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Abertura dos mercados: Europa em queda ligeira de olho no BCE. Petróleo ganha força

Os principais mercados europeus até começaram a negociar em leve alta, mas reverteram rapidamente para o "vermelho". No radar está já a reunião do Banco Central Europeu, da próxima quinta-feira. Pela positiva destaca-se o petróleo, após a queda de produção na Líbia e no Iraque.

Reuters
20 de Janeiro de 2020 às 09:29
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,53% para 5.280,04 pontos

Stoxx 600 perde 0,27% para 423,40 pontos

Nikkei valorizou 0,18% para 24.083,51 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,1 pontos base para 0,488%

Euro recua 0,04% para 1,108 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,72% para 65,32 dólares o barril

 

Europa em leve queda
Os principais mercados europeus seguem a negociar de forma ligeiramente negativa, mas perto de linha de água. Hoje, espera-se uma liquidez inferior ao normal, uma vez que os índices dos Estados Unidos estarão encerrados, devido ao feriado referente ao dia de Martin Luther King Jr.

Para já o Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa, perde 0,27% para os 423,40 pontos. No entanto, os setores de "oil & gas" e de recursos básicos contrariam a tendência, beneficiando com a subida dos preços de petróleo.

No radar dos investidores está já a primeira reunião deste ano do Banco Central Europa (BCE), que irá ocorrer na próxima quinta-feira, dia 23 de janeiro, bem como os dados do PMI, que medem o pulso à saúde das principais economias da Europa, a serem divulgados na sexta-feira seguinte. 

Por cá, o índice PSI-20 perde 0,53%, pressionado pelo BCP que desvaloriza 2,49% para 18,77 cêntimos e pela EDP que cai 0,73% para os 4,087 euros por ação.

Petróleo ganha força com turbulência na Líbia
Os preços do petróleo seguem hoje a valorizar com alguma expressão, depois da Líbia ter encerrado a maior base de produção de petróleo do país, desafiando os líderes mundiais, que não conseguiram alcançar um acordo de paz com o país do norte de África, que terminaria com a guerra civil que dura há cerca de cinco anos.

O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, sobe 0,72% para 65,32 dólares por barril. O norte-americano WTI valoriza 0,61% para os 58,90 dólares por barril.

Com o encerramento do campo de Sharara, a produção petrolífera da Líbia caiu para mínimos de agosto de 2011, segundo a Bloomberg. Esta base de produção tem uma capacidade para gerar cerca de 300 mil barris por dia. 

Os líderes mundiais reuniram-se no passado domingo, dia 19 de janeiro, em Berlim, numa cimeira que envolvia os principais envolvidos na guerra da Líbia. Os responsáveis concordaram em alargar o cessar-fogo provisório no país, ao não fornecer mais material bélico para as forças militares, mas não conseguiram chegar a um acordo permanente. 

Para além do encerramento desta base na Líbia, as tropas do Iraque forçaram o encerramento da base de produção de Al Ahdab, levando à interrupção da produção e pode alargar a diminuição da produção, ao fechar também o campo de Badra. 

 

Juros na Zona Euro mistos
Os juros das principais economias da Zona Euro seguem caminhos distintos. Os juros da dívida alemã, com uma maturidade a dez anos, sobem 0,1 pontos base para os -0,216%. Já os de Itália caem 1,3 pontos base para os 1,359%. 

Por cá, os juros a dez anos de Portugal caem 0,1 pontos base para os 0,488%, na primeira sessão após a Moody's ter contrariado a expetativa do mercado ao manter o rating de Portugal. 

 

Libra com receio de decisão do Banco de Inglaterra
A libra mantém o seu percurso de queda, com a hipótese de um novo corte nas taxas de juro do país a ganharem força, numa altura em que se aproxima a reunião do banco central, marcada para o dia 30 de janeiro. Os investidores estão de olho na divulgação dos dados do emprego, amanhã, que pode ser um bom catalisador para a decisão do Banco de Inglaterra. Para já, a libra deprecia 0,37% para os 1,296 dólares. 

O euro perde também força e cai 0,04% para os 1,108 dólares. 

 

Ouro em leve alta
O ouro, um ativo que serve de refúgio em alturas de maior turbulência a nível externo, sobe hoje 0,20% para os 1.560,20 dólares por onça, contrariando a tendência dos mercados acionistas. 

 

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