai baixar ainda mais a oferta.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,77% para 4.785,98 pontos
Stoxx 600 cede 1,23% para 345,12 pontos
Nikkei desvalorizou 2,02% para 21.374,83 pontos
Yield 10 anos de Portugal recua 0,7 pontos base para 1,669%
Euro cede 0,55% para 1,1298 dólares
Petróleo, em Londres, desce 0,94% para 60,85 dólares por barril
Indicadores económicos arrasam bolsas
As bolsas europeias seguem em baixa esta sexta-feira, 14 de Dezembro, após uma sessão de perdas na Ásia, motivadas pelos fortes sinais de travagem da segunda maior economia do mundo.
As vendas a retalho cresceram 8,1% em Novembro, em termos homólogos, o que representa a variação mais baixa desde Maio de 2003. Já a produção industrial aumentou 5,4% em Novembro, falhando também as expectativas dos analistas. Além disso, esta quinta-feira, o presidente do banco central da China, Yi Gang, alertou para os riscos que se somam e ameaçam a economia.
Estes dados são conhecidos um dia depois de o BCE ter revisto em baixa o crescimento para a Zona Euro, em 2019, somando-se assim sinais preocupantes sobre a evolução da economia global.
Na Europa, as principais praças europeias desvalorizam mais de 1%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, perde 1,23% para 345,12 pontos pela segunda sessão consecutiva, com todos os sectores em queda.
Destaque para o sector automóvel, um dos que mais cede depois de os números de vendas de carros na Europa terem caído (8%) pelo terceiro mês consecutivo, o que pode ser em parte explicado pelas vendas dos fabricantes durante o Verão antes da nova lei que regula a emissão de gases nocivos. As cotadas do sector têm sido das mais penalizadas.
O PSI-20 também segue em baixa pela segunda sessão consecutiva com a maior parte das cotadas a desvalorizar.
Juros da Zona Euro aliviam
Os custos de financiamento dos Estados-membros da Zona Euro estão em queda nesta sessão em que se somam preocupações sobre o crescimento económico mundial. Os investidores estão mais focados em activos tendencialmente mais seguros como a dívida soberana.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão a aliviar 0,7 pontos base para 1,669%, negociando em mínimos de Maio deste ano. Já os juros italianos no mesmo prazo aliviam 1,1 pontos base para os 3,946%, abaixo da linha dos 3% e em mínimos de Setembro.
Os juros italianos estão a aliviar há três sessões consecutivas. O Governo italiano decidiu ceder perante as imposições das regras europeias e baixar a previsão de défice de 2,4% para 2,04%. A decisão está a acalmar os investidores na medida em que parecem estar reunidas as condições para que o braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas termine.
Libra e euro perdem terreno. Dólar sobe
Theresa May foi ao Conselho Europeu em busca de cedências da União Europeia para mostrar aos deputados britânicos. Contudo, ainda não as conseguiu. A Irlanda fez finca pé e retirou do comunicado final as frases que podiam fazer a diferença para a primeira-ministra britânica.
A libra está a ceder face à incerteza desse processo, assim como o euro que foi afectado pela revisão em baixa das previsões económicas do Banco Central Europeu. A libra cede 0,03% para os 1,1141 euros e o euro perde 0,55% para os 1,1298 dólares.
Já o dólar segue em alta numa altura em que o foco dos investidores passa para a última reunião da Reserva Federal deste ano que se realiza na próxima semana. O índice da Bloomberg para o dólar, em comparação com várias divisas, regista uma subida de 0,48%.
Arábia Saudita trava exportações para os EUA. Petróleo desce
A Arábia Saudita deverá travar as exportações de petróleo para território norte-americano nas próximas semanas de forma a conter o crescimento dos inventários de crude. O país tinha até ao momento inundado os EUA com petróleo, contribuindo para a queda dos preços nos mercados. Agora a Arábia Saudita vai contra os objectivos de Donald Trump que quer o petróleo barato.
De acordo com a Bloomberg, as refinarias norte-americanas já foram avisadas de que vão chegar menos cargas com petróleo com origem na Arábia Saudita em Janeiro - mais do que prevê o acordo o acordo da OPEP para reduzir a produção.
Apesar desta notícia, que antecipa uma redução da oferta e poderá impulsionar a cotação do barril, o WTI perde 0,74% para os 52,19 dólares e o Brent, que serve de referência para as importações portuguesas, cede 0,94% para os 60,85 dólares.
Milho e soja em alta
Os preços do milho e da soja norte-americana estão em alta com a notícia de que tanto a União Europeia como a China estão a comprar mais aos EUA. Os países europeus já o estão a fazer e as autoridades chinesas preparam-se para o fazer em Janeiro, de acordo com a Bloomberg, que diz que esta é uma das medidas que está em cima da mesa nas negociações comerciais entre os dois países. O aumento da procura está a ter impacto nos preços: o preço do milho está em máximos de Junho.
PSI-20 desce 0,77% para 4.785,98 pontos
Stoxx 600 cede 1,23% para 345,12 pontos
Nikkei desvalorizou 2,02% para 21.374,83 pontos
Yield 10 anos de Portugal recua 0,7 pontos base para 1,669%
Euro cede 0,55% para 1,1298 dólares
Petróleo, em Londres, desce 0,94% para 60,85 dólares por barril
Indicadores económicos arrasam bolsas
As bolsas europeias seguem em baixa esta sexta-feira, 14 de Dezembro, após uma sessão de perdas na Ásia, motivadas pelos fortes sinais de travagem da segunda maior economia do mundo.
Estes dados são conhecidos um dia depois de o BCE ter revisto em baixa o crescimento para a Zona Euro, em 2019, somando-se assim sinais preocupantes sobre a evolução da economia global.
Na Europa, as principais praças europeias desvalorizam mais de 1%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, perde 1,23% para 345,12 pontos pela segunda sessão consecutiva, com todos os sectores em queda.
Destaque para o sector automóvel, um dos que mais cede depois de os números de vendas de carros na Europa terem caído (8%) pelo terceiro mês consecutivo, o que pode ser em parte explicado pelas vendas dos fabricantes durante o Verão antes da nova lei que regula a emissão de gases nocivos. As cotadas do sector têm sido das mais penalizadas.
O PSI-20 também segue em baixa pela segunda sessão consecutiva com a maior parte das cotadas a desvalorizar.
Juros da Zona Euro aliviam
Os custos de financiamento dos Estados-membros da Zona Euro estão em queda nesta sessão em que se somam preocupações sobre o crescimento económico mundial. Os investidores estão mais focados em activos tendencialmente mais seguros como a dívida soberana.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão a aliviar 0,7 pontos base para 1,669%, negociando em mínimos de Maio deste ano. Já os juros italianos no mesmo prazo aliviam 1,1 pontos base para os 3,946%, abaixo da linha dos 3% e em mínimos de Setembro.
Os juros italianos estão a aliviar há três sessões consecutivas. O Governo italiano decidiu ceder perante as imposições das regras europeias e baixar a previsão de défice de 2,4% para 2,04%. A decisão está a acalmar os investidores na medida em que parecem estar reunidas as condições para que o braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas termine.
Libra e euro perdem terreno. Dólar sobe
Theresa May foi ao Conselho Europeu em busca de cedências da União Europeia para mostrar aos deputados britânicos. Contudo, ainda não as conseguiu. A Irlanda fez finca pé e retirou do comunicado final as frases que podiam fazer a diferença para a primeira-ministra britânica.
A libra está a ceder face à incerteza desse processo, assim como o euro que foi afectado pela revisão em baixa das previsões económicas do Banco Central Europeu. A libra cede 0,03% para os 1,1141 euros e o euro perde 0,55% para os 1,1298 dólares.
Já o dólar segue em alta numa altura em que o foco dos investidores passa para a última reunião da Reserva Federal deste ano que se realiza na próxima semana. O índice da Bloomberg para o dólar, em comparação com várias divisas, regista uma subida de 0,48%.
Arábia Saudita trava exportações para os EUA. Petróleo desce
A Arábia Saudita deverá travar as exportações de petróleo para território norte-americano nas próximas semanas de forma a conter o crescimento dos inventários de crude. O país tinha até ao momento inundado os EUA com petróleo, contribuindo para a queda dos preços nos mercados. Agora a Arábia Saudita vai contra os objectivos de Donald Trump que quer o petróleo barato.
De acordo com a Bloomberg, as refinarias norte-americanas já foram avisadas de que vão chegar menos cargas com petróleo com origem na Arábia Saudita em Janeiro - mais do que prevê o acordo o acordo da OPEP para reduzir a produção.
Apesar desta notícia, que antecipa uma redução da oferta e poderá impulsionar a cotação do barril, o WTI perde 0,74% para os 52,19 dólares e o Brent, que serve de referência para as importações portuguesas, cede 0,94% para os 60,85 dólares.
Milho e soja em alta
Os preços do milho e da soja norte-americana estão em alta com a notícia de que tanto a União Europeia como a China estão a comprar mais aos EUA. Os países europeus já o estão a fazer e as autoridades chinesas preparam-se para o fazer em Janeiro, de acordo com a Bloomberg, que diz que esta é uma das medidas que está em cima da mesa nas negociações comerciais entre os dois países. O aumento da procura está a ter impacto nos preços: o preço do milho está em máximos de Junho.