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Abertura dos mercados: Dados da China e fracasso da cimeira penalizam bolsas. Petróleo corrige
As bolsas europeias estão a ser penalizadas pelos dados económicos que apontam para um abrandamento da economia chinesa e pelo fracasso da cimeira entre os líderes dos EUA e Coreia do Norte.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,51% para 5.135,83 pontos
Stoxx 600 perde 0,39% para 371,12 pontos
Nikkei desvalorizou 0,79% para 21.385,16 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos estáveis em 1,451%
Euro ganha 0,12% para 1,1383 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,41% para 65,48 dólares por barril
Bolsas asiáticas e europeias em queda
As bolsas asiáticas fecharam no vermelho e na Europa o sentimento é igualmente negativo numa altura em que as conversações entre Trump e Kim, os líderes norte-americano e norte-coreano respetivamente, terminaram sem acordo e de forma abrupta. Um acontecimento que vem aumentar a tensão geopolítica a nível global, que já ontem tinha sofrido um agravamento devido ao conflito entre a Índia e o Paquistão.
Ainda a alimentar os receios estão dados desanimadores em relação à economia chinesa, com o índice PMI, que mede a atividade industrial, a ficar abaixo da fasquia dos 50 - nos 49,2 - pelo terceiro mês consecutivo, um "nível que separa uma fase de expansão de uma de contração", notam os analistas do BPI no Diário de Bolsa desta quinta-feira.
O Stoxx600 cai 0,39% para 371,12 pontos e nas praças asiáticas as perdas foram mais intensas. O Nikkei cedeu 0,79% e o Kospi da Coreia do Sul desvalorizou 1,8%. Em Lisboa o PSI-20 cede 0,51% para 5.135,83 pontos e está a ser pressionado pela Galp Energia e BCP.
Euro sobe e libra alivia
No mercado cambial o dólar não está a tirar partido do aumento da tensão geopolítica. O índice da moeda norte-americana segue estável e o euro ganha 0,12% para 1,1383 dólares. A libra, que tem negociado em máximos nas últimas sessões devido às perspetivas de adiamento do Brexit, está hoje a aliviar. A moeda britânica desce 0,1% para 1,3294 dólares.
Juros da dívida estáveis em dia de PIB
As obrigações soberanas na Europa seguem pouco alteradas, numa sessão em que os investidores vão estar atentos à divulgação de dados relativos ao PIB de 2018 de vários países da região (entre eles Portugal), bem como da inflação de fevereiro. A "yield" dos títulos de Portugal a 10 anos segue estável em 1,451% (perto de mínimos históricos) e a taxa das bunds com a mesma maturidade desce 0,5 pontos base para 0,143%.
Petróleo corrige ganhos da véspera
O petróleo está em queda esta quinta-feira, corrigindo parte do avanço conseguindo na última sessão, com a matéria-prima a ser penalizada pelos dados que apontam para o abrandamento da economia chinesa. O WTI desce 0,39% para 56,72 dólares e o Brent em Londres cede 0,66% para 65,95 dólares.
A impulsionar ontem o petróleo esteve o anuncio do Departamento de Energia dos Estados Unidos de que as importações de crude na maior economia do mundo desceram para o nível mais reduzido em duas décadas. Quanto às reservas, caíram em 8,5 milhões de barris na semana passada, duplicando a descida estimada pelos economistas. Estes dados ofuscaram um novo recorde de produção de petróleo nos EUA e colocaram a cotação da matéria-prima em alta acentuada na quarta-feira, com ganhos próximos dos 3%.
Ouro a caminho do quinto mês de ganhos
Se conservar a cotação do início desta sessão, o ouro irá concluir fevereiro com a quino ganho mensal seguido. A cotação do metal precioso está a ganhar 0,31% para 1.323,92 dólares a onça e no acumulado do mês que hoje termina está a subir 0,2%. Um desempenho positivo mas inferior ao registado nos dois meses anteriores (3% em janeiro e 5% em dezembro).