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Abertura dos mercados: Dados económicos mistos na Europa e disputas comerciais deixam mercados sem rumo

Os mercados estão a receber diferentes sinais, tanto do lado dos dados económicos na Europa como na evolução das disputas comerciais. As bolsas seguem sem rumo, assim como o petróleo.

Reuters
21 de Fevereiro de 2019 às 09:34
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Mercados em números
PSI-20 cede 0,4% para os 5.157,28 pontos
Stoxx600 desvaloriza 0,13% para os 370,98 pontos
Nikkei subiu 0,15% para 21.464,23 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 0,4 pontos base para os 1,520%
Euro valoriza 0,05% para os 1,1344 dólares
Petróleo desce 0,12% para 67 dólares por barril em Londres 

Notícias sobre disputas comerciais deixam as bolsas europeias mistas 
Depois de uma sessão positiva, as bolsas europeias estão mistas nesta quinta-feira, 21 de fevereiro, tal como antecipavam os analistas do BPI: "Na pré-abertura, os índices europeus ensaiavam sem uma tendência definida", lê-se no diário de bolsa. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvaloriza 0,13% para os 370,98 pontos. O setor energético é dos que pressiona depois de a empresa britânica TechnipFMC ter anunciado prejuízos não antecipados, registando as ações uma queda de 10%. 

A notícia que está a marcar a sessão é a de que a China e os Estados Unidos estão a trabalhar numa série de memorandos de entendimento que servirão de base ao acordo comercial. As atuais tréguas entre os dois países terminam a 1 de março. Contudo, uma disputa sobre importações de carvão entre a China e a Austrália está a penalizar a negociação.

Entre as cotadas, o destaque vai para o Barclays cujas ações estão a subir depois de o banco britânico ter anunciado um plano de recompra de ações. Já a Telefonica apresentou resultados que ficaram acima das estimativas dos analistas, o que está a impulsionar os títulos. 

Em Lisboa, a bolsa segue em baixa. Os CTT é uma das cotadas que mais pressiona o PSI-20. Os correios viram os seus lucros baixar 28% em 2018, o que levou as ações para mínimos de mais de um mês. Além disso, a cotada decidiu cortar os dividendos para 10 cêntimos por ação, o valor mais baixo de sempre. Neste momento, o PSI-21 cede 0,4% para os 5.157,28 pontos. No entanto, há várias praças europeias que estão a negociar em alta. 

Juros portugueses voltam a afastar-se de mínimos históricos
Os juros portugueses a dez anos estão a agravar-se 0,4 pontos base para os 1,520%, afastando-se dos mínimos históricos em que tocaram na terça-feira. Já os juros alemães a dez anos também estão a subir: mais 0,8 pontos base para os 0,107%, afastando-se de mínimos de 2016. 

Dados económicos mistos na Europa. Euro sobe
O euro negoceia em alta - valoriza 0,05% para os 1,1344 dólares - mas já esteve em terreno negativo também, depois da divulgação de dados positivos para a economia francesa. Após as disrupções causadas pelo movimento dos coletes amarelos, França mostra agora sinais de resiliência, tendo o índice compósito PMI subido em fevereiro para um máximo de três meses. O mesmo aconteceu na Alemanha. 

Contudo, os dados não são tão animadores para o conjunto da Zona Euro. Apesar da aceleração dos serviços, a produção industrial caiu e deixou a economia europeia praticamente estagnada. A IHS Markit antecipa que dificilmente o PIB vai crescer mais do que 0,1% (em cadeia) no primeiro trimestre. 

A sessão deverá ainda ficar marcada pela divulgação das atas da última reunião do Banco Central Europeu. "Perante os contínuos sinais de fraqueza da economia da Zona Euro, os mercados monetários começaram a considerar um cenário onde as taxas de juro se mantêm nos 0% durante todo o ano", antecipam os analistas do BPI. 

De acordo com a Bloomberg, a volatilidade da libra está em máximos de seis meses num momento em que Theresa May faz os últimos esforços em Bruxelas para alcançar um acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia. Phillip Hammond anunciou que na próxima semana pode ser submetido novamente ao Parlamento o acordo final. 

Stocks dos EUA com "capacidade limitada". Petróleo misto
O petróleo continua a valorizar em Nova Iorque - acumulando sete sessões consecutivas de ganhos - depois de ter atingido máximos de três anos numa altura em que os dados beneficiam o barril. Em causa estão os dados da indústria que sinalizam uma "capacidade limitada" de aumento dos stocks de petróleo nos EUA, nota a Bloomberg. 

O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, espera que, em abril, os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se reflitam totalmente na cotação do petróleo. A Arábia Saudita tem sido dos países que mais tem cortado a produção: as exportações de petróleo saudita desceram em 1,3 milhões de barris por dia durante a primeira metade de fevereiro. Segundo o comité técnico da OPEP+, o corte de produção acordado está a ser cumprido em 83% dos países. 

O WTI, negociado em Nova Iorque, segue a subir 0,05% para os 57,19 dólares, ao passo que o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, desce 0,12% para os 67 dólares. 

Ouro afasta-se de máximos de 10 meses
O ouro está a descer 0,21% para os 1.335,62 dólares por onça, afastando-se de máximos de abril do ano passado.

Apesar desta queda, fevereiro tem sido um mês positivo para o metal precioso mesmo com o dólar e as bolsas em alta. Os analistas consultados pela Bloomberg consideram que esta desconexão entre o ouro - visto essencialmente como um ativo de refúgio - e os outros ativos financeiros sugere que pode estar a chegar uma correção em breve. 

Mas há também quem relacione este "rally" do ouro com a expectativa de que vai haver mais liquidez nos mercados caso os bancos centrais travem a normalização da política monetária. 
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