Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Abertura dos mercados: Europa cede após apoio de Trump a Hong Kong. Conservadores dão ganhos à libra

As bolsas europeias arrancaram em baixa num dia em que Wall Street estará fechado. É o apoio dos EUA a Hong Kong, em detrimento da China, que está a influenciar a negociação bolsista. Já a libra sobe com a expectativa de que os conservadores vão ter maioria absoluta.

EPA
28 de Novembro de 2019 às 09:27
  • 1
  • ...
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,74% para 5.150,45 pontos
Stoxx 600 cede 0,16% para 409,15 pontos
Nikkei valorizou 0,12% para 23.409,14 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,7 pontos base para 0,369%
Euro desvaloriza 0,16% para 1,1017 dólares
Petróleo em Londres perde 0,31% para 63,86 dólares por barril

Bolsas europeias descem após apoio de Trump a Hong Kong 
As bolsas europeias arrancaram a sessão desta quinta-feira, 28 de novembro, em terreno negativo. O Stoxx 600, o índice europeu que agrega as 600 principais cotadas, está a cair 0,16% para 409,15 pontos, depois de ter atingido máximos de quatro anos na sessão de ontem.

A influenciar a negociação nos mercados financeiros está a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de promulgar um diploma do congresso e do senado que apoia os manifestantes pró-democracia em Hong Kong.

Este passo poderá criar tensão entre Washington e Pequim numa altura em que as negociações comerciais sobre a "fase um" do acordo comercial parcial estariam perto de ser concluídas. Tem sido essa expectativa de acordo a impulsionar os índices bolsistas nas últimas semanas. 

No entanto, as bolsas norte-americanas só vão reagir a essa novidade na sexta-feira (em apenas meia sessão) dado que não há sessão hoje por causa do feriado do dia de Ação de Graças (Thanksgiving). Com Wall Street fechado, o volume de negociação na Europa deverá ser menor do que o habitual.

"Por vezes, o menor volume resulta numa menor liquidez, o que por sua vez pode implicar uma maior volatilidade", referem os analistas do BPI no comentário de bolsa, explicando que "se um ou mais investidores tencionam comprar ou vender um determinado título em quantidades maiores então o impacto desta operação será maior pois no mercado há menos compradores e vendedores".

Entre as principais praças europeias, o PSI-20 é uma das que mais desce. A bolsa nacional está a desvalorizar 0,74% para 5.150,45 pontos neste momento, após uma subida ligeira na sessão anterior. 

Juros sem grandes mexidas
No mercado secundário, os juros portugueses a dez anos estão a descer 0,7 pontos base para 0,369%. Já os juros alemães no mesmo prazo aliviam 0,2 pontos base para os -0,376%.

Libra sobe à boleia da esperada maioria absoluta dos conservadores
A divisa britânica está a subir para máximos de uma semana - a libra valoriza 0,17% para os 1,2943 dólares -, mantendo a tendência de subida com a especulação de que os conservadores vão conseguir uma maioria confortável nas eleições daqui a duas semanas. Este resultado poderá contribuir para reduzir a incerteza à volta do processo do Brexit.

Em causa está uma sondagem da YouGov - segundo a Bloomberg, esta usa uma técnica que previu melhor os resultados da eleição de 2017 do que as sondagens padrão - que antecipa uma vitória expressiva do Partido Conservador: 43% das intenções de voto, o que corresponde a 359 deputados aos conservadores, o que se traduz numa maioria de 68 deputados no Parlamento.

O euro está a subir 0,16% para os 1,1017 dólares.

Petróleo cede pela segunda sessão após produção recorde nos EUA
A produção recorde de crude nos EUA está a ditar a queda do petróleo tanto em Nova Iorque como em Londres. Além disso, a assinatura de Trump da legislação que apoia os protestantes em Hong Kong poderá potencialmente complicar a relação com a China.

Na ausência de um acordo entre as duas maiores economias do mundo, a procura por petróleo deverá ser menor, pressionando a cotação em baixa. A esperança de que haja um acordo tem levado à subida do petróleo desde o início de outubro. 

Mas há outro fator decisivo que poderá influenciar o petróleo. Em causa está a reunião de 5 de dezembro da OPEP, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que deverá manter os cortes na produção que já estão em vigor, segundo a previsão dos 35 analistas consultados pela Bloomberg. 

Na sessão de hoje, o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,6% para os 57,76 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desce 0,31% para 63,86 dólares.

Ouro sobe ligeiramente
A perspetiva de que aumente a tensão entre Pequim e Washington está a dar ganhos ao ativo de refúgio por excelência, o ouro. O metal precioso está a valorizar 0,2% para os 1.456,72 dólares por onça. 

Nota também para as movimentações nos ETFs. Após oito semanas consecutivas de queda das subscrições de ETFs ancorados ao metal precioso, registam-se agora sete sessões consecutivas de aumentos. 

Já nas opções sobre o ouro há uma aposta de 1,75 milhões de dólares que o metal precioso pode quase triplicar o seu valor nos próximos tempos, ultrapassando o recorde alcançado em 2011.
Ver comentários
Saber mais Abertura dos mercados mercados num minuto bolsa mercados psi-20 itália espanha juros ouro euro divisas portugal
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio