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Abertura dos mercados: Europa avança pela terceira sessão. Petróleo sobe 2% e recupera patamar dos 50 dólares

As bolsas europeias estão a valorizar pela terceira sessão consecutiva esta semana. Após ter tocado em mínimos de um ano, o petróleo recupera 2% e volta ao patamar dos 50 dólares em Nova Iorque.

05 de Fevereiro de 2020 às 09:26
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Os mercados em números
PSI-20 avança 0,64% para os 5.297,5 pontos
Stoxx 600 sobe 0,65% para os 421,21 pontos
Nikkei subiu 1,02% para os 23.319,56 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,3 pontos base para os 0,319%
Euro desvaloriza 0,05% para os 1,1038 dólares
Petróleo em Londres sobe 2,11% para 55,,09 dólares por barril

Europa avança pela terceira sessão
As bolsas europeias abriram esta quarta-feira, 5 de fevereiro, em terreno negativo, mas inverteram rapidamente, negociando agora no verde. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a valorizar 0,65% para os 421,21 pontos, acumulando três sessões consecutivas em alta. Os setores que mais sobem são o automóvel e o tecnológico, acompanhando as fortes valorizações registadas na sessão de ontem em Wall Street nestes setores.

"Os investidores europeus continuarão a monitorizar a evolução do coronavírus (cuja propagação ainda não deu sinais de desacelerar) e irão reagir aos resultados reportados antes da abertura", explicavam os analistas do BPI no diário de bolsa. 

Neste momento, os investidores aguardam por mais desenvolvimentos sobre o coronavírus, nomeadamente se as medidas de contenção da China vão ou não impedir uma pandemia. 

Na Europa, a época de resultados relativa ao quarto trimestre de 2019 continua também a influenciar os mercados. Hoje o destaque vai para a alemã Siemens, cujos resultados ficaram abaixo do esperado, e para o BNP Paribas, cujos resultados ficaram em linha com o esperado. As ações da Siemens sobem ligeiramente ao passo que as ações do banco francês descem menos de 1%. 

Nas principais praças europeias, o sentimento é misto com o PSI-20 a ser um dos índices que sobe, contrariando a tendência negativa do Stoxx 600. A praça lisboeta sobe 0,64% para os 5.297,5 pontos, valorizando pela segunda sessão. No entanto, o destaque vai para a bolsa holandesa que avança mais de 1%.

Obrigações em "banho maria"
Os juros das obrigações soberanas na Europa estão sem rumo definido. A yield associada às obrigações portuguesas a dez anos está a subir uns ligeiros 1,3 pontos base para os 0,319%. Os juros alemães no mesmo prazo somam 2,4 pontos base pontos base para os -0,376%.

Nas últimas duas sessões os juros subiram significativamente por causa da redução do receio do mercado face ao potencial impacto económico do coronavírus. 

Nem os juros italianos, que têm descido bastante após um tumulto na coligação do Governo, escapam: sobem 0,4 pontos base para os 0,953%. 

Moedas asiáticas em baixa
A maioria das moedas asiáticas dos países emergentes estão a descer na sessão de hoje dado que o número de vítimas do coronavírus continua a aumentar, aproximando-se das 500 mortes. 

A maior crise de saúde da China desde, pelo menos, 2003 deverá ter impacto na economia. A Bloomberg escreve que aumentou o perigo de incumprimento no mercado de obrigações chinês, o que pressionará a divisa também. 

"A reação do mercado de divisas (FX) asiático faz mais sentido à luz dos desenvolvimentos atuais do vírus", considera o analista do Credit Agricole, Eddie Cheung, em declarações à agência de informação financeira, referindo que se tem registado uma maior volatilidade. 

O euro está a descer 0,05% para os 1,1038 dólares.

Petróleo sobe 2% e recupera patamar dos 50 dólares
O petróleo está a valorizar após ter tocado num mínimo de um ano dada a pressão sobre a procura futura e a atual forte oferta. Segundo a Bloomberg, o facto do crude ter descido mais de 20% desde o início de janeiro é um indicador técnico de que o barril pode ter caído excessivamente ("oversold"). O ouro negro volta assim ao patamar dos 50 dólares por barril em Nova Iorque, um nível que tinha deixado escapar na sessão de ontem.

Apesar disso, as perspetivas não apontam para uma maior valorização do petróleo. Na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que começou ontem, a Arábia Saudita está a tentar reduzir ainda mais a produção (oferta) para tentar combater a redução da cotação provocada pela expectativa de que haja menos consumo de combustível dada a crise de saúde do coronavírus. Contudo, a Rússia, cujo orçamento é mais resiliente aos baixos preços do petróleo, está a resistir a essa ideia. 

A OPEP aponta para uma redução de 400 mil barris por dia do lado da procura, mas há quem esteja mais pessimista. É o caso da petrolífera britânica BP que prevê uma redução de um terço do aumento da procura global por petróleo este ano por causa do coronavírus. 

Além disso, um relatório da indústria norte-americana mostrou um aumento dos inventários, aumentando os receios sobre o fraco consumo de combustível. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, sobe 1,96% para os 50,57 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 2,11% para 55,09 dólares por barril. Porém, desde o início do ano, o WTI acumula uma queda de 17,28% e o brent de 16,62%.

Ouro sobe após mínimo de duas semanas
Depois de ter tocado num mínimo de duas semanas, o ouro está a valorizar numa sessão em que os ativos em ouro detido por ETFs ("exchange-traded funds") expandiram-se para um novo recorde. 

A incerteza corrente relacionada com o coronavírus deverá manter atrativo o investimento em ouro, ainda que as subidas possam ser limitadas por uma menor procura por ouro no mercado de luxo (joalharia), principalmente na China.

O metal precioso sobe 0,11% para os 1.554,7 dólares por onça.
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